Não existe uma lógica para o perdão. A ideia é perder mesmo! É uma grande perda que resulta na cura de si. O maior culpado não é o que sofre por causa do pecado do outro, mas o que não perdoa o pecado do outro. E o maior prisioneiro é o que pode ser livre, mas abre mão voluntariamente da sua liberdade para assumir a algema do orgulho.
Eu sei que você tem toda a razão de não perdoar esta pessoa, mas, sinceramente, você sempre será a vítima, tanto dela, mas sobretudo de si mesmo. O mal do outro em nós é produzido pelo nosso mal. Lembre-se: todos nós pecamos. Todos nós podemos frustrar alguém, decepcionar ou até trair. Não estamos livres disso, ainda que venhamos a bater no peito e gritar ao mundo a nossa integridade e domínio próprio prático.
Temos de entender que o perdão alivia o peso que está sobre nós e não sobre o outro. Quando perdoamos, não apenas liberamos alguém do que fez, mas nos liberamos de toda a acidez de alma, todo o câncer que nos destrói por dentro e/ou toda a sequidão que opera o desenvolvimento da desumanização em nós. Faz parte da nossa missão a prática do perdão no viver.
Vivemos numa sociedade que inverte as posições relacionais. Primeiro pensa-se em si, para depois olhar ao lado. Queremos sobre tudo que a nossa vontade seja feita e não nos importamos com as implicações das nossas atitudes na vida do nosso próximo.
E é justamente por sermos assim que nos tornamos mais violentos, intolerantes, impacientes e audaciosos para assassinar alguém, seja fisicamente, seja emocionalmente. Mas a Graça de Deus permanece sobre aqueles que decidiram pelo Evangelho. E se você está em Jesus, guarde a sua alma de se amargurar, ouça o conselho de Jesus, no Evangelho.
Peça. Quantas vezes for necessário. O Evangelho propõe a morte de si e da própria vontade. Ele nos chama à gratidão que reparte a vida...
Viva! Seja livre em Jesus!
Pois foi para isso que Ele morreu: para que você fosse perdoado e andasse na Luz e no Caminho que perdoa não sete vezes, mas 70 x 7.
Um abraço,
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