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O Sacrifício de Jesus
Na carta de Paulo aos Gálatas, capítulo 6:7, lemos: “de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” A lei da semeadura e da colheita é uma lei universal que tem atravessado e permanecido ao longo da história humana. Existe desde o começo do mundo. Se Adão e Eva tivessem semeado obediência, confiança e fidelidade à Palavra de Deus, colheriam vida eterna. Se semeassem a desobediência e desconfiança, colheriam a morte. Tristemente Adão e Erva desobedeceram a Deus e pecaram. E tendo pecado, estavam destinados a viver uma vida cheia de dores e sofrimentos e por fim a morte. Essa condição eles passariam para todos os seus descendentes, e foi assim que aconteceu. O mesmo seria verdade, caso tivessem obedecido. Seus descendentes estariam livres para sempre do pecado e do tentador.
Antes mesmo de criar a Terra, Deus sabia da possibilidade do homem se tornar pecador. A Trindade, reunida em conselho, fez o plano para a salvação dos seres humanos, caso viessem a pecar. O pecado traria, como conseqüência a morte. E Jesus, o Filho de Deus, se apresentou para morrer em lugar do homem pecador.
Vindo revestido de humanidade, Jesus pagou com Sua própria vida o preço terrível do pecado. Descrevendo o desprendimento de Cristo, o apóstolo Paulo assim se expressa: “Tenho em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus; pois Ele subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação ser igual a Deus; antes a Si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens; e reconhecido em figura humana, a Si mesmo se humilhou, tornando-Se obediente até a morte e morte de cruz” (Filipenses 2:5-8).
Amigo querido, Jesus se tornou o servo sofredor das profecias do Antigo Testamento. Sofreu as dores da humanidade. A morte na cruz do calvário estabeleceu para sempre a garantia de perdão e vida a todos aqueles que aceitam a Cristo como Salvador.
A morte de Jesus foi expiatória e vicária. Foi expiatória porque eliminou a culpa que o pecado de Adão e Eva impôs a humanidade. A vida santa, justa e sem pecado de Cristo, O habilitou a ser o sacrifício expiatório, para livrar a humanidade da culpa e da mancha do pecado. A morte de Jesus é vicária pelo fato de ser em substituição aos pecados dos que deveriam morrer. O sacrifício de Jesus substituiu a eliminação da humanidade pelo fato de Jesus suportar sobre Si os pecados de todos. O profeta Isaías, descrevendo o sofrimento do Messias, escreveu: “Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído por nossas iniqüidades: o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados… mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de todos nós… porquanto derramou a Sua alma na morte e levou sobre Si o pecado de muitos” (Isaías 53:5,6 e 12).
Esses versos de Isaías nos ajudam a compreender o efeito vicário, ou seja, de substituição da morte de Cristo. Os pecados e as culpas que nos mancharam podem ser transferidos para Aquele que suportou os pecados da humanidade e nos torna puros e perdoados. Antes de Jesus vir a esta Terra, esse processo foi realizado nas cerimônias em que morria o inocente cordeirinho para quem eram transferidos os pecados do pecador arrependido.
Talvez você pergunte agora: “Mas, pastor, porque foi necessário que Jesus morresse?” Ao criar Adão e Eva, Deus os dotou com uma inclinação para o bem e com a capacidade natural de obedecer. Ao caírem na armadilha de Satanás, a natureza humana se corrompeu e perdeu a capacidade natural de obedecer a Deus. Além disso, o homem não possuía poder em si mesmo para eliminar a culpa e as conseqüências que o pecado trouxe a toda a raça.
A justiça divina previa a morte como resultado natural do pecado. Este não é um ato de vingança da parte de Deus, mas um fato natural. Compreendendo que só existe vida na Fonte de vida, que é Deus, e que o pecado é separação de Deus, ao ter pecado, o homem perdeu também a vida.
Ilustrando este aspecto, é como desconectar da rede elétrica qualquer aparelho eletrodoméstico. A única condição para o seu funcionamento é estar ligado à rede, a fonte de energia.
Da mesma maneira, o homem só poderia conservar a vida que Deus lhe havia dado enquanto permanecesse ligado a Fonte de Vida que é o próprio Deus. O pecado desconectou o homem de Deus, e por isso, veio a morte e esta passou a todos os seres.
A única maneira de tornar a ligar o homem a Deus era se Alguém viesse e pudesse vencer onde Adão e Eva haviam falhado. Quem conseguisse essa vitória, estaria em condições de pagar o preço pelo pecado de Adão e de toda a humanidade. Foi aí que Jesus se ofereceu para vir salvar o homem.
Ao viver uma vida santa, irrepreensível, sem pecado, Jesus mostrou como Adão poderia ter obedecido às leis de Deus. Com Sua vida justa, Jesus satisfez a justiça divina que pede obediência às leis eternas. Uma etapa havia sido vencida. A outra etapa seria o pagamento do preço do pecado de Adão e Eva e de toda a humanidade. Este preço era a própria vida. Jesus então morreu, satisfazendo a justiça eterna que seria a morte como conseqüência do pecado.
A morte de Cristo satisfez a justiça de Deus. O preço do pecado estava pago. Da mesma maneira como Adão e Eva haviam pecado e todos se tornaram pecadores, pela morte de Cristo, todos agora tem direito à vida.
Amigo querido, o amor de Deus deve ser amplamente exaltado pois se Sua justiça pedia a morte do pecador, Seu amor faz todas as provisões necessárias para dar esperança de vida a todos quantos crêem no Seu Nome.
Desta maneira, era necessário que Alguém pagasse com a vida pelo pecado. O homem condenado a morrer, não poderia reverter esta situação. Portanto, era necessário que Cristo, pois foi Ele que se dispôs, morresse para que o homem pudesse viver para sempre na companhia de Deus novamente.
Esta ampla provisão de vida feita por Deus em Cristo está a sua disposição agora.
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