A) INTRODUÇÃO:
Primeiro, abramos nossas Bíblias [1] em 1 Coríntios 15:16-19, que diz: “Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens”.
Antes de começar a exposição de hoje, gostaria de ler o hino No. 101:
“Cristo já ressuscitou; Aleluia!
Sobre a morte triunfou; Aleluia!
Tudo consumado está; Aleluia!
Salvação de graça dá; Aleluia!
Uma vez na cruz sofreu; Aleluia!
Uma vez por nós morreu; Aleluia!
Mas agora vivo está; Aleluia!
E pra sempre reinará; Aleluia!
Gratos hinos entoai; Aleluia!
A Jesus, o grande Rei, Aleluia!
Pois à morte quis baixar; Aleluia!
Pecadores pra salvar; Aleluia!”
Quantas verdades estão presentes nestes versos, e que nos enchem de alegria, esperança, mas, sobretudo, de certeza, de que um dia também ressuscitaremos. Mas, o que é a ressurreição para você, meu irmão? É um corpo morto ganhando vida novamente? Como se fosse um Frankenstein, com pedaços de vários corpos remendados e unidos escandalosamente, como parecem defender os espíritas?
Seria uma história, um conto de fadas ou mitologia?
Como os liberais, pós-modernos, relacionais e congêneres defendem?
Apenas outro dogma da igreja que você aceita prontamente mas nunca meditou nem refletiu na sua urgência?
Como os crentes nominais parecem entender, não reconhecendo a magnitude da ressurreição?
Ou, será algo que você, mesmo sendo cristão há tanto tempo, nunca deu devida importância, pela falta de zelo com essa grandiosa realidade?
Pois saiba que, em nenhuma outra religião tem-se presente a ideia da ressurreição do corpo. Muitas acreditam na imortalidade da alma, mas nenhuma crê na ressurreição, de que teremos o corpo glorificado semelhante ao do Senhor Jesus. Nem mesmo os muçulmanos que acreditam num tipo de ressurreição, não cogitam a santificação e glorificação, como a Bíblia revela, mas em uma permanência celestial do mesmo corpo sujeito ao pecado, já que as mesmas relações ímpias praticadas aqui se repetiriam lá, e são exatamente elas que garantem, ao ver deles, um lugar no Paraíso.
Hoje, comemoramos o domingo de Páscoa, uma data importante no calendário cristão, pois representa a ressurreição do Cordeiro, Cristo, o homem santo e sem pecados que encarnou, viveu entre nós, foi condenado injustamente e morreu por amor de mim e de você. Muito distante daquilo que o mundo apregoa, de como Satanás usa da realidade bíblica para distorcer, corromper, e atender aos instintos mais carnais e abjetos, transformando um dia santo em algo mundano, onde as pessoas lembram-se apenas de trocar e comer “ovos de chocolate” botados por um coelho fictício. O espírito da páscoa difundido pelo mundo não tem nada de cristão, pelo contrário, é o espírito do anticristo, diabólico, no qual tentam imitar a realidade gloriosa da ressurreição com uma farsa. Mas com qual objetivo fazem isso?
Ao criar uma história, sem “pé-nem-cabeça”, querem apenas ridicularizar e desacreditar a história verdadeira, fazendo-a passar por um delírio, por uma loucura. Mas, quem é o louco? Tudo passa pela incredulidade, pelo ceticismo, e por uma necessidade de se buscar racionalmente uma explicação para tudo, como se a mente humana pudesse desvendar e responder a todas as questões do universo (contudo, a força motriz da incredulidade, assim como de todo o pecado, é a revolta contra Deus; o motim idealizado por Satanás e abraçado por Adão, Eva e todos os homens após eles). Felizmente, não pode; e quando até mesmo alguns ditos cristãos põem em dúvida a ressurreição, temos uma soberba-arrogância na qual o homem se faz superior a Deus e sua palavra. Esse é outro foco do ceticismo, desacreditar e ridicularizar a Escritura como a revelação especial, como palavra do próprio Deus. E, infelizmente, a igreja atual encontra-se cheia desse tipo de “crente”, pessoas que desprezam e consideram irrelevante tanto a Bíblia como a doutrina da ressurreição.
E muitos dos coríntios, provavelmente, colocavam em dúvida a doutrina da ressurreição. Assim como os saduceus criam, havia entre aqueles irmãos muitos que também criam na não-ressurreição. Por isso Paulo escreve quase um capítulo inteiro sobre o tema, alertando-os de que essa ideia era completamente estranha e opunha-se à fé cristã.
Você crê na ressurreição? De que Cristo morreu e ressurgiu dos mortos? E de que você também, um dia, ressuscitará da morte?
Se você é um crente verdadeiro, não duvidará desta verdade.
B) A CERTEZA DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO
Já no verso 1 e 2 do capítulo 15, lemos: “Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado; o qual também recebestes, e no qual também permaneceis. Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão”. Paulo confirma e afirma que o evangelho de Cristo já havia sido anunciado aos coríntios, de que eles eram conhecedores da verdade, e nada ficou-lhes encoberto ou oculto, porque eles o receberam e permaneceram na verdade. Paulo não pregava outro evangelho, mas o mesmo, e ele os chama agora por testemunhas de que não houve corrupção em seus ensinos, qualquer um que o ouviu antes e o ouvisse agora confirmaria serem ambas a mesma doutrina. E ele justifica o recebimento do evangelho pela igreja de Corinto com o argumento de que a salvação os alcançou pela pregação do apóstolo; ressaltando que não seriam condenados se retivessem e cressem no que lhes fora proclamado. Logo, o que viria a ser exposto não era algo estranho, algo ainda não ouvido pelos coríntios, mas algo impossível de ser rejeitado, sob pena de perderem o fundamento da fé e negarem a realidade da ressurreição.
Nos versos 3 e 4: “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”. Paulo profere, por duas vezes, a expressão “segundo as Escrituras”; mas, se o Cânon ainda não havia sido concluído, a qual Escritura ele nos remete? Acredito que muitos dos escritos do Novo Testamento já circulavam à época em que escreveu a 1ª Epístola aos Coríntios, mas também aludia ao Antigo Testamento, onde a verdade inexorável da ressurreição de Cristo e dos justos era proclamada.
Vários textos apontam para essa realidade, por exemplo:
Jó 19.25-27: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus, vê-lo-ei por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros o contemplarão; e por isso os meus rins se consomem no meu interior”.
Sl 17.15: “Quanto a mim, comtemplarei a tua face na justiça; eu me satisfarei da tua semelhança quando acordar”.
Dn 12.2: “E muitos do que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”.
Vejam bem, o apóstolo não despreza a Escritura, pelo contrário, disse que dela aprendeu e por ela ensinava. Há uma ideia corrente entre os crentes atuais de que o A.T. deve ser relegado a um segundo plano, e de que os textos de real valor encontram-se no N.T. A questão é: qual o critério ou autoridade é invocada para se fazer a distinção do que é ou não é Escritura? Se o próprio Jesus citou-a abundantemente em seus ensinamentos? Estaria o homem investindo-se de uma autoridade maior do que a do próprio Deus, julgando arbitrariamente o que é ou não é parte do Cânon? Porém, o importante neste ponto é o apóstolo afirmar que entregou o mesmo que recebeu, segundo as Escrituras. E o que elas afirmam, tanto no Antigo como no Novo Testamento?
1) Cristo morreu por nossos pecados – A morte do Senhor não foi um teatro, uma pantomima, coisa de megalomaníaco, um espetáculo para entreter gerações e gerações de ouvintes e leitores. A sua morte teve um propósito, e um propósito claramente expresso, definido, e descrito na Escritura, ele morreu por nossos pecados, pagando uma dívida impagável para nós; fazendo por nós o que nos era impossível; assumindo o nosso lugar, um lugar de vergonha e injustiça para ele, para se fazer justiça para nós. Fomos, por aquele ato do Senhor, justificados, ou seja, tornados justos, imaculados e sem pecados, pelo seu sacrifício na cruz do Calvário. Ler Is 53:4-7.
2) Cristo foi sepultado. Há relatos esdrúxulos, fantasias diabólicas, de que Cristo não morreu, pelo contrário, ele casou-se, teve uma família ou refugiou-se em esconderijos imaginários, para justificar a fé em sua morte. Ora, a Bíblia não deixa dúvidas da morte do Senhor; e há relatos de historiadores da época, como Josefo e Tácito, por exemplo.
3) Cristo ressuscitou ao terceiro dia, como foi profetizado pelo próprio Senhor, em Mt 12.40. Uma pequena observação: muitos têm dúvidas quanto ao fato do três dia e três noites não poderem transcorrer entre uma sexta-feira e o domingo. Porém, devemos entender que a contagem de tempo dos judeus é diferente da nossa (e também dos romanos à época), pois o dia, para eles, inicia-se às 18 h e não à meia-noite. Para o judeu também um dia não significa necessariamente 24 horas, podendo ser uma fração das 24 h designada como sendo “um dia”. Interessante notar que Paulo não diz que Cristo ressuscitou após três dias, mas ao terceiro dia, corroborando a ideia de que três dias não abrangem os dias completos, como conhecemos.
Verso 5-8:
“E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze. Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também. Depois foi visto por Tiago, depois por todos os apóstolos. E por derradeiro de todos me apareceu também a mim, como a um abortivo”. Para confirmar que a ressurreição do Senhor não era algo fictício nem uma especulação, Paulo citará as provas incontestáveis da aparição de Jesus, ressurreto, a muitas pessoas, entre elas, aqueles que o conheciam melhor do que qualquer outro homem, pessoas que estiveram com ele durante os três anos de ministério terreno, acompanhando-o vinte e quatro horas por dia, todos os dias; pessoas íntimas e que tinham um relacionamento pessoal e direto com o Mestre, apóstolos e discípulos como Pedro e Tiago, por exemplo.
Então, primeiramente, como evidência, ele afirma que Pedro viu o Senhor (Lc 24.34), e, posteriormente, os demais apóstolos, chamados de doze, menos Judas, porque assim eram também conhecidos (Jo 20.19-20).
Depois foi visto por mais de quinhentas pessoas de uma vez, sendo que a maioria deles ainda estava viva, configurando-se em uma prova irrefutável da ressurreição, posto estar ao alcance do leitor desta carta, à época, a confirmação da veracidade daquele feito, e, Paulo não o faria irresponsavelmente, colocando em xeque o seu ministério, a sua idoneidade e confiabilidade, caso não falasse a verdade. Há passagens como as de Mateus 28.16-17 e Atos 1.1-9, nas quais um grande número de irmãos viu e ouviu o Senhor.
Depois foi visto por Tiago, o bispo de Jerusalém e irmão do Senhor, e depois por todos os apóstolos, no Monte das Oliveiras, como descreve-nos Lucas 24.50-51 e Atos 1.1-9, 17.
E, por fim, Paulo chama a si mesmo por testemunha, como tendo visto a Jesus em Damasco, fato relatado por Lucas em Atos 9.2-6.
Esses são sinais genuínos apresentados pelo apóstolo para estabelecer a verdade inequívoca da ressurreição do Senhor.
Mas, alguém pode questionar: “Olha, entendo a ressurreição de Cristo, mas não aceito a ressurreição de homens comuns”.
Sem entrar em todas as implicações e refutações possíveis à pergunta, importa-nos dizer que há na Escritura vários casos de ressurreição de homens e mulheres comuns.
No Antigo Testamento, Elias ressuscitou o filho de uma viúva (1Rs 17.20-22), e o filho da mulher Sunamita (2Rs 4.32-37).
No Novo Testamento, o próprio Senhor ressuscitou Talita, filha de Jairo, um homem conceituado e respeitado pois era um dos principais da Sinagoga local (Mc 5.41-42), e Lázaro (Jo 11.43-44); Pedro ressuscitou Dorcas ou Tabita (At 9.40-42), e, o próprio Paulo ressuscitou também um homem, Êutico (At 20.9-10).
Com isso, prova-se a ressurreição como um fato a acontecer com todos os homens, quer estejam destinados ao Paraíso ou destinados ao Inferno.
C) OS PROBLEMAS DE SE NEGAR A RESSURREIÇÃO
Pularemos do verso 8 diretamente para o verso 12 ao 20, que diz:
“Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados”.
Paulo, maravilhosamente, argumenta não só quanto à inutilidade da fé, mas também à sua falsidade, se não houver ressurreição dos mortos. Literalmente, o Cristianismo é mentira, e não tem valor algum, se os mortos não ressuscitam. Esta é uma razão poderosa para apontarmos qualquer forma de “cristianismo” onde não há ressurreição como um embuste, uma fraude, mas, onde também não há a ressurreição de Cristo, como afirmam os liberais e racionalistas ao, não acreditando na sobrenaturalidade (o que vale dizer no poder infinito e todo-poderoso de Deus), tornam o relato da ressurreição do Senhor como algo alegórico ou apenas simbólico, na religião das trevas, capitaneada pelo próprio diabo. Esses homens jamais deveriam serem chamados ou considerados cristãos, pois, segundo Paulo, sua fé é vã, inócua, falsa e ineficaz; não havendo qualquer intento em proclamá-la a não ser para garantir que muitas almas descrentes garantam a eternidade no Inferno.
Por que? Ora, se Cristo não ressuscitou, os que dormiram em Cristo estão perdidos, ou seja, nossos pecados não foram pagos e ainda permanecemos neles (v.17). E se permanecemos neles, teremos de pagá-los, mas, não podemos pagá-los, então, estaríamos irremediavelmente perdidos, condenados ao sofrimento eterno no Lago de Fogo (v.18).
E há uma relação clara e evidente na ressurreição de Cristo, pois se ele ressuscitou, os mortos também ressuscitarão; se os mortos não ressurgirem no fim dos tempos, também Cristo não ressuscitou, logo ele está morto e estamos mortos juntos com ele. Mas, porque temos a certeza e o testemunho do Evangelho, sabemos que, como o Senhor, também ressuscitaremos. A própria pregação seria sem sentido, e de nada serviria ao homem, se não houvesse a ressurreição; e, sem ela, não haveria a expectativa do céu, de uma vida eterna na presença de Deus, e o Cristianismo serviria talvez para nos dar algum conforto na terra, mas como Paulo disse, se esperássemos Cristo apenas neste mundo, seríamos os mais miseráveis dos homens (v.19).
Novamente, por quê? Ora:
1) Não haveria uma vida eterna;
2) Milhões de homens morreram inutilmente;
3) O trabalho de pregação e evangelização seria desnecessário e infrutuoso;
4) Seríamos piores do que os outros homens (ao defendermos uma realidade impossível diante de pessoas que vivem uma realidade possível e não cogitam algo utópico);
5) Sacrificaríamos este mundo por outro que não existe, ou seja, morreríamos para este em troca de vivermos no outro, quando não o viveríamos; a vida não teria sentido;
6) Por fim, permaneceríamos mortos em nossos pecados (o espírito do homem não reviveria).
D) A REALIDADE DA RESSURREIÇÃO
Paulo, enfaticamente, confirma a ressurreição do Senhor, e de que temos a garantia da nossa ressurreição. Ele, o cabeça, foi o primeiro e único a viver após a morte, assim como nós, o corpo, viveremos também após a morte. Ela aponta, portanto, para a Igreja:
1) A concretização e eficácia do plano divino, e a realização das suas promessas e profecias.
2) Mostra-nos que Cristo está vivo; e com ele viveremos eternamente.
3) De que haverá um reino de paz, justiça e amor, ao contrário do que experimentamos neste mundo.
4) É a vitória definitiva do crente, de que tanto a morte como o inferno foram tragados, derrotados, pela ressurreição de Cristo.
A ressurreição aponta para os ímpios:
1) O plano divino, para eles, também se concretizará, assim como as promessas e profecias a eles pertinentes;
2) De estarem diante no Tribunal de Cristo, onde serão julgados e condenados;
3) Eternamente estarão no lugar onde há apenas dor, angústia e desespero, sem qualquer alívio para os seus corpos e alma;
4) Foram tragados definitivamente pela morte e o inferno, derrotados pela descrença e rebeldia a Deus.
A ressurreição de Cristo é um dos pilares da fé cristã, sem ela, nada do que cremos e esperamos teria sentido. Sem a ressurreição, não seríamos salvos, nem herdaríamos o Reino de Cristo; sem a ressurreição, ainda estaríamos mortos em nossos pecados.
A sua importância está no fato de que Cristo não viu a corrupção, e, como ele, a nossa alma também não verá a corrupção, no sentido de permanecer doente, enferma, por toda a eternidade.
A ressurreição remete-nos a uma vida nova (e este é um dos sentidos do termo), uma vida sem pecados, distante de nossa antiga natureza, na qual estaremos para sempre em plena comunhão com Deus.
A ressurreição lembra-nos de que, antes mortos em nossos delitos, fomos restaurados por Deus e reconciliados com ele, para uma vida santa.
A ressurreição aponta para um corpo incorruptível, uma nova criatura que iniciou-se com a nossa conversão, mas que ainda não está completa, e somente o será quando Cristo voltar em glória a este mundo para buscar a sua noiva, a Igreja, da qual somos parte, assim como somos parte dele, a cabeça, enquanto corpo.
A ressurreição, como bem simboliza o batismo (e por isso cremos no batismo por imersão), não apenas nos renovará, mas nos transformará à semelhança de Cristo.
Por isso, sem a ressurreição, não haveria uma nova vida, posto as promessas de Deus não seriam cumpridas, e o próprio Cristo não passaria de um homem comum.
Por isso, os ataques insidiosos e desonestos dos servos de satanás em desacreditar, em mentir, sobre um dos eventos máximos da história, a ressurreição do Senhor.
E) CONCLUSÃO
A ressurreição é um ponto fundamental na fé cristã, sem a qual ela perde completamente o nexo, tornando-se em algo ineficiente. Ela deve dar segurança ao crente de que Deus, ao ressuscitar Jesus dos mortos, também nos ressuscitará, e a importância desta esperança reside no fato de devermos levar o Evangelho de vida, e vida eterna a todos os homens, orando ao Espírito Santo para convertê-los a Cristo, a verdade.
Qualquer caminho a apelar para uma não ressurreição do corpo é inconsistente com a Bíblia, e mentiroso. Assim como o crente que se utiliza da certeza da ressurreição para negligenciar o evangelismo, deixando de levar a mensagem de salvação e de vida eterna ao pecador, também se faz mentiroso, posto não ansiar, em seu íntimo, ao próximo, aquilo que diz crer, revelando-se um incrédulo.
Pior ainda, é o cristão vestir-se de hipocrisia, ofender a Deus com os seus pecados constantes, sua insubmissão a ele, e ansiar por uma ressurreição e uma vida eterna no paraíso. Cada um de nós, neste dia, faça uma inspeção sincera em seu íntimo e veja se está realmente no caminho da vida eterna, de ressurgir para a vida, ou se está a um passo de ressurgir para a morte e a separação definitiva de Deus.
Demos pois a Deus glória eterna, porque, pelo seu poder, fez cumprir no tempo todas as promessas antes dadas pelas bocas dos seus profetas, revelando o seu cuidado, amor e fidelidade para conosco, seu povo, que, assim como o seu Filho Amado ressuscitou, também ressuscitará para a glória eterna de viver em comunhão constante e permanente com o Pai.
Que todos nós meditemos diariamente na obra maravilhosa e divina de Jesus Cristo, uma obra completa e acabada, sem a qual estaríamos irremediavelmente perdidos. Que possamos, pela graça de Deus, não somente ansiar a ressurreição naquele glorioso dia em que Cristo voltará ao mundo para nos buscar e, juntos, julgarmos o mundo, mas possamos viver a verdade do Evangelho, renascidos pela fé, aguardando o nosso novo corpo e, glorificados, jamais vermos a morte (1 Tes. 4:13-18).
Nota:
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