O testemunho de uma ex-feminista: fé feminina em um mundo feminista |
O testemunho de uma ex-feminista:
fé feminina em um mundo feminista
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Mais de quarenta anos após o início da “liberação das mulheres”, entendidos dizem que nós hoje vivemos numa era pós-feminista. O feminismo é o padrão. Nós o respiramos, pensamos nele, assistimos a ele, o lemos. Quando um conceito permeia tão amplamente uma cultura, é difícil dar um passo atrás e vê-lo operando. O feminismo alterou profundamente o conceito em nossa cultura do que significa ser uma mulher. Precisamos entender como esse movimento surgiu e quais têm sido seus objetivos, porque esses são agora as premissas de nossa cultura. Também precisamos reconhecer que algum bem adveio dele. Havia algumas sérias desigualdades que foram mudadas pelo movimento feminista. Sou grata pelos ganhos a curto prazo, mas as consequências de longo prazo são profundas e precisam ser examinadas à luz da visão de mundo do feminismo.
Minha história pessoal é, sem dúvida, diferente da sua. Talvez você não se identifique como uma feminista ou ex-feminista. Talvez você não se identifique como cristã — ou, pelo contrário, você tenha crescido na igreja. Mas é provável que haja aspectos da sua feminilidade que foram negativamente impactados pelo feminismo, não importa como você se identifique hoje. É por isso que creio que é importante examinar a história do feminismo, como ele afetou nossa cultura e nossas igrejas, e como suas afirmações se apresentam quando confrontadas com o ensino da Escritura.
Este é o livro que eu gostaria de ter tido quando era recém-convertida. Ao longo dos anos, tentei reter as impressões e memórias que tive enquanto neófita com relação à igreja, a Deus, à Bíblia, à masculinidade e à feminilidade, para o caso de eu ter a oportunidade de escrever este livro. Quando me deparei pela primeira vez com esses conceitos, como nova convertida, quis que alguém me explicasse como o feminismo surgiu, como ele influenciou meu pensamento, e por que a feminilidade como definida pela Bíblia não era um retorno a uma era horrível. Ninguém à minha volta na igreja parecia infeliz, reprimido ou oprimido pelos papéis de gênero descritos na Bíblia. De fato, eles pareciam surpreendentemente felizes. Os homens me tratavam com respeito. As mulheres sorriam e gargalhavam. As crianças eram amigáveis e, em geral, obedientes. Ninguém parecia ter passado por uma lobotomia, e nunca soube de encontros secretos de seitas. Então, depois de um tempo, eu aceitei que esse era um comportamento genuíno e não uma conspiração para me fazer uma lavagem cerebral que resultasse em uma forma de pensar arcaica. Isso me deixou livre para examinar as afirmações da Escritura sem suspeitas.
Quinze anos depois, sou profundamente grata pela oportunidade de escrever o livro pelo qual procurei enquanto recém-convertida — um livro que examina a história do movimento feminista e suas principais filosofias e dá uma explicação do que a Bíblia ensina acerca das mulheres, nosso valor e nossos papéis. Se você é recém-convertida, ou mesmo se não for cristã, oro para que, quando terminar este livro, você tenha um melhor entendimento de por que Deus fez homens e mulheres à sua imagem — dois sexos, iguais em valor e dignidade — e por que ele nos designa papéis diferentes a fim de realizar seus propósitos em seu reino.
Se você é cristã de longa data, oro para que você seja renovada em seu compromisso com esses princípios bíblicos. A feminilidade bíblica não é um molde de tamanho único. Não tem a ver com certo modo de se vestir, filmes da Jane Austen, chás, vozes quietas e estampas floridas… ou qualquer estereótipo que você esteja imaginando agora. Viver de acordo com os princípios bíblicos hoje requer que as mulheres sejam ousadas o suficiente para permanecer firmes contra filosofias e fortalezas que buscam destruir a Palavra de Deus e sua autoridade.
Você já leu parte da minha história. Nos próximos capítulos, você encontrará outras mulheres de igrejas, história e etnias diferentes — em outras palavras, este livro não é apenas resultante de minha experiência. Conheço todas essas mulheres, algumas das quais por mais de uma década. Essas são mulheres reais que confiaram em Deus na alegria e na dor. Elas se unem a mim celebrando a fé feminina em um mundo feminista.
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