As Origens do Natal
As origens do Natal remontam aos tempos antes do nascimento de Cristo quando as culturas antigas celebravam a mudança das estações. No hemisfério norte, na Europa, por exemplo, o solstício de inverno, que é o dia mais curto do ano, ocorre por volta do dia 25 de dezembro. Estas celebrações eram baseadas no declínio do inverno. Já que durante o inverno os animais permaneciam presos, as pessoas ficavam dentro de suas casas, as colheitas não cresciam, etc, sabiam que o inverno passava da metade e por isso faziam deste um tempo de celebração.
No antigo sistema religioso romano, Saturno era o deus da agricultura. Cada ano, durante o verão, o deus Júpiter forçaria Saturno para fora da sua posição dominante e os dias iriam se tornando mais curtos. No templo de Saturno em Roma, os pés de Saturno eram simbolicamente amarrados com correntes até os solstício e inverno, quando os dias começavam a se alongar novamente. Era este solstício de inverno um tempo de celebração e de troca de presentes já que a dureza do inverno começava a desvanecer e os dias a se tornarem mais longos.
25 de Dezembro, especialmente, coincidia com o dia do nascimento do deus-sol chamado Fírgia na cultura antiga dos Bálcãs. No Império Romano, no tempo de Cristo, o festival de inverno era conhecido como saturnália. A Igreja Romana não permitia a participação na saturnália, até aproximadamente o 4º século, quando ela adotou o feriado e tentou convertê-la na celebração do nascimento do Senhor. Eles a chamavam Festa da Natividade. Esta adoção foi incorporada à cultura ocidental desde então.
Árvore de Natal e Musgo Um dos símbolos da vida encontrados na celebração da saturnália era o uso de árvores verdes. Estas plantas que permaneciam verdes durante todo o ano eram, freqüentemente, usadas nas diferentes culturas como símbolo de vida e renascimento. Elas eram, algumas vezes, decoradas como uma forma de adoração nas cerimônias religiosas de algumas culturas e associadas à fertilidade.
O musgo era considerado uma planta curativa e era usado em muitas práticas médicas antigas. Os celtas acreditavam que a planta, que é um parasita das árvores verdes, continham a alma das árvores onde eles viviam. Os druídas usavam o musgo em suas cerimônias religiosas. Os sacerdotes druídas os cortavam e os distribuíam ao povo que os colocavam sobre as portas das suas casas. Eles supunham que isto os protegeria de várias formas de mal.
Em Que Dia Jesus Realmente Nasceu? Ninguém sabe com certeza em que mês, nem há menção do dia, que Jesus nasceu. Várias teorias já foram levantadas que colocam o nascimento de Jesus em Abril, Outubro e Setembro. Mas ninguém sabe com certeza. Adicionalmente, o nosso calendário é falho. Ele está, pelo menos, 4 anos atrasado. Isto é conhecido comparando os regristos bíblicos do evangelho e os registros extra-bíblicos conhecidos acerca de Quirino, o governador da Síria (Lc 2:2) e Herodes, o Grande (Mt 2:19) que morreu em 4 A.C.no ano do nascimento de Jesus. Curiosamente, Jesus nasceu 4 anos antes de Cristo.
O Cristão Pode Celebrar o Natal? O cristão é livre para celebrar esta festa que não somente tem origem pagã, mas também é usada pelos incrédulos para promover o comercialismo? Em minha opinião, isto depende. O cristão deve manter os seus padrões de retidão e devoção a Deus acima dos do mundo. O Antigo Testamento diz que nós devemos adorar a Deus em verdade de acordo com o que Ele estabeleceu (Ex 20:1-4; Ex 24:12-31:18).
Devemos participar de uma celebração originada em um festival e cheia de comercialismo? Na minha opinião somos livres para celebrar o dia. Aqui está porquê:
Na Bíblia, em 1 Co 10:23-33, Paulo fala acerca da carne sacrificada aos ídolos. Esta carne era freqüentemente vendida no açougue e levantava-se a questão: “Devem os cristãos comer esta carne?” Paulo diz no verso 25: “Comam de tudo o que se vende no mercado, sem fazer perguntas por causa da consciência” (NVI). A origem da carne era, essencialmente, pagã. Muitos animais vinham com o propósito de serem oferecidos como sacrifício para as deidades pagãs e sua carne era oferecida no mercado. Mesmo em referência a isto Paulo diz que era lícito comer desta carne.
Então nos versos 28-29 ele diz, “Mas se alguém lhe disser: 'Isto foi oferecido em sacrifício', não coma, tanto por causa da pessoa que o comentou, como da consciência, isto é, da consciência do outro e não da sua própria. Pois, por que a minha liberdade deve ser julgada pela consciência dos outros?” (NVI). Paulo está dizendo que se você está com alguém que pode ficar escandalizado por você comer carne sacrificada aos ídolos, então não a coma -- não por causa de você, mas por causa da outra pessoa. Em outras palavras, comer esta carne não afeta você. Os falsos deuses não são reais. Eles não têm nenhum poder.
Eu penso que este princípio pode ser aplicado ao Natal. Sim, o Natal tem uma origem pagã. Sim, ele é intensamente usado para fins comercialistas. Sim, muitos sequer olham para Jesus. Mas, para os cristãos este é um tempo de refletir acerca do nascimento do nosso Senhor e celebrá-lo. Nós podemos tornar este dia santo.
1. Devido a sua forte associação ao Catolicismo, o Natal foi, freqüentemente, rejeitado por aqueles que seguiram a Reforma Protestante. Esta oposição foi baseada na crença de que isto contradiz o ensino bíblico da finalidade do sacrifício de Cristo na cruz. (Conforme Hb 9:12, Hb 9:24-26; Hb 10:10-14). Fonte: Christian Apologetics & Research Ministry.
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