xmlns:b='http://www.google.com/2005/gml/b'xmlns:data='http://www.google.com/2005/gml/data' xmlns:expr='http://www.google.com/2005/gml/expr'> Vida Cristã: O Espírito é Sujeito ao Profeta?

sábado, 30 de janeiro de 2016

O Espírito é Sujeito ao Profeta?



O Espírito é Sujeito ao Profeta?



De que espírito está falando em 1 Co 14:32?
1 Coríntios 14:29-33 “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem. Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados. E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz”
O capítulo de 14 da primeira epístola de Coríntios é sensacional. Paulo disciplinou muita coisa que acontecia no ambiente da igreja. Desta vez, manteremos o foco apenas no que disse o versículo supracitado e em seu contexto.
Sim, alguém tinha que julgar o que o “pregador” estava falando. Quem ministrasse à Palavra tinha que ter a consciência que se falasse alguma heresia, que seria interrompido e corrigido. Obviamente que essa correção deveria ser feita em amor, mas era feita na presença de toda a Igreja, a assembleia dos santos.
Perceba que naquele período também, o novo testamento ainda não estava totalmente escrito, e eles dependiam sim da revelação do Espírito Santo para compreender o serviço cristão, bem como conduzir os discípulos.
O ponto é que hoje nós temos TODAS as instruções necessárias para conduzir nossas vidas. E com isso não quero dizer que o Espírito Santo não irá usar ninguém, não é nada disso.
Mas não vejo com bons olhos alguém que interrompe a pregação do Evangelho dizendo que teve uma revelação pelo Espírito Santo que vai contra a própria Palavra de Deus.
Infelizmente, muitos fazem isso hoje em dia, à título de mostrar uma “pseudo-espiritualidade”, e para que possam pregar suas mentiras sem contestações.
Voltando ao contexto da época repare que havia uma “ordem” para as coisas. Falem dois ou três, outros julguem, e se alguém que estiver sentado for revelado algo, cale-se o primeiro. Todos poderiam profetizar, primeiros uns, depois outros, para que todos aprendam.
Se não fosse assim, seria uma confusão terrível. Confusão que vemos até hoje em muitas igrejas. Todo mundo quer falar ao mesmo tempo, um que quer falar mais alto que o outro, e ainda fazem isso dizendo estarem “possuídos” pelo Espírito Santo. E o “profetizar” desse texto nos leva ao sentido de “proferir”, portanto, falar a Palavra de Deus.
E como funciona a questão do espírito do profeta ser sujeito aos profetas?
Primeiro cabe mencionar que o apóstolo Paulo não está falando nem do Espírito Santo, nem do demônio nem de nenhum outro espírito maligno. Ele está falando do NOSSO espírito, que nos forma corpo, alma e ESPÍRITO. Esse mesmo espírito que se comunica com o Espírito Santo, e que está dentro de nós.
Ah, vai dizer que não sabia disso? Romanos 8:16 “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”.  Pronto, agora você sabe…rs.
Em outras palavras, Paulo está dizendo que podemos sim nos controlar enquanto estamos pregando o Evangelho. Que existe um controle nosso em relação a forma que nos manifestamos na presença de Deus.
E isso vai de encontro a muitos que se dizem pentecostais, e que pulam, saem correndo, caem no “espírito” e tem atos proféticos incontroláveis dentro das igrejas. Um dia ouvi um “apóstolo” famoso dizer que estava possuído pelo “espírito” e que não tinha mais controle sobre si mesmo. Legal hein?! Será que Paulo é que estava errado então? Eu creio que não.
E o culto racional, fica onde nisso tudo? Já parou para pensar nisso?
Interessante que ainda nesse mesmo capítulo 14 , Paulo fala o seguinte  “Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.
Mais claro do que isso é impossível! Orar com o espírito, mas com entendimento. Cantar com o espírito mas também com entendimento. Deve haver raciocínio para dar sentido a tudo o que fazemos em termos de comunhão e ambiente de igreja.
Irmãos, essa bagunça, recheada de heresias, não deve ter nenhum espaço em nossa vivência de Igreja.
Muitos envolvidos pelo emocionalismo cometem esse tipo de erro na congregação. A origem disso é o ego (orgulho e vida de aparência) é algo que deve ser combatido com muita força no nosso caminho dentro do Evangelho de Cristo.
Mas isso é assunto para outra ocasião.
Marco A

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