xmlns:b='http://www.google.com/2005/gml/b'xmlns:data='http://www.google.com/2005/gml/data' xmlns:expr='http://www.google.com/2005/gml/expr'> Vida Cristã: Quão longe é ir longe demais ao viver para Jesus?

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Quão longe é ir longe demais ao viver para Jesus?



Quão longe é ir longe demais ao viver para Jesus?



O que fazemos com as palavras do Senhor Jesus Cristo em Mateus 10.39?
Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á.
O contexto é o envio dos 12 para proclamarem o “reino dos céus” (v. 7). Eles foram enviados como “ovelhas para o meio de lobos” (v. 16), mas foram encorajados a permanecerem firmes em Jesus e a “tomar a cruz” (v. 38). Parece ser presumível que seguir a Jesus é algo custoso. É assim que Jesus intencionou. Em nenhum lugar a analogia “ovelhas para o meio de lobos” é mais verdadeira do que em um conjunto habitacional. Os novos cristãos serão visados desde o início, mesmo por aqueles que dizem estar “felizes por eles” em sua nova fé. A conversão será tolerada, mas somente se fizer pouca diferença real à vida e ao comportamento do crente. Qualquer tipo de posicionamento moral aqui será contracultural em si e aborrecerá aqueles que sabem que o seu comportamento é errado (embora nunca o admitiriam publicamente) e não desejam enfrentar o desafio pessoal que uma vida transformada por Cristo produz.
É claro que isso é verdadeiro quanto a todos os crentes, seja qual for o contexto em que sirvam, que tomam uma posição por Jesus em nosso contexto cada vez mais hostil e secular. Mas trabalhar em bairros ou conjuntos habitacionais muitas vezes envolve um alto custo pessoal e espiritual. A questão é:
Nós realmente estamos preparados para pagar por esse custo? Tomaremos nossa cruz e seguiremos a Jesus nessas áreas desesperadamente necessitadas?
Eu acho que ao perdermos as nossas vidas ao entrarmos em conjuntos habitacionais, de fato, realmente começaremos a encontrá-las. Como assim? Bem, acho que precisamos de um pequeno ajuste em nossa mentalidade quando se trata dessa questão. Pensamos com frequência na atuação em conjuntos habitacionais como tudo relacionado a “perder”, quando na verdade é tudo sobre “ganhar”. Nós pensamos nisso como um “sacrifício” quando na verdade pode ser uma grande “bênção”, que pode nos revigorar espiritualmente. Mais do que isso, pode aguçar nossos instintos espirituais e nos levar de volta ao Senhor Jesus em total confiança em seu Espírito Santo, para que nos fortaleça para a tarefa. Não há nada como um verdadeiro desafio para nos levar aos joelhos. A natureza “invertida e do avesso” da vida no reino significa que quando perdemos, nós ganhamos. Quando morremos, nós vivemos. Quando estamos caídos, Deus nos levanta. Quando enfrentamos a derrota, Ele traz a vitória. Jesus encorajou os 12 a não se preocuparem diante da oposição, pois o “Espírito do Pai” falaria através deles (vv. 19-20). A essência é que, embora haja grande sacrifício ao seguir a Jesus, há também grande recompensa e um ajudador ainda maior.
Agora, continua a haver muito murmúrio sobre “vida missional” em muitas comunidades evangélicas atualmente. Bom. Eu os apoio. Eu acho que o presente clima econômico no Reino Unido nos deu a maior e única oportunidade para uma geração fazer avanços reais dentro dos conjuntos habitacionais da cidade por meio desse tipo de abordagem para evangelismo e missão. Hoje, mais do que nunca, temos a chance de mostrar ao mundo como é a verdadeira e cristã “vida missional”. Nós temos a oportunidade de servir nossas comunidades de várias maneiras. Podemos servi-las em organizações voluntárias locais. Podemos servi-las em nossas escolas locais (embora essa porta esteja se fechando para nós agora). Temos a oportunidade de levar Jesus para o mercado, em vez de esconder o evangelho atrás da segurança dos nossos edifícios. A vida missional trouxe à luz as fraquezas do “modelo de atração” para o evangelismo que tem dominado o cenário evangélico na história recente. Cada vez que um serviço local fecha em Niddrie nós estamos pensando em uma maneira pela qual a igreja pode entrar na brecha.
Contudo, a minha única preocupação com toda essa conversa “missional” é simplesmente que ela permanece apenas isso: conversa. Precisamos ter cuidado para que todo esse debate em terreno cristão esteja realmente indo a algum lugar. Eu ainda acho que muitos crentes estão presos debatendo o significado de “shalom” e “o papel da igreja” e lendo intermináveis discussões em blogs eminentes. Uma coisa é encontrar-se com Tarquin e Felicity para discutir o último livro de Steve Timmis sobre vinho e alguns aperitivos em nosso “grupo de vida, pequeno grupo, grupo doméstico, grupo orgânico, célula ou seja lá o que for” e outra muito diferente é de fato começar a agir. Livro após livro está sendo escrito sobre os pobres e oprimidos. A questão oscila de um lado para outro na Internet.
Nós entendemos. Deus se compadece dos pobres. Qualquer pessoa com uma Bíblia, o Espírito Santo e metade de uma célula cerebral pode perceber isso. Então, apenas saiamos e façamos algo a esse respeito! O que precisamos agora é de menos discussão e de mais pessoas preparadas para levar a sério Mateus 10.39. Precisamos de mais pessoas que venham e percam as suas vidas por Jesus nos conjuntos habitacionais da nossa nação. Não basta ler sobre isso e concordar sabiamente. Venha e envolva-se. Venha plantar igrejas em nossos conjuntos. Venha e gaste sua vida. Entregue-a.
Agora, em meu pensamento, “vida missional” não é apenas ir para conjuntos habitacionais. Não é apenas ajudar alguém a encontrar um albergue para desabrigados ou uma clínica de reabilitação de drogas. Trata-se de se envolver pessoalmente em relacionamentos complicados. Trata-se de ajudar com questões de cuidado de crianças. Trata-se de adentrar nas vidas muitas vezes caóticas das pessoas. A vida missional será custosa, com certeza? Então, esqueça todo esse lixo de que apenas pessoas com o “mesmo testemunho” podem realmente ajudar as pessoas em áreas pobres. Pessoas que realmente se importam podem ajudar pessoas. Pessoas que estão dispostas a dar tudo por Jesus são as que fazem a maior diferença. Posso lhe contar um pequeno segredo? Eu aprendi isso há muito tempo.
Vida genuína, radical e evangélica sempre conduz a oportunidades evangélicas. Então, quando o evangelho de Cristo for claramente proclamado, o Espírito Santo conduzirá as pessoas à salvação.
Não é muito sofisticado, eu sei. Mas ainda assim é verdadeiro. No pêndulo teológico da vida, a fé tem sido reduzida a conhecer coisas de um lado do espectro, de modo que muitas pessoas não sabem como viver. Elas amam a abordagem de atração para evangelismo e missão. Elas são ávidas para se engajarem nisso. É um baixo custo pessoal para muitas delas. Convide um orador de fora ou realize um evento e envie os convites. Sente-se e deixe alguém fazer o trabalho. Entregue as pessoas aos “profissionais”. Deixe que esses profissionais as organizem. Às vezes, em particular, me questiono se a nossa abordagem de “equipe” para o ministério realmente não prejudica a igreja, pois eu acho que menos pessoas se voluntariam para servir porque simplesmente assumem que os membros da equipe irão fazê-lo. Essa é uma discussão para outro dia!
No outro extremo da escala, temos pessoas correndo pelos cantos fazendo muitas coisas, mas que não sabem o que dizer. Elas são boas em sair com as pessoas e se inserir em suas vidas. Porém, muitas vezes o conselho que dão pode ser danoso e mal informado. Elas vivem vidas que têm a forma do evangelho, mas não são muito “instruídas pelo evangelho”. Elas podem ter medo de dizer às pessoas toda a verdade sobre a sua condição espiritual diante de um Deus Santo. Elas lutarão até a morte pelas pessoas e seus direitos, mas de repente ficam muito ansiosas quando se trata de compartilhar as verdades do evangelho. É por isso que é muito fácil para esses tipos de pessoas caírem em uma forma de liberalismo. Elas começam a enfatizar o amor de Deus às custas de sua ira; começam a separar essas duas partes associadas do seu caráter.
Precisamos encontrar um equilíbrio na compreensão do evangelho de Jesus, considerando-o seriamente, vivendo de fato como nós o entendemos e proclamando-o sem constrangimento.
Há uma canção que cantamos aqui no Reino Unido chamada: “Jesus Cristo, eu penso sobre seu sacrifício”. Este é o refrão:
E, mais uma vez, olho para a cruz onde você morreu.
Sou humilhado por sua misericórdia e quebrantado por dentro.
Mais uma vez, agradeço a você, novamente entrego a minha vida.
Realmente? Isso é verdade? Por mais longe que possamos ir ao viver para Jesus, aposto que muitos de nós poderíamos ir ainda mais adiante. Como o Senhor disse aos seus discípulos em Mateus 10.28: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo”.

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