Devemos ser como a corça...
No meio cristão é comum escutarmos a expressão "Assim como a corça", mas poucos sabem a força que tem essa expressão.
Para quem não sabe, quando chega a época da seca a corsa se desespera, pois quando ela fica um determinado tempo sem água sua pele começa a rachar e a exalar um odor, esse odor atrai os predadores. A corsa corre desesperadamente em busca de água, pois sabe que sua vida depende daquilo.
Assim temos que ser, como diz no Salmos 42:1
"Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus."
Somos a corça e Cristo nossa água (João 4:14), temos que ser desesperados por Ele, buscá-lo incessantemente, nossa vida depende dele ( João 3:16 / João 10:10).
Quando ficamos longe de Cristo, nós começamos a exalar um odor de morte também, o nosso pecado vai atraindo a morte (Romanos 6:23). E o único jeito de acabarmos com esse odor é quando bebemos da nossa água da vida, Cristo! Nossa vida sem ele é: Sem sentido, Vazia, Sem alegria, Curta!
Além de alimentarmos nosso espírito precisamos também dar de beber a nossa alma (Salmos 23:3)
Quantas vezes não estamos tão abatidos e tristes sem ter esperança para o nosso futuro, dentro de nós nosso coração grita: REFRIGERA MINHA ALMA DEUS.
Saiba que Cristo te oferece uma fonte incessável de águas (Isaías 58:11) vá até ele e renove a suas forças!
"E o SENHOR te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam." Isaías 58:11
Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.
Salmos 23:3
Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.
Salmos 23:3
Aprendendo com a corça
Uma corça sedenta e exausta caminha pelo deserto. Logo, o animal avista a imagem de um lençol d’água sobre a areia. Começa a correr desesperada ao encontro da única substância que pode matar sua sede.
A corça é um animal de pequena estatura, arisco e de costume migratório. E uma característica interessante: a corça não suporta o confinamento.
É um animal dotado de olfato privilegiado que lhe possibilita sentir cheiro de água a quilômetros de distância. É capaz ainda de perceber, metros abaixo da superfície, a existência de um lençol de água.
Em regiões desérticas da África e do Oriente Médio, empresas construíram quilômetros de aquedutos sob a superfície terrestre. E as corças sedentas, ao pressentirem a água jorrando pelo interior dos dutos, correm por cima das tubulações na tentativa de encontrarem a nascente, ou então um possível local por onde essas águas pudessem ser alcançadas.
Certo poeta descreveu essa cena da corça farejando água, sob a areia do deserto, do seguinte modo: “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, … “ (Salmos 42:1-2).
Note que nesta passagem, Davi faz uma comparação. A sede dele pelo Senhor era comparada ao anseio de uma corça pelas águas. Em se tratando de um homem “segundo o coração o de Deus”, creio que esta comparação pode servir de parâmetro para nossa própria busca.
Mas enfim, como é que a corça suspira e anseia pelas águas?
É com desespero. Gritando, correndo, buscando, farejando. Com sede. Com olfato privilegiado para localizar a fonte certa. Continuamente, todos os dias. Não se permitindo acomodar e fugindo do confinamento.
E nós? Estamos desesperados por Deus? Temos sede de sua presença?
Temos corrido, buscado e nos desesperado por mais dEle em nossas vidas?
Temos buscado na fonte certa, diariamente? Ou temos nos contentado com a mediocridade do nosso “confinamento”?
Cada um de nós pode ter seu próprio “confinamento”. Coisas que nos prendem e nos impedem de sair em busca da água fresca que tanto precisamos. Podem ser pessoas, situações ou até mesmo “pequenos reinos” que construímos para nós mesmos (“meu emprego”, “meu ministério”, “meu evento”, etc).
Precisamos, como a corça, sair e correr. Precisamos de olfato aguçado para ir na fonte certa, que é Cristo. Afinal de contas, existem fontes sem água (II Pedro 2:17), e nuvens sem água (Judas 1:12).
E lembremos das palavras do Mestre: “quem tem sede, venha; e quem quiser, receba de graça a água da vida.” (Apocalipse 22:17)
Que o Senhor Deus tenha misericórdia de nós e nos guie.
Helder Assis
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