xmlns:b='http://www.google.com/2005/gml/b'xmlns:data='http://www.google.com/2005/gml/data' xmlns:expr='http://www.google.com/2005/gml/expr'> Vida Cristã: Por que também sofrem as pessoas que só fazem o bem?

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Por que também sofrem as pessoas que só fazem o bem?



























Por que também sofrem as pessoas que só fazem o bem?


Nada leva as pessoas questionarem mais a Deus do que a dor humana. Muitas pessoas duvidam da existência de Deus por isso, e outros o veem como um Deus cruel. É bem racional a ideia de um mundo caído por consequência da rebeldia do ser humano, mas... e quanto àqueles que dedicam suas vidas a coisas boas? Não deveriam ter “um desconto”? 

Acontece que Deus nunca prometeu isenção de problemas a ninguém. Aliás, Jesus disse: Tenho-vos dito isto, para que em mim tenham paz; no mundo tereis aflições, mas tenham bom ânimo, eu venci o mundo (João 16.33).

Popularmente entre os cristãos, não é facilmente aceito um cristianismo que admite o sofrimento de seus discípulos, e isso piorou muito nos últimos anos devido as mais recentes propostas teológicas. Sofrer passou a ser sinônimo de derrota. Certa ocasião um pastor pregou sobre a frase Pare de sofrer que, segundo ele, estava estampada em letras garrafais numa faixa na porta de uma certa igreja. Seu objetivo na pregação era combater a mensagem da faixa: “essa frase não é bíblica!” – argumentava.

No início da igreja cristã, o sofrimento era mais bem compreendido. O apóstolo Pedro ensinou: “ Porque é louvável que, por motivo de sua consciência para com Deus, alguém suporte aflições sofrendo injustamente” (1 Pedro 2.19). Jesus ensinou que os discípulos deveriam alegrar-se quando forem perseguidos, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes deles (Mateus 5.10-12). Também ensinou que “nenhum escravo é maior do que o seu senhor. Se me perseguiram, também perseguirão vocês” (João 15.20).

Costumamos reconhecer a vitória quando as portas são abertas, quando somos reconhecidos ou quando somos de alguma forma aliviados. Na verdade, só reconhecemos a vitória no “final do capítulo”, mas ignoramos e questionamos o modo como Deus o escreve. Isso para muitos é derrota. Em uma breve análise do Novo Testamento, fica evidente que Deus usa muitos instrumentos para escrever Sua história, inclusive o sofrimento de seus obreiros. Não poupou seu próprio Filho desse método, por que nos pouparia? O mais importante é que também fica claro que a dor não necessariamente significa reprovação, e nunca significa o abandono de Deus.

O fato de hoje parecermos confusos quanto a esse assunto, seria uma surpresa para o apóstolo Paulo. Ele não se confunde, não questiona a Deus como o fizeram outros personagens bíblicos. João Batista, quando foi preso, mandou perguntar a Jesus se realmente Ele era aquele que havia de vir (Mateus 11.3). Gideão também questionou: Se o Senhor é conosco, por que nos sobrevieram essas coisas? (Juízes 6.13).

Quando Paulo escreveu sua segunda carta aos Coríntios, da Macedônia, já havia experimentado muitas dores pertinentes ao seu ministério. Açoites, naufrágios e apedrejamento são alguns exemplos do que descreve no capítulo 11 vs. 23 a 28. O texto de 2 Coríntios 4.8-18 é mais um dos muitos em que Paulo fala de sofrimentos. Isso não lhe parecia vergonhoso, muito pelo contrário. Talvez o fato mais interessante nos textos de Paulo sobre seus sofrimentos em 2 Coríntios, seja o motivo pelo qual fala deles. Paulo precisava defender sua autoridade de apóstolo em uma igreja que passava a dar ouvidos a falsos mestres e ainda duvidava de sua autoridade apostólica, e o melhor meio de fazê-lo era mostrando suas credenciais: seus sofrimentos. O que para muitos hoje é sinal de derrota na vida cristã, para Paulo era a prova de ser servo de Cristo (cap. 11 vs. 23).

Paulo expõe seus sofrimentos e de seus companheiros, mas não o faz como alguém que se queixa. Na verdade, o faz de maneira a enfatizar a providência e companhia Divina: perseguidos, mas não abandonados (2 Coríntios 4.9). Paulo não levanta a hipótese do abandono ou reprovação de Deus a algo; seu sofrer não tinha nada a ver com o possível descontentamento de Deus. Se hoje a dor pode significar o desdém de Deus por alguém, certamente não foi assim para Paulo. Ele não pensava em seus sofrimentos isoladamente, mas sempre faz um paralelo com os sofrimentos de Jesus. Se Jesus morreu para reviver, como o grão do trigo, assim também seria com ele. A morte significaria a vida. E vai mais além: seu sofrer não era apenas como os de Cristo, mas parte deles. Em Colossenses 1.24, descreve-se literalmente como participante dos sofrimentos de Cristo.

Como está sua vida com Deus? Você pode dizer que está carregando a bandeira de Cristo em sua jornada de vida? Se sim, ótimo, pois então também pode dizer que é participante das aflições de Cristo. Se não, busque a Deus o quanto antes, ou poderá estar sofrendo sozinho (a).

É claro que é muito mais fácil falar sobre a dor do que passar por ela. Mas precisamos interiorizar que aquele que tem a Cristo ganha em todas as situações da vida, por mais doloroso que seja. O naufrágio de alguém que não tem a Cristo, é sem propósito, é prejuízo. O naufrágio de um obreiro cristão o faz ganhar, tanto no fruto do seu trabalho como na sua própria vida interior.

A cura é uma dádiva de Deus; a dor, um instrumento. 

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