Provavelmente você já deve ter lido alguma passagem da Bíblia que fala a respeito do adultério. Talvez até saiba um pouco a respeito do que se trata, no entanto, é preciso compreender bem algumas questões do Antigo Testamento e do Novo Testamento para entender como o assunto era entendido na Bíblia pelos homens e como era entendido por Deus. Nesse estudo vamos responder algumas perguntas, tais como: Se adultério era pecado, porque vários homens de Deus tiveram várias esposas? E: Deus aceitava esse comportamento deles?
O que realmente a Bíblia Sagrada fala sobre o adultério?
(1) O adultério acontece quando existe uma ruptura dentro do relacionamento de unidade do casamento. Essa ruptura acontece por meio da traição de uma das partes, que se relaciona sexualmente com alguém de fora, quebrando a aliança de fidelidade. Esse geralmente é o significado mais básico de adultério. No entanto, era muito comum na antiguidade que homens (numa sociedade machista e sem considerar a vontade de Deus) saíssem com outras mulheres, mas apenas evitassem a penetração sexual como forma de se “evitar” o adultério. Eles entendiam o adultério baseados em suas culturas corrompidas e não baseados naquilo que realmente é diante de Deus.
(2) Talvez pensando nesses casos, Jesus traz uma profundidade nunca antes vista a respeito do que realmente significava adultério diante de Deus: “Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Mateus 5:28). O simples fato de ser tentado na mente não era pecado, mas quando fantasias sexuais mentais fossem estimuladas com alguém que não era a esposa, Jesus considera como um adultério.
(3) Sabemos que o Antigo Testamento fala muito sobre o adultério, inclusive, um dos dez mandamentos é claro e objetivo sobre ele: “Não adulterarás” (Êxodo 20:14). No entanto, observamos que principalmente os homens das culturas antigas entendiam o adultério de uma forma diferente da que entendemos hoje (principalmente diante da luz dada por Jesus em Mateus 5:28).
Os servos de Deus e o adultério
Por exemplo, observamos Abraão aceitando ter relações com a serva egípcia Agar com o apoio da esposa para que tivessem filhos por meio dela (Gênesis 16:1-4). Observamos também que Davi tinha concubinas (uma espécie de esposa, mas com status inferior ao da esposa oficial): “Todos estes foram filhos de Davi, afora os filhos das concubinas; e Tamar, irmã deles” (1 Crônicas 3:9). Além disso temos o caso excepcional do mulherengo Salomão: “Tinha setecentas mulheres, princesas e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração” (1 Reis 11:3). Esse comportamento, porém, não era aceitável diante de Deus, já que mesmo no Antigo Testamento está claro a vontade de Deus de que o casamento fosse entre um homem e uma mulher: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gênesis 2:24) e que os reis não tivessem várias esposas: “Tampouco para si multiplicará mulheres, para que o seu coração se não desvie; nem multiplicará muito para si prata ou ouro” (Deuteronômio 17:17).
(4) Esses casos de homens considerados servos de Deus, mas que tiveram mais de uma esposa, mostram passagens bíblicas que chamamos de descritivas, ou seja, que descrevem os fatos tais quais como ocorreram e não que o comportamento ali narrado fosse aceitável diante de Deus. Deus não aceitava de forma alguma o adultério. Podemos ver isso nas diversas advertências bíblicas contra o adultério: “O que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal coisa” (Provérbios 6:32). Observamos também na lei de Moisés que o adultério era considerado um atentado contra a família e contra a sociedade, ao ponto de Deus estabelecer a pena de morte a quem o praticasse (homem e mulher): “Se um homem adulterar com a mulher do seu próximo, será morto o adúltero e a adúltera” (Levítico 20:10). Mas, infelizmente, a cultura do “jeitinho” também foi muitas vezes usada para burlar as leis de Deus.
(5) Dessa forma, compreendemos que o adultério é sempre uma ameaça a instituição sagrada criada por Deus, que é a família. Homens e mulheres casados devem sempre cuidar para não cair nesse tipo de laço, seja na mente ou mesmo em ações concretas. Vale lembrar as advertências severas dadas na Bíblia a respeito dos adúlteros: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros” (Hebreus 13:4)
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