xmlns:b='http://www.google.com/2005/gml/b'xmlns:data='http://www.google.com/2005/gml/data' xmlns:expr='http://www.google.com/2005/gml/expr'> Vida Cristã: Dom de Línguas

sábado, 30 de janeiro de 2016

Dom de Línguas

Dom de Línguas

A primeira menção bíblica a respeito de falar em “línguas” é encontrada no livro de Atos no capítulo 2. Os apóstolos aguardavam a chegada do Espírito Santo, e de repente Ele chega, e no versículo 4 do capítulo 2, começaram a falar em outras línguas conforme o Espírito concedia. No versículo 5 lemos que em Jerusalém moravam judeus de todas as partes do mundo, logo, pessoas que falavam outro idioma, pois sim, eram estrangeiros.
E nos versículos 6, 7 e 8, esses mesmos estrangeiros ficam maravilhados, pois sabiam que os que falavam as línguas eram Galileus, mas os estrangeiros os ouviam falar em sua língua materna, ou seja, uma língua compreensível, o seu idioma natal. Aí temos uma análise textual importante. No grego, a palavra traduzida como “línguas”, tem o significado literal de idioma. Em outras palavras, o dom de línguas de Atos, foi o dom de falar em outros idiomas não conhecido pelos que falavam. Realmente só Deus poderia fazer algo desse tipo.
E o dom tinha um objetivo: falar do Evangelho aos estrangeiros. Não era para demonstrar que os apóstolos eram mais espirituais do que os outros, era para edificação.Em I Coríntios 14 versículo 6, Paulo diz o seguinte:
“Portanto, irmãos, se eu for até vós falando em línguas,que benefício vos trarei, se não vos falar por
intermédio da revelação, ou de conhecimento, ou de
profecia, ou, ainda, de ensino?”

(Bíblia King James)
Paulo deixa em evidência que o dom de falar em línguas, ou seja, em outros idiomas, tem valor para os que falam outros idiomas, mas que nada serve aos demais. Por exemplo, se eu estiver em uma reunião onde todos falam e entendem português, qual o sentido de eu falar Hebraico? Nenhum. Sobre a ordem em relação das reuniões na Igreja, Paulo deixa muito claro também a forma que devemos nos conduzir. Em I Coríntios 14: 28:
“Contudo, se não houver intérprete,permaneça calado na Igreja,
falando consigo mesmo e com Deus.”

(Bíblia King James).
Ou seja, essas pseudo “demonstrações de espiritualidade” ou pessoas que interrompem a pregação, ou atravessa uma reunião, falando em “língua dos anjos” como algo descontrolado, não tem o menor respaldo bíblico para acontecer. A bíblia ensina a fazer totalmente o oposto.
Muitos dizem que são “tomados pelo espírito” ao saírem berrando em línguas que ninguém entende e nem interpreta, a título de parecerem mais espirituais. Perdoe-me a franqueza, não há nada bíblico nisso, portanto, não há nada da parte de Deus nisso. Principalmente porque esse tipo de situação não edifica em nada a igreja. Há quem acredite que o dom de línguas cessou. Podemos ler em I Coríntios 13 versículo 8:
O amor jamais morre, todavia, as profecias deixarão de existir, as
línguas cessarão, o conhecimento desaparecerá.”

(Bíblia King James)
Embora esse cessar esteja relacionado ao versículo 10 do mesmo capítulo, que fala que o “cessar” acontecerá com a chegada do perfeito, existem muitas pessoas que creem que essa “cessar” é gradativo à medida que o se aproxima a chegada do “perfeito.” Cada um crê no que quer e entende, mas lendo a Bíblia, é impossível afirmar isso como uma verdade absoluta.Ainda temos o ponto mais importante de todos que é analisar o dom praticado no contexto bíblico. Poucas são as igrejas que incentivam o dom para edificação e para a pregação do Evangelho a pessoas que não falam o mesmo idioma.
Aos que dizem que falam a línguas dos anjos com base também em 1 Coríntios 13, não entendem o contexto do que foi dito ali. E ainda que assim fosse, qual a certeza que temos que os anjos falam os jargões que ouvimos por aí, tipo “xaramanaias, labassurionderrá” e por aí vai? Não temos nada disso na Palavra de Deus. Paulo em I Coríntios 14 versículo 15:
“Diante disso, o que fazer então? Orarei com o Espírito, 
mas ao mesmo tempo com a mente; cantarei com o 
espírito, mas igualmente com a razão.”
(Bíblia King James).
Está muito claro que a manifestação do dom de línguas também deve ser feita com entendimento. Não é uma “possessão” ou algo incontrolável. Acredito que Deus possa sim usar pessoas com estes dons, com base no que está escrito e no contexto de I Coríntios 14 e no contexto de Atos, para pregar o Evangelho em outros idiomas para que estrangeiros entendam. Fora disso, não há argumento para o “show” que vemos hoje de pessoas que falam um monte de palavras que ninguém entende, mas que a título de espiritualidade e poder, manipulam multidões que nada aprendem do Evangelho e que não edifica à Igreja de Cristo em nada.
Concluo meu raciocínio com as instruções de Paulo:
“Dou graças a Deus por falar em línguas mais do que todos vós. 
No entanto, na igreja, prefiro comunicar cinco palavras compreensíveis, 
a fim de orientar os meus semelhantes, do que falar dez mil 
palavras em uma língua estranha.”
(1 Coríntios 14:18-19 | Bíblia King James).
Está mais do que claro, embora também sei que muitos nunca leram esse versículo, ou leram e deixaram-no de lado.
Obs: Particularmente, creio que este dom não cessou, mas não é nada do que muitos andam fazendo dizendo que estão “cheios do Espírito Santo”.


Abraço! Paz!
Marco 

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