O PERIGO DAS NOSSAS ALIANÇAS
Josué 9. 15 – 16
Josué concedeu-lhes paz e fez com eles a aliança de lhes conservar a vida; e os príncipes da congregação lhes prestaram juramento. Ao cabo de três dias, depois de terem feito a aliança com eles, ouviram que eram seus vizinhos e que moravam no meio deles. Tendo em vista a vitória do povo de Israel sobre Jericó e Ai, os reis que viviam a oeste do rio Jordão ficaram muito preocupados , a ponto de se unirem para guerrear contra Josué e o povo israelita, ou seja, eles que estavam da defensiva, até aquele momento, resolveram fazer uma espécie de aliança.
Para que entendamos o que estava acontecendo, aqueles reis não viam a menor possibilidade de enfrentar, de forma isolada, o poderio de Israel, sob liderança de Josué, que havia se tornado um excelente líder e estrategista, sendo reconhecido com bastante temor por toda a terra de Canaã. Josué tinha plena consciência dessa situação e de quem o estava conduzindo a todas aquelas vitórias, isto é, ele não esquecia que o responsável por tudo o que estava acontecendo era o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel.
Dentro deste contexto, os moradores da cidade de Gibeão, que também tinham ouvido a respeito dos feitos de Josué e seus liderados, resolveram enganá-los.
Criaram uma situação parecendo que estavam viajando há muito tempo, usando sandálias velhas e com remendos, colocaram odres rasgados e sacos velhos em cima de seus jumentos e assim foram ao acampamento e falaram a Josué dizendo que estavam vindos de muito longe, razão pela qual vinham de paz e pediram um acordo, colocando-se à disposição do povo de Israel para ser seus empregados.
Josué chegou a indagar de que cidade eles procediam e de quem se tratavam. Como resposta foi-lhe dito que eles eram de um país que ficava muito longe e chegaram até ali porque tinham ouvido falar do Senhor, do Deus de Israel, e de tudo que Ele tinha feito no Egito e de todas as vitórias que tinha concedido aos israelitas, e voltaram a pedir que fosse feito um acordo de paz com eles, e que estariam dispostos a ser empregados e começam a ressaltar os diversos pontos que mostravam como tinham vindo de longe, qual seja o pão seco, os odres velhos e rasgados e as sandálias gastas por conta da longa viagem que tinham feito.
Então, Josué, sem consultar o Senhor, fez o tal acordo de paz com os gibeonitas, prometendo que eles não seriam mortos, e mais, os líderes do povo de Israel juraram que cumpririam a sua palavra.
Três dias após do acordo feito, foi descoberto que aquilo tudo não passou de mentira, de um ardil, armado por aquele povo, e que, na verdade, eles moravam perto dali.
Entretanto, como havia um juramento feito pelos líderes em nome do Senhor, o Deus de Israel, os israelitas não os mataram. Esta decisão gerou reclamações e cobranças por parte do povo, porém, tendo em vista a promessa feita, eles não puderam fazer nada e os deixaram vivos.
A situação aqui é que depois do “leite derramado” não restou outra saída, a Josué, a não ser cumprir o acordo feito, isto é, ele teve de honrar o trato feito com aquele povo que os enganou.
Nesta história temos algumas lições para o nosso dia a dia. A primeira é que precisamos tomar muito cuidado com os gibeonitas atuais, e aí, é necessário que tenhamos a consciência de que eles estão em toda a parte, em nossa igreja, em nosso trabalho, dentre aqueles que se apresentam como nossos amigos, em nossos relacionamentos, isto é, fazem parte do nosso dia a dia, e não raro, estão muito perto de nós, promovendo o engano, a discórdia, a confusão, dando conselhos ruins, influenciando-nos para o mau.
Precisamos tomar muito cuidado com quem andamos, que exemplos estamos seguindo, que influência determinadas pessoas estão exercendo em nossas vidas, com as nossas amizades, com nossos relacionamentos afetivos, já que estas pessoas podem nos levar a situações inimagináveis, a situações, que por vezes, não existe mais a possibilidade de retorno, vejam que os líderes de Israel, apesar de terem descoberto a farsa, tiveram de honrar o juramento, mesmo sendo criticado pelo povo, isto é, se viram na obrigação de arcar com a responsabilidade da decisão equivocada que tomaram. E assim será com cada um de nós, na medida em que nos deixemos enganar, levar, sob a influência de falsos líderes, amigos enganadores, isto é, por pessoas que se aproximam de nós vestidos em peles de cordeiro, mas trazem dentro de si um coração cheio de maldade.
E a segunda, e a mais importante, é que não podemos abrir mão da direção divina. Josué tomou a decisão sobre o acordo sem consultar a Deus e deu no que deu.
Finalizando, precisamos entender que se quisermos evitar erros e males para nossas vidas precisamos estar alertas, vigiar e na dependência de Deus, já que Satanás sempre estará atento, no intuito de nos enganar
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