Os argumentos abaixo foram retirados do livro
"Não tenho fé suficiente para ser ateu", de Norman Gleiser e Frank Turek:
Não se impressione com o imponente nome técnico: "cosmológico" vem da palavra grega cosmos e significa "mundo" ou "Universo".Ou seja, o argumento cosmológico é o argumento do início do Universo. Se o Universo teve um início, então teve uma causa. Na forma lógica, o argumento apresenta-se da seguinte maneira: Tudo o que teve começo tem uma causa. O Universo teve um começo. Logo, o Universo teve uma causa.
Até a época de Einstein, os ateus podiam confortar-se com a crença de que o Universo era eterno e, portanto, não precisava de uma causa. Mas, desde então, cinco linhas de evidências científicas foram descobertas, as quais provam, sem sombra de dúvida, que o Universo realmente teve um início. Aquele início foi algo que os cientistas chamam hoje de Big Bang (ou "grande explosão"). A evidência desse Big Bang pode ser facilmente lembrada pelo acrônimo "SURGE".
S - A SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA
A segunda lei da termodinâmica é o "s" do nosso acrônimo SURGE. A termodinâmica é o estudo da matéria e da energia, e, entre outras coisas, sua segunda lei afirma que o Universo está ficando sem energia utilizável. A cada momento que passa, passa, a quantidade de energia utilizável está ficando menor, levando os cientistas à óbvia conclusão de que, um dia, toda a energia terá se esgotado e o Universo morrerá. Tal como um carro em movimento, um dia o Universo vai ficar sem combustível.
Então você pode dizer: "E daí? De que maneira isso prova que o Universo teve um começo .. Bem, vamos enxergar as coisas a seguinte maneira: a primeira lei da termodinâmica afirma que a quantidade e energia no universo é constante. Em outras palavras, o Universo possui apenas uma quantidade finita de energia (algo muito semelhante ao fato de o seu carro ter uma quantidade finita de combustível). Se o seu carro tem uma quantidade finita de combustível (a primeira lei) e ele está consumindo combustível durante todo o tempo em que está se movimentando (a segunda lei), seu carro estaria andando agora se você tivesse ligado a ignição há um tempo infinitamente distante? Não, é claro que não. Ele estaria sem combustível agora. Da mesma maneira, o Universo estaria sem energia agora se estivesse funcionando desde toda a eternidade passada. Mas aqui estamos nós: as luzes ainda estão acesas, o que significa dizer que o Universo deve ter começado em algum tempo no passado finito, ou seja, o Universo não é eterno - teve um começo.
Podemos comparar o Universo com uma lanterna. Se você deixar uma lanterna acesa durante toda a noite, qual será a intensidade da luz pela manhã? Será fraca, porque as baterias foram utilizadas até quase extinguir sua energia. Bem, o Universo é como uma lanterna quase descarregada. Possui só um pouco de energia a ser consumida. Mas, uma vez que o Universo ainda tem alguma carga na bateria (a energia ainda não acabou), ele não pode ser eterno - teve obrigatoriamente um início - pois, se fosse eterno, a bateria já teria acabado a essa altura.
A segunda lei da termodinâmica também é conhecida como lei da entropia, que nada mais é senão uma maneira simpática de dizer que a natureza tem a tendência de fazer as coisas se desordenarem. Em outras palavras, com o tempo, as coisas naturalmente se desfazem. Seu carro se acaba; sua casa se acaba; seu corpo se acaba. Mas se o Universo está ficando cada vez menos ordenado, então de onde veio a ordem original? O astrônomo Robert Jastrow compara o Universo a um relógio movido a corda. Se um relógio movido a corda está começando a atrasar, então alguém precisa dar-lhe corda.
Esse aspecto da segunda lei também nos diz que o Universo teve um começo.
Uma vez que ainda temos alguma ordem - assim como ainda temos alguma energia utilizável -, o Universo não pode ser eterno, porque, se fosse, teríamos alcançado a completa desordem (entropia) neste momento.
Alguns anos atrás, um estudante que participava de um ministério cristão entre universitários convidou-me [Norm] para falar em sua universidade sobre um tema relacionado à segunda lei. Durante a palestra, eu disse basicamente aos alunos aquilo que escrevemos aqui, mas de uma maneira mais detalhada. Depois da exposição, o aluno que havia me convidado pediu que eu almoçasse com ele e seu professor de Física.
Assim que nos sentamos para comer, o professor deixou claro que era cético em relação ao meu argumento de que a segunda lei da termodinâmica exige a existência de um começo para o Universo. Ele me disse até mesmo ser materialista e acreditar que apenas as coisas materiais existiam e que existiram por toda a eternidade.
- Se a matéria é eterna, então o que você faz com a segunda lei? - perguntei a ele. Ele respondeu:
- Toda lei tem sua exceção. Essa é a minha exceção.
Eu poderia ter contra-atacado, perguntando-lhe se pressupor que toda lei tem uma exceção era fazer uma boa ciência. Isso não me parece muito científico e pode ser uma afirmação falsa em si mesma quando você pergunta: ''A lei que diz que 'toda lei tem uma exceção' tem uma exceção?". Se tiver, talvez a segunda lei seja uma exceção à lei de que toda lei deve ter uma exceção.
A coisa não se encaminhou assim porque eu achei que ele iria protestar. Em vez disso, recuei um pouco com relação à segunda lei e decidi questioná-Io sobre o materialismo.
Se tudo é material perguntei , então o que é a teoria científica?
Além do mais, toda teoria sobre qualquer coisa material não é material; não é feita de moléculas.
Sem hesitar por um momento, ele disse com certo gracejo: — A teoria é mágica.
Mágica? - repeti, realmente não acreditando naquilo que estava ouvindo. - Qual é a base para você dizer isso?
Fé - respondeu ele rapidamente.
Fé na mágica?", pensei comigo mesmo. "Não posso acreditar no que estou ouvindo! Se a fé na mágica é a melhor coisa que os materialistas têm a oferecer, então eu não tenho fé suficiente para ser materialista!
Pensando novamente naquele episódio, parece-me que aquele professor teve um momento de sinceridade. Ele sabia que não poderia responder à fortíssima comprovação que apóia a segunda lei e, então, admitiu que sua posição não tinha base na comprovação ou na razão. Ao fazer isso, deu outro exemplo da falta de disposição em acreditar naquilo que a mente sabe que é verdadeiro e de como a visão dos ateus é baseada apenas na fé.
O professor estava certo com relação a uma coisa: ter fé. Ele de fato precisava de um salto de fé para deliberadamente ignorar a mais estabelecida lei de toda a natureza.
Uma vez que percebi que o professor não estava realmente interessado em aceitar a verdade, não lhe fiz nenhuma outra pergunta potencialmente humilhante. Mas, uma vez que nenhum de nós podia ignorar o poder da segunda lei em nossos próprio corpo, pedimos a sobremesa. Nenhum de nós estava disposto a negar que precisávamos repor a energia que havíamos acabado de usar!
U - O UNIVERSO ESTÁ EM EXPANSÃO
As boas teorias científicas são aquelas capazes de predizer fenômenos que ainda não foram observados. Como vimos, a teoria da relatividade predisse um Universo em expansão. Mas foi somente uma década depois de o legendário astrônomo Edwin Hubble ter olhado em seu telescópio que os cientistas finalmente confirmaram que o Universo está em expansão e que se expande de um único ponto (o astrônomo Vesto Melvin Slipher estava muito próximo deste Universo em expansão já em 1913, mas foi Hubble quem reuniu todas as partes soltas da questão no final da década de 1920). Este Universo em expansão é a segunda linha de comprovação científica que afirma que o Universo teve um começo.
De que maneira podemos provar, por sua expansão, que o Universo teve um começo? Pense da seguinte maneira: se pudéssemos assistir a uma fita de vídeo da história do Universo ao contrário, veríamos toda matéria no Universo retomando para um único ponto. Esse ponto não teria o tamanho de uma bola de basquete, nem de uma bola de pingue-pongue, nem mesmo da cabeça de uma agulha, mas matemática e logicamente um ponto que é realmente nada (i.e., sem tempo, sem matéria). Em outras palavras, era uma vez um nada e, então, bang!, havia alguma coisa — o Universo passou a existir por meio de uma explosão! É por essa razão que conhecemos esse fenômeno como Big Bang ou "grande explosão".
É importante compreender que o Universo não está se expandindo para um lugar vazio, mas o próprio espaço está em expansão — não havia espaço antes do Big Bang. Também é importante compreender que o Universo não surgiu de material existente, mas sim do nada — não havia matéria antes do Big Bang. De fato, cronologicamente, não havia "antes" no período anterior ao Big Bang, porque não existe "antes" sem tempo, e não havia tempo antes do Big Bang. Tempo, espaço e matéria passaram a existir no Big Bang.
Esses fatos dão muita dor de cabeça aos ateus, como aconteceu numa noite chuvosa no Estado norte-americano da Geórgia em abril de 1998. Naquela noite, eu [Frank] compareci a um debate na cidade de Atlanta sobre a questão "Deus existe?". William Lane Craig assumiu a posição afirmativa, e Peter Atkins assumiu a posição negativa. O debate estava bastante espirituoso e, em alguns momentos, até engraçado, parcialmente devido ao moderador, William F. Buckley Jr. (Buckley não escondia seu favoritismo pela posição de Craig, favorável à existência de Deus. Depois de apresentar Craig e suas impressionantes credenciais, Buckley apresentou Atkins da seguinte maneira: "E do lado do Diabo, temos o dr. Peter Atinks!")
Um dos cinco argumentos de Craig para a existência de Deus era o argumento cosmológico, apoiado pela evidência do Big Bang, que estamos discutindo aqui. Ele destacou que o Universo — todo o tempo, toda a matéria e todo o espaço — explodiu do nada, um fato que Atkins admitira em seu livro e que reafirmou mais tarde no debate daquela noite.
Uma vez que foi o primeiro a falar, Craig informou à platéia como Atkins tenta explicar o Universo de uma perspectiva ateísta: "Em seu livro The Creation Revisited [A Criação revisitada], o dr. Atkins luta ferozmente para explicar como o Universo poderia ter surgido, sem ter sido provocado por nada. Mas, no final, ele se vê preso, contradizendo a si mesmo. Ele escreve: 'Agora voltemos no tempo, além do momento da Criação, quando não havia tempo e onde não havia espaço'. Nesse tempo antes do tempo, ele imagina um redemoinho de pontos matemáticos que se recombinavam repetidas vezes e que, finalmente, por meio de tentativa e erro, vieram a formar nosso Universo de tempo e espaço".
Craig continuou, destacando que a posição de Atkins não é uma teoria científica, mas, na verdade, uma metafísica popular que contradiz a si mesma. É metafísica popular porque é uma explicação inventada — não existe nenhuma comprovação científica que a apóie. É também contraditória porque trata de tempo e espaço antes de haver tempo e espaço.
Uma vez que Craig não teve oportunidade de dialogar diretamente com Atkins sobre esse ponto, Ravi Zacharias e eu ficamos na fila de perguntas, já no final do debate, para questionar Atkins sobre sua posição. Infelizmente, o tempo acabou antes que um de nós pudesse fazer uma pergunta, de modo que fomos falar com Atkins depois do debate, nos bastidores.
— Dr. Atkins — disse Ravi -, o senhor admite que o Universo explodiu do nada, mas a sua explicação para o começo não está clara com relação ao que seja "nada". Os pontos matemáticos num redemoinho não são nada. Até eles são alguma coisa. Como o senhor justifica isso?
Em vez de abordar a questão, Atkins se rendeu verbalmente à segunda lei da termodinâmica. Ele disse:
— Olha, senhores, estou muito cansado. Não posso responder a mais nenhuma pergunta agora.
Em outras palavras, o seu decréscimo de energia provou que a segunda lei da termodinâmica estava funcionando. Atkins literalmente não tinha nada a dizer!
De acordo com a comprovação cosmológica moderna, o Universo literalmente não tinha nada de onde surgir. Contudo, quando foi a hora de dar uma explicação ateísta a isso, Atkins não começou realmente do nada, mas de pontos matemáticos e do tempo. Naturalmente, não se pode imaginar como meros pontos matemáticos e tempo pudessem verdadeiramente criar o Universo. Todavia, ele queria impor o fato de que ateus como ele próprio precisam explicar como o Universo começou de absolutamente nada.
O que é nada? Aristóteles tinha uma boa definição: ele disse que nada é aquilo com que as rochas sonham! O nada do qual o Universo surgiu não são "pontos matemáticos", como sugeriu Atkins, nem "energia positiva e negativa', como escreveu o ateu Isaac Asimov. "Nada" é literalmente coisa alguma aquilo com que as rochas sonham.
O escritor inglês Anthony Kenny descreveu honestamente seu próprio apuro como ateu à luz da evidência do Big Bang. Ele escreveu: "De acordo com a teoria do big bang, toda a matéria do Universo começou a existir em um momento em particular no passado remoto. Um oponente de tal teoria deve acreditar, pelo menos se for ateu, que a matéria do Universo veio do nada e por meio de nada".
R - RADIAÇÃO DO BIG-BANG
A terceira linha de comprovação científica de que o Universo teve um início foi descoberta por acidente em 1965. Foi naquele ano que Arno Penzias e Robert Wilson detectaram uma estranha radiação na antena do Laboratório Bell, em Holmdel, Nova Jersey, Estados Unidos. Aquela misteriosa radiação permanecia, não importava para onde apontassem sua antena. Inicialmente acharam que poderia ser o resultado de dejetos de pombos depositados na antena, muito comuns na costa de Nova Jersey, de modo que limparam a antena, e retomaram os pombos. Mas, quando voltaram para dentro, descobriram que a radiação ainda estava lá, e que vinha de todas as direções.
Aquilo que Penzias e Wilson tinham detectado transformou-se numa das mais incríveis descobertas do século passado, uma que chegou a ganhar o Prêmio Nobel. Esses dois cientistas do Laboratório Bell tinham descoberto o brilho avermelhado da explosão da bola de fogo do big bang.
Tecnicamente conhecida como radiação cósmica de fundo, esse brilho é realmente luz e calor emanados da explosão inicial. A luz não é mais visível porque o seu comprimento de onda foi esticado pela expansão do Universo para um tamanho pouco menor do que aquele que é produzido por um forno de microondas. Mas o calor ainda pode ser detectado.
Voltando a 1948, três cientistas predisseram que, se o Big Bang realmente tivesse acontecido, essa radiação estaria em algum lugar. Mas, por alguma razão, ninguém havia tentado detectá-la antes de Penzias e Wilson terem tropeçado nela por acaso há cerca de 30 anos. Ao ser confirmada, essa descoberta lançou por terra qualquer sugestão de que o Universo esteja num estado eterno de passividade.
Com efeito, a descoberta da radiação da bola de fogo queimou qualquer esperança de existência do estado estático. Mas esse não foi o fim das descobertas. Mais evidências do Big Bang surgiriam. De fato, se a cosmologia fosse um jogo de futebol americano, aqueles que acreditam no Big Bang estariam sendo convidados a "pular em cima' com esta próxima descoberta.
G - SEMENTES DE GRANDES GALÁXIAS
Depois de descobrirem o anunciado Universo em expansão e o brilho posterior de sua radiação, os cientistas voltaram a atenção para outra previsão que confirmaria o Big Bang. Se o Big Bang realmente aconteceu, os cientistas acreditavam que deveríamos ver pequenas oscilações (ou ondulações) na temperatura da radiação cósmica de fundo que Penzias e Wilson tinham descoberto. Essas ondulações de temperatura permitiriam que a matéria se reunisse em galáxias por meio da atração gravitacional. Se isso fosse descoberto, eles aceitariam a quarta linha da comprovação científica de que o Universo teve um ínício.
Em 1989, foi intensificada a busca por essas ondulações quando a NASA lançou um satélite de 200 milhões de dólares chamado COBE [Cosmic Background Explorer ou "explorador do fundo cósmico"]. Levando equipamentos extremamente sensíveis, o COBE foi capaz de ver se essas oscilações realmente existiam na radiação de fundo e quão precisas elas eram.
Quando George Smoot, o líder do projeto, anunciou as descobertas do COBE em 1992, sua chocante comparação foi citada em jornais do mundo inteiro. Ele disse: "Se você é religioso, então é como estar olhando para Deus". Michael Turner, astrofísico da Universidade de Chicago, não foi menos enfático, afirmando que "a evidência dessa descoberta não pode ser desprezada. Eles encontraram o Santo Graal da cosmologia". Stephen Hawking também concordou, chamando as descobertas de "as mais importantes descobertas do século, senão de todos os tempos". O que fez o satélite COBE receber elogios tão grandiosos?
O satélite não apenas descobriu as 'Oscilações, mas os cientistas ficaram maravilhados diante de sua precisão. As oscilações mostravam que a explosão e a expansão do Universo foram precisamente calculadas de modo não apenas a fazer a matéria se reunir em galáxias, mas também a ponto de não fazer o próprio Universo desmoronar sobre si mesmo. Qualquer pequena variação para um lado ou para o outro, e nenhum de nós estaria aqui para contar a história. O fato é que as oscilações são tão exatas (com uma precisão de um sobre 100 mil) que Smoot as chamou de "marcas mecânicas da criação do Universo" e "impressões digitais do Criador.
Mas essas oscilações de temperatura não são apenas pontos em um gráfico de um simples cientista. O COBE conseguiu tirar fotografias das oscilações com infravermelho. É preciso ter em mente que as observações espaciais são, na verdade, observações do passado, devido ao tempo que a luz leva para chegar até nós. Desse modo, os retratos desse satélite são retratos do passado, ou seja, as imagens em infravermelho tiradas pelo COBE apontam para a existência de matéria do início do Universo que viria a se juntar em galáxias e conjuntos de galáxias. Smoot chamou essa matéria de "sementes" das galáxias como elas existem hoje (essas imagens podem ser vistas pela Internet no site do COBE. Tais "sementes" são as maiores estruturas já detectadas, e a maior estende-se por cerca de um terço do Universo conhecido. Estamos falando de 10 bilhões de anos-luz ou de 95 bilhões de trilhões de quilômetros (95 seguido de 21 zeros).
Agora você pode entender por que tantos cientistas são tão eloqüentes na descrição de sua descoberta. Uma coisa predita pelo Big Bang foi novamente descoberta, e isso foi tão grandioso e tão preciso que provocou um big bang entre os cientistas!
E - A TEORIA DA RELATIVIDADE DE EINSTEIN
O "E" do nosso acrônimo vem do nome de Einstein. Sua teoria da relatividade é a quinta linha de comprovação científica de que o Universo teve um início e sua descoberta foi o começo do fim da idéia de que o Universo é eterno. A teoria em si, que foi comprovada até cinco casas decimais, exige um início absoluto para tempo, espaço e matéria. Ela mostra que tempo, espaço e matéria estão correlacionados, ou seja, são interdependentes — você nunca pode ter um sem os outros.
Com base na teoria da relatividade, os cientistas predisseram — e depois descobriram — a expansão do Universo, a radiação posterior à explosão e as grandes sementes de galáxias que foram precisamente criadas para permitir que o Universo se formasse e que tivesse o estado atual. Adicione a essas descobertas a segunda lei da termodinâmica, e temos cinco linhas de decisiva comprovação científica de que o Universo teve um início — algo que SURGE de um início grandioso.
Pense da seguinte maneira: se pudéssemos assistir a uma fita de vídeo da história do Universo ao contrário, veríamos toda matéria no Universo retomando para um único ponto. Esse ponto não teria o tamanho de uma bola de basquete, nem de uma bola de pingue-pongue, nem mesmo da cabeça de uma agulha, mas matemática e logicamente um ponto que é realmente nada (i.e., sem tempo, sem matéria). Em outras palavras, era uma vez um nada e, então, bang!, havia alguma coisa — o Universo passou a existir por meio de uma explosão!
À luz das evidências, somos deixados apenas com duas opções: ou ninguém criou uma coisa do nada ou alguém criou alguma coisa do nada. Que visão é mais plausível? Nada criou alguma coisa? Não. Até mesmo Julie Andrews sabia a resposta quando cantou "Nada vem do nada. Nada poderia ser assim!". Se você não consegue acreditar que nada fez alguma coisa, então não tem fé suficiente para ser ateu!
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Extraído do Livro: “Não tenho fé suficiente para ser ateu”, de Norman Geisler e Frank Turek
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