xmlns:b='http://www.google.com/2005/gml/b'xmlns:data='http://www.google.com/2005/gml/data' xmlns:expr='http://www.google.com/2005/gml/expr'> Vida Cristã: O Homem já Viveu Centenas de Anos?

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

O Homem já Viveu Centenas de Anos?


Para muitos, a idéia de que os homens certa vez viveram por vários séculos parece ficção. Não levam isso mais a sério do que “A Lista do Rei Sumério”, que reza, em parte: “Quando a realeza baixou do céu, a realeza era (primeiro) em Eridu. (Em) Eridu, Alulim (se tornou) rei e regeu por 28.800 anos. Alalgar regeu por 36.000 anos. Dois reis (assim) regeram por 64.800 anos.”

Ao passo que não fornece tais números fantásticos, a Bíblia deveras indica que houve época em que os homens viviam por muito mais tempo do que hoje. Exemplificando: lemos que Adão, Sete, Enos, Quenã, Jarede, Matusalém e Noé viveram, cada um, mais de 900 anos (Gênesis 5:5, 8, 11, 14, 20, 27; 9:29). Aconteceu realmente isso?

Patriarca
Idade
Referência Bíblia
1
Adam
930
2
Sete
912
3
Enos
905
4
Quenã
910
5
Maalalel
895
6
Jarede
962
7
Enoque
365 (traduzido)
8
Matusalém
969
9
Lameque
777
10
Noé
950

Alguém poderia raciocinar: ‘Como poderiam os homens dos tempos antigos terem vivido durante séculos, quando pouquíssimos, hoje em dia, chegam a viver até mesmo cem anos? Isso é impossível.’ Quanto a isto, pode-se notar que ninguém pode dizer exatamente até que ponto a duração da vida humana chega a seu limite máximo. A Encyclopœdia Britannica (Ed. de 1976, Macropœdia, Vol. 10, p. 911) declara: “A duração exata da vida humana é desconhecida, embora haja, presumivelmente, uma duração máxima de vida estabelecida para a raça humana no código genético. À primeira vista, esta declaração parece irracional. Por certo, nenhum humano consegue viver 1.000 anos. Muito embora todos possam concordar que a possibilidade de uma pessoa viver 1.000 anos é infinitésima, não existe prova científica de que tal declaração seja ou não verdadeira.”

Durante os mil anos após o Dilúvio, porém, a Bíblia registra um declínio progressivo da expectativa de vida dos patriarcas, a partir de Noé, que viveu até os 950 anos de idade, até Abraão, com 175. Moisés foi considerado bastante velho para o seu tempo (120 anos), uma vez que, quando refletia sobre a brevidade da vida, ele disse: "Os anos de nossa vida chegam a setenta, ou a oitenta para os que têm mais vigor; entretanto, são anos difíceis e cheios de sofrimento, pois a vida passa depressa, e nós voamos!" (Salmo 90:10).



Patriarca
Idade
Referência Bíblia
11
Sem
600
12
Arpachade
438
13
Selá
433
14
Éber
464
15
Pelegue
239
16
Reú
239
17
Serugue
230
18
Naor
148
19
Terá
205
20
Abraão
175



Assim sendo, do ponto de vista científico, não se pode apresentar nenhuma evidência para provar ou para refutar o que a Bíblia afirma sobre a longa duração da vida de certos homens nos tempos antigos. As declarações bíblicas, portanto, sustentam-se em seus próprios méritos. Será que o contexto mostra que são deveras fatuais?

Algumas pessoas concluíram que os anos alistados na Bíblia para tais homens devem ter sido mais curtos talvez tendo apenas um mês. Mas, isto não concorda com o contexto em que a Bíblia menciona a idade em que morreram homens tais como Quenã e Malalel. Lemos: “Quenã viveu setenta anos. Tornou-se então pai de Malalel. E depois de gerar Malalel, Quenã continuou a viver oitocentos e quarenta anos. Entrementes ele se tornou pai de filhos e de filhas. De modo que todos os dias de Quenã somaram novecentos e dez anos, e morreu. E Malalel viveu sessenta e cinco anos. Tornou-se então pai de Jarede” (Gênesis 5:12-15). Caso substituíssemos a palavra “anos” por “meses”, isto significaria que tanto Quenã como Malalel se tornaram pais quando tinham seis anos. Isto, por certo, é desarrazoado.

Que os anos eram não meses de trinta dias, mas provavelmente de doze meses de trinta dias, torna-se evidente do que a Bíblia afirma sobre o Dilúvio. O dilúvio começou “no seiscentésimo ano da vida de Noé, no segundo mês, no dia dezessete do mês”. (Gên. 7:11) A arca veio a pousar nos montes de Ararate cinco meses depois, “no sétimo mês, no dia dezessete do mês”. (Gên. 8:4) Segundo Gênesis 7:24, isto foi depois de ‘as águas continuarem a predominar sobre a terra por cento e cinquenta dias’. Visto que cinco meses se igualavam a “cento e cinquenta dias”, um mês teria, trinta dias de duração. Ademais, a Bíblia menciona especificamente o “décimo mês” e, depois disso, um período de tempo de quarenta dias e dois períodos de tempo de sete dias. (Gên. 8:5, 6, 10, 12) Daí, “no ano seiscentésimo primeiro [da vida de Noé], no primeiro mês, no primeiro dia do mês, deu-se que as águas se tinham escoado de cima da terra... E no segundo mês, no dia vinte e sete do mês, a terra se tinha secado.” (Gên. 8:13, 14) Obviamente, não existe nenhuma base para se afirmar que do 600° ano da vida de Noé até seu 601° ano, houvesse apenas um mês. Não, estava envolvido um completo ano lunar de doze meses e dez dias.

Que os homens certa vez viviam centenas de anos está em plena harmonia com o contexto de toda a Bíblia. Nas Escrituras Sagradas aprendemos que o primeiro homem, Adão, foi criado perfeito. Tinha diante de si a perspectiva de uma duração infindável de vida. O lindo lar ajardinado em que foi colocado, continha tudo que era necessário para a vida humana ser sustentada de modo indefinido. No primeiro livro da Bíblia, lemos: “Yehowah Deus fez assim brotar do solo toda árvore de aspecto desejável e boa para alimento, e também a árvore da vida no meio do jardim.” (Gên. 2:9) Essa “árvore da vida” representava a garantia de Deus de vida contínua para os que tivessem direito de participar dela. Quando o primeiro homem, Adão, desobedeceu à lei de Deus, perdeu seu direito de comer desta árvore e, portanto, foi expulso de seu deleitoso lar paradísico. (Gênesis 3:22-24).

Ao mesmo tempo, Adão, por sua desobediência, arruinou sua perfeição e isto encurtou a duração de sua vida, e a dos seus descendentes. (Romanos 5:12).

Em estado perfeito, o corpo de Adão tinha o potencial para ser sustentado para sempre e isso também se daria com outros humanos sem pecados. Assim, visto que o homem foi criado para usufruir a vida infindável, segue-se, logicamente, que Adão e seus descendentes iniciais devem ter vivido muito mais que seus descendentes posteriores, que estavam mais distanciados da perfeição.

É exatamente isso que a Bíblia mostra ter sido o caso. Depois do grande dilúvio dos dias de Noé, que ocorreu mais de dezesseis séculos desde o tempo da criação de Adão, a expectativa de vida humana caiu agudamente. Entre os nascidos após o Dilúvio, a expectativa de vida continuou a decrescer mais gradualmente. Pode-se ver isto por se considerar a seguinte tabela.

Cerca de 300 anos depois da morte de Abraão, a duração média da vida humana tinha caído um pouco mais, de modo que Moisés pôde dizer: “Os dias dos nossos anos são em si mesmos setenta anos; e se por motivo de potência especial são oitenta anos.” (Salmos 90:10) Tais palavras a respeito da expectativa média de vida ainda se aplicam hoje.


Causas Biológicas do Envelhecimento
O que exatamente causa o processo de envelhecimento em nosso corpo?
Embora o mecanismo de envelhecimento (e sua prevenção) tenha sido objeto de investigação biomédica, a ciência ainda não tem uma resposta definitiva para esta pergunta. Por volta da virada do século, acreditava-se que o envelhecimento não envolvia diretamente as células vivas do nosso corpo, mas era um fenômeno extracelular. Acreditava-se que as nossas células, desde que devidamente alimentadas, poderiam crescer e se dividir indefinidamente fora do nosso corpo. Em 1961, essa idéia foi refutada por Leonard Hayflick, que manteve células humanas fora do corpo em recipientes de vidro cobertos com nutrientes. Hayflick descobriu que as células cultivadas desta forma normalmente morriam depois de cerca de 50 divisões celulares (limite de Hayflick). Isto sugere que mesmo as células individuais do nosso corpo são mortais, além de qualquer outra influência corporal.

Determinantes Genéticos
Tanto o tempo de vida como o envelhecimento são processos que têm determinantes genéticos únicos e sobrepostos. Acredita-se que aproximadamente 20-30 por cento dos fatores que afetam a vida são hereditários e, portanto, genéticos. A expectativa de vida varia muito entre os indivíduos, indicando que, embora o envelhecimento seja importante, outros fatores também estão envolvidos.

Mutações e Gargalos Genéticos
A mutação é qualquer mudança na seqüência do DNA. Todas as mutações conhecidas causam uma perda de informação. Acredita-se que a taxa de mutações (todos os tipos) por geração seja maior que 1000.  Herdamos mutações de nossos pais e também desenvolvemos mutações próprias e, posteriormente, passamos uma parte delas aos nossos filhos. Dessa forma, é provável que nas muitas gerações entre Adão e Moisés um grande número de mutações estivesse presente em qualquer indivíduo.
Gargalos genéticos (ou gargalos populacionais) ocorrem quando uma parte significativa da população morre ou fica isolada. Isso ocorreu no momento do dilúvio, quando a população humana foi reduzida para oito pessoas (Gênesis 6-9). Outros gargalos menores ocorreram após a dispersão da Torre de Babel (Gênesis 11). Estes eventos teriam resultado em uma redução significativa da variedade genética.
Para cada gene existem duas ou mais versões chamadas alelos. É possível que alelos "bons" (não mutados) mascararem ou escondam alelos "maus" (mutados). No entanto, em uma população menor, com menos variação alélica, isto se torna mais difícil de realizar, e assim alelos mutados têm um efeito maior.
Embora Noé tenha vivido 950 anos, seu pai, Lameque, viveu apenas 777 anos (não sabemos se ele morreu de velhice). Além disso, não sabemos quanto tempo a mulher de Noé viveu, mas o filho de Noé, Sem viveu apenas 600 anos. Considerando que o período de vida mais longo registrado de alguém nascido depois do Dilúvio foi Éber (464 anos), parece que tanto as mutações como os gargalos genéticos tiveram grandes efeitos sobre o envelhecimento e a expectativa de vida.

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