Casamento-a-Três: uma luz no mundo e sal na terra
Diante de um ambiente tão corrupto e imoral, unir um homem e uma mulher com Deus continua sendo o maior desafio da Teologia Cristã e o maior marco transcendental na História humana.
Por todas as apostas possíveis e impossíveis e contra todos os prognósticos mais pessimistas, qualquer missão que inicie nos tempos atuais querendo seguir o modus operandi do Cristianismo Tradicional, aquele que tem no centro a Moral e a Ética, poderia considerar sua missão como suicida, exceto se não desejasse fazer discípulos para Jesus ou vislumbrar discípulos como João Batista, a saber, vendo-os chegar apenas no Reino de Deus aos milhares ou milhões.
E isto tem um fundamento assaz inefável na contabilidade cósmica, pois em toda a Terra, ainda que contadas no meio da cristandade, não se encontram nem mesmo igrejas que se devotem ciosamente a centralizar todas as suas missões sob o peso da Moral cristã, e assim o quadro atual é desanimador e frustrante, quando vemos as atuais denominações evangélicas a centrar suas ações e pregações sobre uma fé morta em Cristo, ou pior, sobre uma tal “Teologia da Prosperidade”, raras vezes se citando a Moral cristã para uma platéia imoral ou egressa da imoralidade.
Ora; não é de agora que se sabe que “até os demônios crêem e tremem”, e que sem uma vida santificada nenhum fruto proveitoso é colhido na Terra! Esta máxima é tão verdadeira que hoje em dia até as empresas põem seu foco sobre a ética, vendo o mal que a ausência desta causou na política, na economia e em todos os ramos da atividade humana.
Isto prova que a ausência da Moralidade não é uma coisa orquestrada para atingir basicamente um ou outro segmento do mundo, mas o mundo inteiro, culminando com a derrocada das igrejas frente à imoralidade que penetra sorrateiramente, invadindo primeiro os lares (através das novelas e da pornografia subliminar da propaganda), depois as consciências de jovens e adolescentes, e finalmente as igrejas, como objetivo maior e final do inimigo invisível de Deus.
Com efeito, não é à-toa que o mundo está como está, e de tal forma avançou na maldade que até mesmo os céticos estão a reclamar, desconfiando de que há algo errado neste abandono visceral da ética em todas as áreas da vida. Mesmo não crendo em Deus, os próprios ateus querem um mundo ético, pois os efeitos desastrosos da maldade são muito visíveis para se deixar de lado uma reforma que mude o caráter das pessoas. Embora raras, ainda se pode dizer que muitas almas querem mudança, mesmo que cada uma sempre parta da mudança do outro, e não de si mesma.
Neste mister, e por puro idealismo e amor ao Evangelho, esta Agência de Relacionamento Amoroso se mantém firme em seu propósito exclusivo e até certo ponto isolado de remar contra a correnteza da imoralidade do mundo, e conhece bem os dois lados desta batalha: ora carrega o trunfo de sua coragem solitária como instituição exclusiva de mensagem moralizante; ora carrega o risco de naufragar na praia depois de nadar o mar inteiro sem conseguir um único peixe em suas redes! Mas não gastamos nem um segundo pensando nesta segunda hipótese! Corremos para nossa missão e a abraçamos com todo amor, como quem tem uma dívida com Deus e sabe que não pode pagá-la, apenas esperando o perdão.
Enfim, diante de um ambiente tão corrupto e imoral, esta agência de matrimônio se mantém única a pregar a santidade nas relações amorosas, e assim cumprir a vontade de Deus para organizar a sociedade e evitar todos os males decorrentes da liberdade-transformada-em-libertinagem. E estamos plenamente conscientes, sabendo que poucas ou raras vezes ouviremos uma boa nova igual aquela que pregamos, e a boa nova que ouvimos lamentavelmente está dilapidada ou adulterada pela ignorância pré-fabricada ou pela surdez voluntária.
Não faz mal, soluçamos baixinho. Não temos um chefe humano para quem apresentar relatórios deficientes ou inconclusivos, e o único Chefe a quem voltamos nossos ouvidos enxerga tudo e sabe que assumimos a missão com a derrota pré-visualizada. Aliás, nisso temos um sonoro consolo, pois só a assumimos porque Ele mesmo no-la comissionou, como parece ser seu costume desde que enviou seu Filho com uma derrota terrestre explícita para os olhos dos céticos.
Não faz mal, soluçamos baixinho. Não temos um chefe humano para quem apresentar relatórios deficientes ou inconclusivos, e o único Chefe a quem voltamos nossos ouvidos enxerga tudo e sabe que assumimos a missão com a derrota pré-visualizada. Aliás, nisso temos um sonoro consolo, pois só a assumimos porque Ele mesmo no-la comissionou, como parece ser seu costume desde que enviou seu Filho com uma derrota terrestre explícita para os olhos dos céticos.
Faz-nos bem – sussurramos baixinho entre nós – tomar consciência desta realidade e enxergarmos o mundo com as cores de seu quadro espiritual, no meio do qual refulgimos como o luzeiro que levanta todas as manhãs e sorri para o velho mundo, como que a apontar para a alvorada eterna que apresentará uma nova sociedade, a partir do “Casamento-a-Três” de seu Rei com a sua Rainha, ou de seu Noivo com sua Noiva, como explicado na Teologia Cristã (quem lê entenda).
Nossa Agência então, pois, prossegue consciente e ciosamente o rumo especificado na Missão que recebemos do Alto, exultando palpitante pelos frutos que talvez nenhuma árvore terrestre dará, e nem encararemos mais como “desafio” seguir sozinho o caminho, pois o que é um planejamento missionário pressupõe justamente o quadro onde nosso destino está sendo desenhado.
Se há mais alguém que queira, que venha! Estamos aqui, de braços abertos, a incorporar qualquer outra Agência Matrimonial que também priorize a Moral cristã, não abrindo mão dela em troca de poder algum neste mundo, seja mental, político ou financeiro. Faz-se e refaz-se entre nós o idealismo dos reformadores que se mantiveram féis à causa da Reforma, pois todos os outros a abandonaram. Unidos à Verdade acima de qualquer elo, mesmo de consanguinidade, seguiremos avante olhando apenas para a casa que o Rei prometeu preparar para nós.
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