13 razões bíblicas para assistir “13 Reasons Why”. (sem spoilers) |
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13 razões bíblicas para assistir "13 razões pelas quais". (Sem spoilers)
Fiquei realmente impressionado com a série “13 reasons why”. Se você ainda não sabe, esta é uma série original da Netflix, que foi baseada no livro homônimo do Jay Asher, que inclusive tem em português com o título “Os 13 porquês”. A série, que estreou dia 31 de Março deste ano, já se tornou um dos assuntos mais comentados do mundo entre os internautas nos últimos dias.
“13 reasons why” mostrou o quanto somos falhos em lidar com o próximo e com os sentimentos do próximo. Questões tão horríveis quanto bullying, xenofobia, homofobia, sexismo, violência doméstica, estupro, depressão e suicídio são tratadas com muita clareza dentro do universo estudantil.
Aquilo que mais choca é perceber que temos falhado (e muito) como conselheiros, como família e como igreja nessas áreas. Nosso fracasso é tão evidente, que a simples menção destes assuntos já costuma incomodar alguém. É mais fácil ser omisso do que se envolver; é mais fácil fazer piada com o que não se entende, do que buscar compreender e ajudar.
Certamente, jamais teremos condições de ajudar todos os que sofrem e enfrentam essas dificuldades. Mas, se fizermos o básico, se ao menos começarmos a refletir sobre isso e tentarmos lidar com o próximo da maneira correta (amando, como Jesus nos ordenou), sem dúvida já fará uma grande diferença, e também seremos pessoas melhores.
Pensando em tudo isso, e fazendo jus ao título da série, decidi reunir 13 razões bíblicas que revelam porque você deve separar um tempo e assistir a esta série.
1ª razão: Em Romanos 1.18-19, vemos claramente uma Graça de Deus sendo comum a todos os seres humanos, inclusive aos não cristãos. E é muito interessante ver que, por esta graça comum, pessoas não cristãs possam ter produzido algo tão pertinente e relevante, capaz de ajudar muitas pessoas através do entretenimento.
2ª razão: Filipenses 4.8 diz para ocuparmos nosso pensamento com bons conteúdos. Existem muitas séries e filmes de puro entretenimento, o que não é pecado. Mas, se há um conteúdo que, além de entreter, consegue te levar a reflexões mais profundas sobre o que é verdadeiro, nobre, correto, amável e de boa fama, certamente é uma boa razão para ocuparmos nosso pensamento com ele.
3ª razão: Em Filipenses 2.3, a Palavra de Deus nos orienta a considerarmos os outros superiores a nós mesmos. Basicamente, todos os tipos de agressão contra o próximo procedem, pelo fato desta orientação não ser posta em prática. Este é, inclusive, um grande desafio abordado pela série.
4ª razão: “O meu povo está morrendo por falta de conhecimento” (Oséias 4.6). Obviamente, o texto bíblico está se referindo ao “conhecimento” de Deus e de sua vontade. Entretanto, a falta de conhecimento específico sobre bullying, estupro e depressão, tem transformado muitos adolescentes em vítimas, muitos pais em pessoas omissas, muitas igrejas em comunidades sem relevância.
5ª razão: Colossenses 3.21 diz: “pais, não irritem seus filhos, para que eles não fiquem desanimados”. Não poucos são os pais aborrecidos, por não conseguirem estabelecer boa comunicação com seus filhos. Em suas tentativas, acabam por irritá-los e desanimá-los. Em seus muitos detalhes, a série ajuda a construir uma ponte entre pais e filhos, ao mostrar as peculiaridades do universo hodierno de cada um.
6ª razão: 1 Tessalonicenses 5.11 revela a importância do aconselhamento recíproco, que infelizmente tem sido totalmente substituído pelo aconselhamento unicamente profissional. A série, além de apontar que os “conselheiros profissionais” podem falhar no diagnóstico e no tratamento, mostra que a reciprocidade nos relacionamentos é uma grande aliada no combate à depressão.
7ª razão: “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3.23). A Palavra de Deus inclui todos os humanos no mesmo barco – pecadores. Isso significa que as pessoas são falhas e que, cedo ou tarde, irão errar conosco. Esperar que alguém, pelo fato de ser uma autoridade, ou um amigo, ou até mesmo um familiar, jamais cometa algo contra nós, é uma ilusão. Esta verdade é muito bem explorada pela série, que faz questão de expor as dificuldades e injustiças, que também sofrem os agressores.
8ª razão: Salmo 51.3a “Reconheço que sou pecador desde o meu nascimento...”. O fato de sermos pecadores faz com que nossas reações sejam também pecaminosas. O suicídio de Hannah (tema principal da série) não foi uma decisão acertada, foi uma decisão pecaminosa. Mesmo sendo vítima das mais terríveis agressões, Hannah não deu o melhor de si; a série faz questão de ponderar isto.
9ª razão: “Cuidado! As muitas amizades podem te levar à ruína” (Provérbios 18.24a). Por mais que a grande maioria das pessoas não costuma levar este versículo em consideração, há sempre um risco em se abrir, confiar, escutar e trazer muita gente para perto de mais. Geralmente, é durante sua vida estudantil que alguém faz grande número de amigos em pouco tempo. A série aborda muito bem as diversas situações que as muitas amizades podem gerar.
10ª razão: “mas existe amigo mais chegado que um irmão” (Provérbios 18.24b). Se a série mostra as dificuldades advindas de um relacionamento com muitas pessoas, também retrata a singularidade de uma amizade verdadeira e única, que não se deixa abalar pelas diferenças de personalidade, nem pelos julgamentos alheios; uma amizade que encoraja e edifica as pessoas.
11ª razão: O capítulo 3 de Tiago aponta para o poder destruidor da maledicência: “a língua, contudo, nenhuma pessoa consegue dominar. É um mal incontrolável, cheia de veneno mortal”. Os pecados relacionados à maledicência quase nunca são levados a sério. Muitas vezes, fazemos vista grossa sobre este assunto, mas os danos que uma língua pode causar costumam ser irreparáveis. A Bíblia condena veementemente a maledicência, e a série nos faz perceber que este assunto é sério, e que as consequências desta prática tão terrível podem ser muito graves.
12ª razão: “Deus não vê como o homem vê. O homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração” (1 Samuel 16.7b). Somos tão facilmente enganados pelas aparências. Ninguém conhece de fato o coração das pessoas. Talvez, este seja um dos principais pensamentos que permeiam toda a série – raramente as pessoas são quem aparentam ser.
13ª razão: Nada em nós dura para sempre. “O homem é semelhante a um sopro; seus dias, como a sombra que passa” (Salmo 144.4). Por mais intensos que sejam nossos sentimentos, emoções, relacionamentos, nada é pra sempre. Inclusive a dor e o sofrimento. Ao mesmo tempo em que a série acompanha alguém que cedeu às pressões da vida, nos apresenta outras pessoas que sofreram sim, mas que também puderam ver dias em que os dilemas do passado não se faziam mais presentes.
Por Marco Arrifano
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