xmlns:b='http://www.google.com/2005/gml/b'xmlns:data='http://www.google.com/2005/gml/data' xmlns:expr='http://www.google.com/2005/gml/expr'> Vida Cristã: Podemos ter a certeza da salvação?

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Podemos ter a certeza da salvação?



Podemos ter a certeza da salvação?


Texto básico: 1 João 5.6-13
Texto devocional: Romanos 8.12-17
Versículo-chave: Hebreus 10.22  “Aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza da fé.”
Alvo da lição: O aluno que tiver dúvida à respeito de sua salvação terá pela certeza da sua fé: mas também aquele presunçoso será despertado sua falsa certeza (“o crentinho”) e chegará a colocar sua fé total em Cristo.
Leia a Bíblia diariamente
S – Lc 18.9-14
T – Mt 7.15-23
Q – 1 Jo 4.6-15
Q – Jo 10.22-30
S – Jo 3.31-36
S – Tt 3.4-7
D – Rm 8.12-17

Há muita gente em nossas igrejas que não tem “plena certeza de fé”. Tais pessoas não têm certeza de que seus pecados foram perdoados, e certamente não podem dizer com convicção que vão para o céu. Quando fazemos a pergunta: “Você tem certeza da sua salvação?”, muitas vezes, vem a resposta “Acho que sim, espero que sim”. Tais respostas mostram que essas pessoas não conhecem a Bíblia.
Há pessoas que têm dúvidas. Podem ser dúvidas a respeito do amor de Deus ou a respeito da realidade da sua própria experiência de salvação. Outros insistem que é presunçoso dizer que sabem que seus pecados já estão perdoados ou que sabem que vão para o céu. Medo de ser considerado presunçoso tem impedido muitas pessoas de entrar na “plena certeza da fé”. Mas há também o contrário – pessoas presunçosas que acham que são crentes e não são.

I. Presunção

O Novo Testamento está cheio de exemplos de pessoas que pensaram que eram salvas, mas, de fato, estavam enganando a si mesmas.
1. O fariseu (Lc 18.9-14)
Ele confiava em si mesmo e não hesitou em aproximar-se de Deus, com plena certeza, mas faltou-lhe o coração quebrantado do publicano arrependido.
2. O judeu (Rm 2.17-23)
Um homem zeloso e religioso, gloriando-se em Deus, este acha que é um “guia dos cegos… instrutor de ignorantes”, mas infelizmente não pratica aquilo que prega e ensina (v.21). É possível professar ser crente, mas de fato ser hipócrita e ignorante da fé verdadeira.
3. Os professos (Mt 7.21-23)
No Sermão do Monte, Jesus falou desta possibilidade: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus… Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor!… Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci”. Isso mostra que nem palavras corretas: “Senhor, Senhor!”, nem obras impressionantes (“expelimos demônios… fizemos muitos milagres”) são evidências suficientes de pertencer a Cristo. O que é essencial é obediência à vontade de Deus e um conhecimento pessoal de Cristo. Infelizmente, Cristo diz que há “muitos” que pensam que são crentes e não são.
Vamos aplicar esse ensino aos nossos dias: muitos, naquele dia, hão de dizer a Cristo: “Senhor, será que nós não cantamos no coral da igreja tal, dirigimos o louvor, fomos professores da escola bíblica, etc.” e Ele pode nos dizer: “nunca vos conheci”. Qual é a sua verdadeira situação perante Cristo?
4. As dez virgens (Mt 25.1-13)
Mais uma vez notamos que metade das dez que estavam esperando a volta do noivo ficou do lado de fora quando “fechou-se a porta”. Sim, há pessoas que esperam a volta de Jesus, mas não estão preparadas e, na hora da volta Dele, ficarão fora.
Aplicação

 Você já nasceu de novo? É bom que estejamos em estado de alerta ao fato de que a Bíblia dá muitos avisos contra pessoas que presumem que são crentes, mas nunca experimentaram o novo nascimento. Então, onde você está? Dentro ou fora?

 II. Dúvidas

Dúvidas são o contrário de presunção. Há alguns que não têm “plena certeza de fé” porque lhes falta um “sincero coração”, enquanto há outros que não têm “plena certeza” porque não têm se aproximado de Deus – são pessoas cheias de dúvidas. Há muitos em nossas igrejas assim. Correram bem na vida cristã por algum tempo, mas, depois, começam a ter dúvidas a respeito da sua salvação – “Será que sou crente mesmo?”.
Às vezes, isso é resultado de frieza de coração, de esterilidade espiritual, de fraqueza em testemunhar. Às vezes, a causa é de falta de conhecimento da Palavra do Senhor.
1. Dúvida é uma situação muito comum
a) Pedro (Mt 14.31), que se tornou um grande líder, no início foi repreendido por Jesus: “Homem de pequena fé, por que duvidaste?”
b) Tomé (Jo 20.24-29) é o maior exemplo de um discípulo que duvidava –“não sejas incrédulo, mas crente”. Mas se temos, no meio das nossas dúvidas, um amor por Cristo como Tomé tinha, então chegaremos à mesma confissão: “Senhor meu e Deus meu!”
c) Os primeiros crentes em Antioquia (At 11.23). Barnabé “exortava a todos a que, com firmeza de coração, permanecem no Senhor”, porque reconhecer que eles tinham a tendência de vacilar na fé.
2. Causas de dúvidas
a) Um começo falso – Simplesmente porque uma pessoa levanta a mão na hora de apelo (ou vai à frente) não quer dizer que é nascida de novo. Tornar-se crente não é recitar uma fórmula mágica a pedido do pregador. É possível ir à frente por causa de pressão psicológica.
b) Uma falsa ideia da vida cristã – Há crentes que acham que depois de aceitar a Cristo não terão mais problemas ou sofrimentos, e não sabem que provações fazem parte do nosso amadurecimento cristão (Hb 12.4-13; Tg 1.2-4).
c) Falha em compreender a base do nosso perdão – Perdão vem da imerecida graça de Deus. O problema surge quando o novo crente peca – “Não sou mais crente!”. Temos que confessar o nosso pecado de novo ao Senhor. Perdão é algo constante – o sangue de Jesus Cristo continua a nos purificar de todo pecado (1Jo 1.7,9).
d) Falha em compreender a base de nosso perdão – Às vezes, a falta de “plena confiança” é por causa de pecado que ainda não foi confessado. O crente tem cometido pecado contra a orientação da palavra de Deus, mas o pecado nunca foi repudiado ou confessado. Foi assim na história de Davi (Sl 32.3-4).
e) Falha em apropriar-se dos “meios da graça” – Deus tem providenciado os meios pelos quais a alma pode ser abençoada, mas se o crente começar a negligenciar a leitura da Bíblia, a oração e os cultos na igreja, então vai esfriar na fé e duvidar da salvação (Hb 10.25).

 III. Plena certeza da nossa salvação

Podemos ter plena certeza da nossa salvação? Podemos! Aqui seguem três motivos por que podemos saber com certeza que uma vez salvo, sempre sou salvo.
1. As promessas da palavra de Deus declaram a nossa salvação
A Bíblia, embora não nos dê lugar para presunção ou dúvidas, fornece muitas provas para que tenhamos plena confiança da nossa salvação.
a) João 3.36 – “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna”. Jesus não disse: Talvez tenha a vida eterna, mas sim, tem a vida eterna agora ( Jo 5.24; 6.47; Rm 10.9-10).
b) João 10.28-29 – “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão…”. Nem Satanás pode nos tirar das mãos do Senhor.
c) 1 João 5.13 – “Estas coisas vos escrevi a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus”. Não é “talvez tenhais a vida eterna”. Sim, você pode saber que tem a vida eterna. Aleluia!
2. A perfeição da obra de Cristo assegura a nossa salvação
Quando Cristo morreu na cruz, pagou a penalidade de todo o nosso pecado – a Sua obra na cruz foi perfeita e completa. Isaías 53.6 diz: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Ef 2.8-9; Tt 3.4-7; Hb 9.26-28). Romanos 5.10 afirma: “Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida”.
 3. O testemunho do Espírito Santo no íntimo confirma a nossa salvação
O terceiro garantidor, o Espírito Santo, acompanha-nos para verificar a nossa chegada segura nos céus. Ele pessoalmente está conosco para nos ajudar e opera em nós, preparando-nos para o céu e para ficar na presença do Pai. Fomos selados pelo Espírito, o que indica que pertencemos ao Senhor, e Ele é o garantidor “da nossa herança” (Ef 1.13-14). Romanos 8.16 diz: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos deDeus”. Não seremos, mas sim somos. O Espírito Santo confirma a decisão no coração, porque conversão é obra do Espírito. E uma vez filhos, sempre somos filhos.
Mas que acontece quando a gente peca? Não perdemos a salvação? Não, de jeito nenhum! Quando um filho é desobediente, e mesmo chega a brigar com seu pai, que acontece? Ele continua sendo filho, mas o ambiente na casa fica carregado. É a mesma coisa em nosso relacionamento com Deus: quando pecamos, a nossa comunhão com Ele é afetada. Devemos, então, restabelecê-la, pedindo perdão, mas nunca deixamos de ser filhos.
Aplicação   Você tem a plena certeza da sua salvação?

 Conclusão

 A Bíblia contém tanto encorajamento quanto avisos – que nunca devemos vacilar numa agonia de dúvidas, nem perecer numa certeza que foi mal colocada. Em vez de manter os nossos olhos fixos no Senhor Jesus Cristo e através Dele gozar a plena certeza da nossa salvação, tantas vezes voltamos nossos olhos para nós mesmos e para a nossa incapacidade e nossas falhas. Por isso duvidamos. Precisamos confiar totalmente nas promessas preciosas da palavra de Deus, na perfeição da obra redentora de Cristo e na confirmação do testemunho do Espírito em nosso coração.
>> Autor da Lição: Pr. John D. Barnett
>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cristã Evangélica. Usado com permissão.

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