xmlns:b='http://www.google.com/2005/gml/b'xmlns:data='http://www.google.com/2005/gml/data' xmlns:expr='http://www.google.com/2005/gml/expr'> Vida Cristã: fevereiro 2016

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Querem salvar a alma, mas não querem abrir mão do mundo das ilusões;



Querem salvar a alma, mas não querem abrir mão do mundo das ilusões



Ao que tudo indica, a sexta taça da ira de Deus já começou a ser derramada.
A batalha final entre o Bem e o Mal já está em andamento,
A peleja final, que um dia vai acontecer no Armagedom, já está acontecendo em termos individuais.
Tudo está sob o controle do Altíssimo Senhor dos Exércitos;
Ele vai permitir o cerco de todas as nações a Jerusalém, como tem permitido os conflitos íntimos do cristão;
Mas assim como está escrito que os inimigos de Israel serão aniquilados, também acontecerá com os inimigos do cristão definido.
Que povo há no universo capaz de confrontar o povo do Senhor dos Exércitos e sair ileso?
O ensaio da batalha do Armagedom já começou na cabeça de muita gente indefinida.
Na prática, muitos indefinidos ainda não optaram em levar a fé no Senhor Jesus a sério;
Na teoria, sim.

A indefinição da fé é a razão dos fracassos "cristãos";
Se a fé é teórica, as Promessas também são teóricas;
Se a fé é prática, as Promessas também são práticas;
Tudo depende do tipo de fé a que se propõe.

Querem salvar a alma, mas não querem abrir mão do mundo das ilusões;
Na teoria, creem na Verdade; na prática, andam na mentira;
Na teoria, querem andar de branco; na prática, não querem deixar os pecados;
Na teoria, aceitaram Jesus como Senhor; na prática, continuam servindo a si mesmos.

Por conta disso, Deus os entregou a paixões infames;
Porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza;
Semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro.


E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o Próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, falsos, sem afeição natural e sem misericórdia.
Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem. Romanos 1.26-32

Os indecisos na fé se acomodaram a viver em cima do muro;
Por conta disso, já estão vivendo no inferno da batalha do Armagedom,
Porque o muro da indecisão foi derrubado;
Ninguém mais pode se dar ao luxo de ficar neutro na guerra entre a Luz e as trevas;
Acabou o mais ou menos;
Ou é ou não é de Deus;
Se é de Deus, habita no esconderijo do Altíssimo;
Se não é Deus, onde habita?...


HÁ UMA CERTA TEORIA DE HOMOSSEXUALIDADE


HÁ UMA CERTA TEORIA DE HOMOSSEXUALIDADE ENTRE JÔNATAS E DAVI, MAS SERÁ QUE A LUZ DA BÍBLIA ISTO FOI O QUE OCORREU?


Não darei plena opinião minha aqui, mas deixarei em aberto a argumentação. Farei perguntas a os dois lados e vamos tentar chegar o mais próximo do caso.

ALGUÉM DUVIDA DA SEXUALIDADE DO REI DAVID?
o texto bíblico diz : " "E sucedeu que, acabando ele de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a alma de Davi; e Jônatas o amou, como à sua própria alma. E Saul naquele dia o tomou, e não lhe permitiu que voltasse para casa de seu pai. “E Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma”. E, indo-se o moço, levantou-se Davi do lado do sul, e lançou-se sobre o seu rosto em terra, e inclinou-se três vezes; e beijaram-se um ao outro, e choraram juntos, mas Davi chorou muito mais. 1 Samuel 20:41...

Mais maravilhoso me era o teu amor do que o amor das mulheres. 2 Samuel 1:26

No capitulo dezoito do primeiro livro de Samuel, temos um bonito relato do amor de Jônatas, ou Jonatã (filho do rei Saul) por Davi, o franzino rei que derrotará o gigante Golias. Sempre que alguns tentaram ver nesse episódio, sinais de um amor homossexual, logo os defensores da moral se apressaram para desmerecer as insinuações. Não cabe a mim dizer qual tipo de amor que os ligava, no entanto, não nos parece impossível que pudesse ter havido realmente, algo maior que amor de simples amigos:

Ora, acabando Davi de falar com Saul, a alma de Jônatas ligou-se com a alma de Davi; e Jônatas o amou como à sua própria alma. E desde aquele dia Saul o reteve, não lhe permitindo voltar para a casa de seu pai. Então Jônatas fez um pacto com Davi, porque o amava como à sua própria vida. E Jônatas se despojou da capa que vestia, e a deu a Davi, como também a sua armadura, e até mesmo a sua espada, o seu arco e o seu cinto.

Somos informados ainda que Davi achava-se angustiado pelo seu irmão Jônatas. A palavra irmão era comumente empregada entre amantes, razão pela qual se torna difícil avaliar em que sentido a Bíblia entende o amor desses dois personagens: Tu me eras tao querido! – conta Davi ao lembrar do amigo - Mais maravilhoso me era o teu amor do que o amor das mulheres.

Cantares de Salomão 5:5 Venho ao meu jardim, minha irmã, noiva minha, para colher a minha mirra com o meu bálsamo, para comer o meu favo com o meu mel, e beber o meu vinho com o meu leite. Comei, amigos, bebei abundantemente, ó amados.


Parece que Saul suspeitava de um amor homossexual entre seu filho Jônatas e Davi, por isso decide matar o suposto amante do filho. Tomado de violenta cólera, diz na frente do filho e de seus servos, que já sabe de seu envolvimento com o filho de Jessé, e que isso representa uma vergonha para sua mãe e toda a família. Vergonha por quê? Parece mesmo que os dois eram amantes, e disso o velho Saul e toda corte já sabiam.

Ao saber que o amigo corria perigo, Jônatas foi ao seu encontro avisá-lo para que partisse. É dito que ao ver Jônatas chegando, Davi curvou-se como era costume, e ambos se abraçaram, em prantos. Há uma versão que aponta que além de abraços, também se beijaram (possivelmente no rosto, como era o costume).

Sabemos por historiadores, que não era tão incomum casos assim, naqueles tempos. Os homens passavam muitas vezes meses e anos na guerra sem ver as famílias. Quando um sacerdote indaga a Davi, se estava se abstendo de mulheres, disse que sim. Ele e todos seus soldados. E era bem comum soldados em batalhas terem seus amantes. Talvez Davi e Jônatas viveram um belo romance, e isso não seria nada estranho, apesar dos protestos dos conservadores. 
Mas é o leitor quem deve decidir.

Assembléia de Deus diz que Davi foi amante de Jônatas ( aqui )

DAVI E JÔNATAS: AMOR E POLÍTICA
Almas ligadas...
“A alma (néfesh, fôlego de vida) de Jônatas ligou-se com a alma de Davi; e Jônatas o amou como à sua própria alma”(1Sm 18,1);

Melhor que o amor de mulheres...
“Maravilhoso me era o teu amor, ultrapassando o amor de mulheres”(2Sm 1,26);

Um afeição muito grande...
“Porém Jônatas, filho de Saul, estava muito afeiçoado a Davi” (1Sm 19,1);

Amor profundo...
 “Porque o amava com todo o amor da sua alma” (1Sm 20,17);

Amor e política I...
“E Jônatas se despojou da capa que vestia, e a deu a Davi, como também a sua armadura, e até mesmo a sua espada, o seu arco e o seu cinto”(1Sm 18,4);

Amor e política II (e Saul ainda era vivo...)
“e Yahweh seja contigo, assim como foi com meu pai” (1Sm 20,13-16).

Deixando de lado a polêmica a respeito do tipo de amor que unia Davi e Jônatas, há algo muito claro na intenção do redator:

-Saul é indigno;
-Davi é digno da realeza;
-Jônatas, o herdeiro legítimo, aprova ser substituído por Davi (!).
Quer saber dos herdeiros de Saul, morto numa batalha ao lado de três de seus filhos?

Isboset, filho de Saul, foi traído por seus homens, tendo seu ventre rasgado enquanto dormia (2Sm 4). Mefiboset, neto de Saul e herdeiro legítimo do trono (aleijado e relativamente inofensivo), passou o resto dos seus dias no palácio sob os olhos atentos do rei. Quanto aos demais herdeiros, ameaças reais ao trono ocupado por Davi: ...o rei [Davi] tomou os dois filhos de Rizpa, filha de Aías, que ela tivera de Saul, [...] como também os cinco filhos de Merabe, filha de Saul, que ela tivera de Adriel, [...] e os entregou na mão dos gibeonitas, os quais os enforcaram no monte, perante Yahweh (2Sm 28,8-9).
É, não sobrou ninguém da “casa de Saul” para reivindicar o trono (exceto Mica? Cf. 2Sm 9,12). E você ainda acredita na inocência de Davi?

UMA CONCLUSÃO IMPAR:

Não, os beijos não eram fictícios mas bem reais, porém a interpretação desses beijos é que pode ser equivocada, tanto por homossexuais como por homofóbicos. Isso porque toda mente discriminatória irá sempre discriminar baseada em sua própria interpretação equivocada da realidade.

Isto é conhecido como "a lei do instrumento" ou "martelo de Maslow". Em um artigo de 1966 na "The Psychology of Science" Abraham Maslow escreveu: "Se a única ferramenta que você tem é um martelo, você será tentado a tratar tudo como se fosse prego".

Por isso um homofóbico, quando vê na rua dois rapazes de mãos dadas, logo se ira e grunhe a sentença: "São gays!". Do mesmo modo, um homossexual que veja a mesma cena poderá se alegrar e comentar com um sorriso: "São gays!". O problema é que se a cena ocorrer nas ruas de uma cidade do Oriente Médio a probabilidade de ambos estarem errados é de 100%, porque lá amigos, sejam homens ou mulheres, andam de mãos dadas.

GeorgeBush e Mahmoud Abbas passeiam de mãos dadas no Oriente Médio.

Sabe qual a diferença entre um homofóbico e você? Ao querer interpretar o relacionamento entre Davi e Jônatas com base nos beijos que trocaram, você usou as mesmas lentes discriminatórias daquele homofóbico e declarou: "Davi e Jônatas eram gays!".

Se você conhecesse a Bíblia e os usos e costumes do Oriente Médio (e de outros países), saberia que o beijo sempre foi uma prova de amor e afeto, independente do sexo das pessoas envolvidas. É preciso ter uma mente distorcida para enxergar qualquer coisa no beijo entre Davi e Jônatas além de amizade e afeição.

Alguém com tal distorção da realidade, seja qual for sua orientação sexual, corre o risco de achar que os beijos entre pais e filhos na Bíblia representem incesto, os praticados entre homens sejam homossexualismo, e entre mulheres lesbianismo. E que a ordem dada várias vezes no Novo Testamento para que os cristãos se beijassem sempre que fizessem uma saudação significa que o homossexualismo está sendo aconselhado pelos apóstolos.

Será que você não percebeu que essa sua propensão a enxergar além do que está no texto é a mesma propensão daqueles homofóbicos que agrediram um pai que abraçou seu filho adulto em público por achar que eles eram homossexuais? Homofóbicos também vêem homossexualidade em tudo, o que não é muito diferente de sua maneira de enxergar o texto bíblico. 

Veja como é abundante a prática do beijo nas Escrituras:

Gên_33:4 Então Esaú correu-lhe ao encontro, abraçou-o, lançou-se-lhe ao pescoço, e o beijou; e eles choraram.

Gên_45:15 E José beijou a todos os seus irmãos, chorando sobre eles; depois seus irmãos falaram com ele.

Gên_50:1 Então José se lançou sobre o rosto de seu pai, chorou sobre ele e o beijou.

Êxo_4:27 Disse o Senhor a Arão: Vai ao deserto, ao encontro de Moisés. E ele foi e, encontrando-o no monte de Deus, o beijou:

Êxo_18:7 Então saiu Moisés ao encontro de seu sogro, inclinou-se diante dele e o beijou;

Rut_1:14 Então levantaram a voz, e tornaram a chorar; e Orfa beijou a sua sogra

1Sm_10:1 Então Samuel tomou um vaso de azeite, e o derramou sobre a cabeça de Saul, e o beijou,

2Sm_19:39 Havendo, pois, todo o povo passado o Jordão, e tendo passado também o rei, beijou o rei a Barzilai,

Luc_7:45 Não me deste ósculo [beijo]; ela, porém, desde que entrei, não tem cessado de beijar-me os pés

Rom_16:16 Saudai-vos uns aos outros com ósculo [beijo] santo.também em 1Co16:20; 2Co 13:12; 1Ts 5:26;1Pe 5:14


A Velha Aliança é "sombra", uma alegoria para a Nova Aliança. Davi aponta para Cristo e Jonatas aponta para João Batista e também para João, o Emissário! João amou Cristo como a sua própria alma. Amou no sentido espiritual, puro não no sentido sexual. Assim também Jonatas ama Davi, não no sentido sexual! Lembra que João o Emissário recostava sua cabeça no peito de Cristo?


Todos estão BEM equivocados. Por isso acontece comentários e suposições desta forma.  É a insistência e a teimosia de se praticar gnosticismo, é a teimosia em não ler o contexto das Escrituras. Se ler TODAS as cartas do Emissário Paulo, é provável que ajude. Sempre ressaltando que eu defendo que a pessoa tem todo o direito de praticar "positivismo", gnosticismo, humanismo ou qualquer outra religião!, credo e opção sexual.Tem também o direito de realizar comentários de acordo com estas ideologias. Tinha razão o grande historiador Heródoto quando disse:

“É SEM DÚVIDA MAIS FÁCIL ENGANAR UMA MULTIDÃO DO QUE UM  SÓ HOMEM”.


Fiquemos com a Bíblia, Deus abençoe a todos.

Graça e paz.

Quem são os ungidos de Deus?




Quem são os ungidos de Deus?




Uma palavra capciosa que tem circulado por aí nos últimos anos é “ungido”, a qual geralmente é usada junto com frases assim: “Estou sentindo a unção!” , “Ele/ela é ungido para pregar a Palavra”, ou então [“Sou um apóstolo/profeta ungido”] e outros termos igualmente melosos. Em geral, quando este termo é usado, ele quer dizer que uma “unção especial” está sendo derramada sobre determinadas pessoas. Ficamos sabendo que todos nós também podemos ter essa “unção especial”, se colocarmos em prática as verdades da Palavra de Deus, do mesmo modo como todos nós a temos recebido de Deus.


Há várias passagens na Bíblia onde aparecem expressões iguais ou semelhantes a estas do título desta postagem:

A ninguém permitiu que os oprimisse; antes, por amor deles, repreendeu a reis, dizendo: Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas (1Cr 16:21-22; cf. Sl 105:15).

Todavia, a passagem mais conhecida é aquela em que Davi, sendo pressionado pelos seus homens para aproveitar a oportunidade de matar Saul na caverna, respondeu: "O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é, que eu estenda a mão contra ele [Saul], pois é o ungido do Senhor" (1Sm 24:6).

Noutra ocasião, Davi impediu com o mesmo argumento que Abisai, seu homem de confiança, matasse Saul, que dormia tranquilamente ao relento: "Não o mates, pois quem haverá que estenda a mão contra o ungido do Senhor e fique inocente?" (1Sm 26:9). Davi de tal forma respeitava Saul, como ungido do Senhor, que não perdoou o homem que o matou: “Como não temeste estender a mão para matares o ungido do Senhor?” (2Sm 1:14).

Esta relutância de Davi em matar Saul por ser ele o ungido do Senhor tem sido interpretado por muitos evangélicos como um princípio bíblico referente aos pastores e líderes a ser observado em nossos dias, nas igrejas cristãs. Para eles, uma vez que os pastores, bispos e apóstolos são os ungidos do Senhor, não se pode levantar a mão contra eles, isto é, não se pode acusa-los, contraditá-los, questioná-los, criticá-los e muito menos mover-se qualquer ação contrária a eles. A unção do Senhor funcionaria como uma espécie de proteção e imunidade dada por Deus aos seus ungidos. Ir contra eles seria ir contra o próprio Deus.


Mas, será que é isto mesmo que a Bíblia ensina?


        Primeiro vamos dar uma olhada na palavra “ungido” e ver se realmente existe uma “unção especial”. No Velho Testamento, a palavra “ungido” significa aplicar óleo no corpo de alguém, simbolizando que Deus escolheu essa pessoa para o serviço do Senhor. Essa pessoa foi consagrada ao Senhor. A palavra “consagrado” significa ter sido separado à parte, provido com o poder de Deus para executar o Seu serviço especial. Também significa que essa pessoa foi declarada limpa, santa e pura. Embora o homem comum seja pecador, é Deus quem consagra e por isso está escrito no Salmo 105:15: “Não toqueis os meus ungidos, e não maltrateis os meus profetas”. Esses eram homens que, no contexto do Velho Testamento, Deus havia escolhido e consagrado para o Seu serviço. [Como vivemos no contexto do Novo Testamento, ou seja, no contexto gentílico, essa palavra mudou em sua significação].

A expressão “ungido do Senhor” usada na Bíblia em referência aos reis de Israel se deve ao fato de que os mesmos eram oficialmente escolhidos e designados por Deus para ocupar o cargo mediante a unção feita por um juiz ou profeta. Na ocasião, era derramado óleo sobre sua cabeça para separá-lo para o cargo. Foi o que Samuel fez com Saul (1Sam 10:1) e depois com Davi (1Sam 16:13).

A razão pela qual Davi não queria matar Saul era porque reconhecia que ele, mesmo de forma indigna, ocupava um cargo designado por Deus. Davi não queria ser culpado de matar aquele que havia recebido a unção real. 
Em resumo, Davi não queria ser aquele que haveria de matar o ímpio rei Saul pelo fato do mesmo ter sido ungido com óleo pelo profeta Samuel para ser rei de Israel. Isto, todavia, não impediu Davi de enfrentá-lo, confrontá-lo, invocar o juízo e a vingança de Deus contra ele, e entregá-lo nas mãos do Senhor para que ao seu tempo o castigasse devidamente por seus pecados.


Hoje em dia o que não falta é encontramos profetas/apóstolos auto-nomeados usando este verso, num esforço de auto-exaltação, de pertencer a uma classe especial de “ungidos de Deus”, dizendo que ninguém ouse questionar o que eles estão ensinando [Mesmo porque em geral eles pregam o falso Evangelho, em vez do verdadeiro, e temem ser desafiados em suas falsidades].

Esta é uma posição muito perigosa para alguém nela se colocar, acreditando ter recebido uma unção especial, uma medida extra do Espírito Santo. O profeta Joel disse: “E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito” (Joel 2:29).

Isso aconteceu no Dia de Pentecoste, conforme Atos 2:16-18,  e tem continuado até o dia de hoje. Deus derramou o Seu Espírito sobre toda a carne e todos os que recebem o Senhor Jesus Cristo em seus corações são batizados com o Espírito Santo e com fogo. (Mateus 3:11 e Marcos 1:8). Todos os que têm fé e são batizados em Cristo nascem de novo e se tornam novas criaturas.

Sim, Deus nomeia e coloca membros diferentes em vários lugares no corpo eclesiástico, conforme o talento de cada indivíduo; mas em parte nenhuma da Bíblia existe a sugestão de uma “unção especial” ou de uma “medida extra do Espírito Santo”, a fim de selecionar alguns no Corpo de Cristo. Sempre existirão os que desejam sentir-se especiais ou superiores e os cristãos não estão isentos disso. Este ensino apela à nossa natureza corrupta, à “soberba da vida” (1 João 2:16), contra a qual todos nós devemos lutar. Jesus nos ensina, em Filipenses 2:3:... cada um considere os outros superiores a si mesmo”.

No Velho Testamento os sacerdotes e profetas ungidos eram os representantes temporários de Deus, provendo perdão aos pecados do povo, até o tempo em que o Sumo Sacerdote Jesus viesse, a fim de prover, sobre a cruz, o perdão definitivo de nossos pecados. Os sacerdotes e profetas eram declarados limpos, santos e puros.  Do mesmo modo, todos os que estão Nele também são declarados limpos, santos e puros, pois Deus nos ensina isso em Romanos 4:2-8, com ênfase no verso 5: “Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça”. Filipenses 3:9: “E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé”;  Hebreus 9:12:

“Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção”; Marcos 1:40-41:
“E aproximou-se dele um leproso que, rogando-lhe, e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me. E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo.”; Atos 10:15:“...Não faças tu comum ao que Deus purificou”. 

Nesse caso, quem são hoje em dia os ungidos? 1 João 2;27: “E a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis”; 2 Coríntios 1:21: “Mas o que nos confirma convosco em Cristo, e o que nos ungiu, é Deus...”  “Não toqueis os meus ungidos” significa, portanto, não tocar em todos aqueles que recebem Jesus Cristo com seus corações.

Isso deveria servir de advertência a todos os que pervertem a Palavra de Deus, a fim de alimentar o seu orgulho, querendo colocar-se acima dos ungidos de Deus, [Muitos homens auto-nomeados apóstolos/profetas são] os que, ironicamente, se apropriam desta frase, com mais freqüência, querendo intimidar o  povo de Deus.Contudo, muitos homens sinceros que pregam a Palavra de Deus jamais seriam tão ousados a ponto de se declararem ungidos/infalíveis, sendo humildes bastante para entender a depravação humana.

O que não entendo é como, então, alguém pode tomar a história de Davi se recusando a matar Saul, por ser o ungido do Senhor, como base para este estranho conceito de que não se pode questionar, confrontar, contraditar, discordar e mesmo enfrentar com firmeza pessoas que ocupam posição de autoridade nas igrejas quando os mesmos se tornam repreensíveis na doutrina e na prática.

Não há dúvida que nossos líderes espirituais merecem todo nosso respeito e confiança, e que devemos acatar a autoridade deles – enquanto, é claro, eles estiverem submissos à Palavra de Deus, pregando a verdade e andando de maneira digna, honesta e verdadeira. Quando se tornam repreensíveis, devem ser corrigidos e admoestados. Paulo orienta Timóteo da seguinte maneira,no caso de presbíteros (bispos/pastores) que errarem:

"Não aceites denúncia contra presbítero, senão exclusivamente sob o depoimento de duas ou três testemunhas. Quanto aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os demais temam" (1Tim 5:19-20). Os “que vivem no pecado”, pelo contexto, é uma referência aos presbíteros mencionados no versículo anterior. Os mesmos devem ser repreendidos publicamente.

Mas, o que impressiona mesmo é a seguinte constatação. Nunca os apóstolos de Jesus Cristo apelaram para a “imunidade da unção” quando foram acusados, perseguidos e vilipendiados pelos próprios crentes. O melhor exemplo é o do próprio apóstolo Paulo, ungido por Deus para ser apóstolo dos gentios. Quantos sofrimentos ele não passou às mãos dos crentes da igreja de Corinto, seus próprios filhos na fé! Reproduzo apenas uma passagem de sua primeira carta a eles, onde ele revela toda a ironia, veneno, maldade e sarcasmo com que os coríntios o tratavam: "Já estais fartos, já estais ricos; chegastes a reinar sem nós; sim, tomara reinásseis para que também nós viéssemos a reinar convosco.

Porque a mim me parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte; porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens. Nós somos loucos por causa de Cristo, e vós, sábios em Cristo; nós, fracos, e vós, fortes; vós, nobres, e nós, desprezíveis. Até à presente hora, sofremos fome, e sede, e nudez; e somos esbofeteados, e não temos morada certa, e nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos. Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, procuramos conciliação; até agora, temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos.

Não vos escrevo estas coisas para vos envergonhar; pelo contrário, para vos admoestar como a filhos meus amados. Porque, ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; pois eu, pelo evangelho, vos gerei em Cristo Jesus. Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores" (1Cor 4:8-17).


Por que é que eu não encontro nesta queixa de Paulo a repreensão,

“como vocês ousam se levantar contra o ungido do Senhor?”
Homens de Deus, os verdadeiros ungidos por Ele para o trabalho pastoral, não respondem às discordâncias, críticas e questionamentos calando a boca das ovelhas com “não me toque que sou ungido do Senhor,” mas com trabalho, argumentos, verdade e sinceridade.

“Não toque no ungido do Senhor” é apelação de quem não tem nem argumento e nem exemplo para dar como resposta. 
Observem como Deus é maravilhoso, quando declara que todos os nossos pecados são lavados no sangue do Cordeiro e que todos nós somos iguais diante dEle. “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gálatas 3:28).

Paulo ensinou a abolição do sábado?

Em Colossenses 2:16 Paulo ensinou a abolição do sábado?



Um texto muito mal-interpretado é Colossenses 2:16, com o objetivo de se defender a suposta abolição do sábado, sinal do Deus Criador (Êx 20:8-11) e Santificador (Ez 20:12) da vida do crente.
Veja a resposta que publiquei em meu site, e confirme a validade deste mandamento que nos recorda de que podemos encontrar o descanso espiritual em Cristo durante todos os dias da semana (Hb 4).

Em Colossenses 2:16 Paulo ensinou a abolição do sábado? VOTO POSITIVO VOTO NEGATIVO 


Aberto Público Perguntas Leandro Quadros perguntado 2 dias atrás

“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados.(Colossenses 2:16)

Tradicionalmente, como igreja (nós adventistas herdamos isso do protestantismo), ensinamos que os “sábados” mencionados por Paulo em Colossenses 2:16 se referem aos sábados “cerimoniais”, ou seja, festas israelitas também chamadas de “sábados” (ver Levítico 23) pelo fato de haver descanso (“sábado” significa “descanso”) inclusive em tais celebrações.

Em 2008, Ron du Preez, em um estudo exegético, linguístico, estrutural, sintático e intertextual de Colossenses 2:16, pareceu comprovar essa tese original ensinada pelos adventistas e por teólogos batistas como Robert Jamieson, A. R. Fausset e David Brown, no Commentary Critical and Explanatory on the Whole Bible. Segundo Preez, os “dias de festas”dizem respeito às 

“três festas de peregrinação da Páscoa, do Pentecostes e dos Tabernáculos”

a “lua nova” se refere à festa mensal; e os “sábados” se referem às três celebrações adicionais das “Trombetas”, do “Dia da Expiação” e dos “Anos Sabáticos”.

[1] Todavia, teólogos adventistas especialistas no Novo Testamento, entre eles Samuele Bacchiocchi 
[2] e Wilson Paroschi (em suas excelentes aulas de teologia), têm interpretado Colossenses 2:16 de maneira diferente. Para eles, a ordem “dias de festa, lua nova e sábados” se refere a três períodos: um anual (no qual os sábados cerimoniais já estão incluídos), outro mensal (a festa de Lua Nova era mensal) e um semanal (sábado do sétimo dia).

Isso parece ser apoiado por outros textos do Antigo Testamento 
onde a mesma sequência mensal-anual-semanal aparece: 
          Isaías 1:13, Ezequiel 45:17, Oséias 2:11, etc.

[3] Isso significa, então, que Paulo estaria abolindo o quarto mandamento? Com certeza, não. Até mesmo teólogos observadores do domingo reconhecem isso, pois Paulo lida com um problema muito específico na igreja de Colossos, que envolvia ensinos heréticos e de natureza gnóstica, entre eles a adoração a anjos (Colossenses 2:18) e rigor ascético para com o corpo (Colossenses 2:20-23).

(Colossenses 2:16)

Paulo não estaria atacando os dias festivos e o sábado semanal em si, mas sendo contra uma heresia que colocava tais celebrações num contexto pagão, ofuscando desse modo a pessoa de Jesus Cristo .


Veja o que diz o comentário do teólogo protestante Ralph P. Martin, publicado pela editora Vida Nova em 1984:

“Os dias santos, sejam anuais, mensais ou semanais, também eram assunto de controvérsia em Colossos. Aqui, também, o princípio radical deve ser notado. Paulo não está condenando o uso dos dias e tempos sagrados. Nem tem em mente a observância judaica destes dias como uma expressão da obediência de Israel à lei de Deus e um sinal de sua eleição […] O que é seu princípio aqui é o motivo errôneo envolvido quando a observação dos festivais santos fica sendo parte da adoração defendida em Colossos como reconhecimento dos ‘elementos do universo’, os poderes astrais que dirigem o curso das estrelas e regulam o calendário. Devem, portanto, ser aplacados.”

[4] Nossos irmãos evangélicos costumam usar também Isaías 1:13 e Oséias 2:11 para “apoiar” a abolição do sábado. Porém, uma leitura simples e contextual de tais textos revela que Deus está sendo contra não as festividades que Ele mesmo estabeleceu, mas sim contra o culto hipócrita, que desvincula a adoração do estilo de vida.

Desse modo, independente da interpretação que usemos para Colossenses 2:16, o fato é que Paulo em hipótese alguma está menosprezando a observância de um dia santificado por Deus na criação (Gênesis 2:1-3), celebrado por ele mesmo “segundo seu costume” (Atos 17:2), até mesmo em territórios pagãos, onde não havia sinagogas judaicas (Atos 16:13).

A observância do sábado, quando feita da maneira correta e não legalista (ou liberal), nos recorda que só podemos ser pessoas melhores por meio da graça de Deus, não por nossas próprias obras que são comparadas a “trapo de imundícia” (Isaías 64:6):

“E também lhes dei os meus sábados, para que servissem de sinal entre mim e eles; para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica” (Ezequiel 20:12).

A doutrina do sábado nos mostra que somos justificados e santificados pela fé em Cristo (Atos 26:18), não por nosso comportamento. Uma vida obediente não é mais do que o resultado da transformação efetuada pelo Espírito ao longo de toda a vida (Hebreus 8:10). Vida essa que terá altos e baixos enquanto não formos libertos da presença do pecado no momento da glorificação (cf. 1Coríntios 15).

Queira você ou não, o mandamento do sábado continua em vigor, e sua obediência a este eterno preceito divino (Mateus 5:17-19) não lhe torna aceito (a) diante de Deus. Gosto dos paradoxos divinos porque nos tornam humildes e dependentes do estudo sério de Sua Palavra, se quisermos entendê-los devidamente.

[1] Veja Ron du Preez, Judging the Sabbath: Discovering What Can’t Be Found in Colossians 2:16 (Berrien Springs, MI: Andrews University, 2008).
[2] Samuele Bacchiocchi, The Sabbath in the New Testament: answers to questions (Berrien Springs, MI: Biblical Perspectives, 1985), p. 108-117.
[3] Por sua vez, Kenneth A. Strand sugere que Paulo pudesse estar “usando um dispositivo literário comum de paralelismo invertido, partindo de festas anuais para mensais e depois retornando às festas anuais” (ver Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia [Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2012], p. 563). Todavia, o referido teólogo não fecha a questão, reconhecendo que as demais interpretações também são possíveis. Mesmo assim, ele conclui: “[…] a bem comprovada prática de observar o sábado pelos apóstolos contraria frontalmente toda e qualquer tentativa de usar Colossenses 2:16 como evidência de que o sábado do sétimo dia foi ab-rogado” (Ibidem, 564).
[4] Ralph P. Martin, Colossenses e Filemon – Introdução e Comentário (São Paulo: Vida Nova, 1984), p. 100, 101. abolição do sábado colossenses 2:16 eternidade do sábado Paulo e o sábado no Novo Testamento












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