xmlns:b='http://www.google.com/2005/gml/b'xmlns:data='http://www.google.com/2005/gml/data' xmlns:expr='http://www.google.com/2005/gml/expr'> Vida Cristã: Dia da Terra: nossa casa, nossa responsabilidade e a herança de nossos filhos

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Dia da Terra: nossa casa, nossa responsabilidade e a herança de nossos filhos




Dia da Terra: nossa casa, nossa responsabilidade e a herança de nossos filhos





O Dia da Terra é uma forma de nos lembrarmos de que devemos cuidar do planeta, porque ele não nos pertence. No final das contas, estamos apenas de passagem.

No dia 22 de abril é celebrado o dia da Terra. Embora seja verdade que muitas vezes dizemos que a Terra não é a herança de nossos pais, e sim um empréstimo para nossos filhos, parece que, atualmente, não estamos aplicando bem a lição.
Assim como nos explicam na Organização Mundial da Saúde (OMS), nossas vidas dependem da saúde do planeta e de toda a biodiversidade existente na Terra, um fator do qual, infelizmente, estamos descuidando com nosso comportamento, nossos hábitos e com o motor das sociedades modernas.
É preciso levar em conta, além disso, que o ar que inspiramos depende, por sua vez, de muitas outras espécies nas quais nem sequer pensamos: as árvores, os oceanos, as algas, as abelhas que se encarregam de polinizar grande parte da natureza.

Todos fazemos parte de um ciclo quase mágico e sutil do qual muitas mentes não são conscientes. Hoje em nosso espaço convidamos nossos leitores a refletir sobre isso.

Dia da Terra: nosso legado, nosso tesouro

As árvores são os autênticos poemas da Terra e, no entanto, as cortamos para criar papel e escrever nele nossas criações, nossos pensamentos.
Somos incapazes de sentir a dor que estamos causando com estas feridas criadas nos vazios de nossos bosques.
Se houver uma razão pela qual se celebra o dia da Terra é para nos sensibilizarmos diante destas realidades. No entanto, também sabemos que precisamos fazer mais do que reciclar diariamente nosso lixo ou controlar o uso de aparelhos domésticos.
Para cuidar adequadamente de nosso planeta precisaríamos de uma profunda mudança institucional, social, econômica e política.
Um dado que sem dúvida deveríamos levar em conta é o desaparecimento massivo de diversas espécies que vem ocorrendo na última década.
Tanto é assim que, nos últimos 50 anos, 17 animais, infelizmente, desapareceram e agora só são vistos em fotografias. Vale a pena refletir por um instante sobre estes dados.


Gaia, uma entidade vida

Gaia era a deusa grega que representava a Terra. Este nome tão ideal serviu para que James Lovelock, um notável químico, expusesse em 1969 a chamada Hipótese de Gaia.
A hipótese de Gaia nos indica que a Terra é um organismo vivo e, por sua vez, criador de seu próprio habitat.
A atmosfera e a parte superficial do planeta Terra são uma totalidade coerente onde a vida se regula e se equilibra para que tudo tenha sua razão de ser.
A biosfera, a atmosfera, os oceanos e a terra estão unidos e relacionados como um “ser vivo” excepcional. O que prejudica um deles acaba afetando o restante.
Esta hipótese de “unidade” e de entidade viva foi criticada pela comunidade científica, mas James Lovelock defendeu sua teoria de Gaia para demonstrar que qualquer desequilíbrio produzido pelo homem traria consequências.
Em especial, qualquer ataque às florestas tropicais ou às plataformas continentais, algo que, infelizmente, já aconteceu.


A Terra ama nossas pegadas, mas teme nossas mãos

A Terra nos ofereceu seu legado, seus mares, seu vento, suas flores e seu vasto lar como um presente excepcional que não soubemos respeitar como deveríamos.
Atos tão pequenos como, por exemplo, fazer uso de sacolas de plástico gera imensos danos que quase não somos capazes de imaginar. São centenas de animais que podem ficar presos nestes materiais quando os mesmos chegam aos oceanos.
  • De fato, existem autênticas “ilhas de lixo flutuante”. Uma delas é a existente no Pacífico, onde o plástico e inúmeros materiais de resíduos criaram uma mancha escura visível pelos satélites e que conta com 1.400.000 km2. Algo terrível.
  • Os cientistas explicam também que na atualidade estaríamos propiciando também o que se conhece como a sexta extinção massiva.
  • Desde o início do século XIX estamos forçando diversos desaparecimentos em nossa biodiversidade e em nossas selvas. Tanto é assim que a União Internacional para a Conservação da Natureza afirma que uma de cada oito espécies de aves está em perigo, assim como um de cada quatro mamíferos, um de cada três anfíbios e quase 70% de todas as plantas.
  • Estamos fazendo algo errado. Nossa casa, nossa deusa criadora, Gaia, está em perigo, e assim como nos dizia Lovelock, todos nós fazemos parte de uma mesma unidade, e então suas cicatrizes também são nossas feridas.




É, portanto, o momento de reagir, de nos conscientizarmos de que acendemos o interruptor de uma nova extinção em massa.
Apesar de que seus efeitos serão mais impactantes daqui a vários séculos, já os estamos sentindo com a mudança climática e com a ausência de muitos animais que nossos filhos jamais poderão conhecer.
O melhor instante para lutar por Gaia e por nós mesmos é agora.

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