xmlns:b='http://www.google.com/2005/gml/b'xmlns:data='http://www.google.com/2005/gml/data' xmlns:expr='http://www.google.com/2005/gml/expr'> Vida Cristã: Mais que responsabilidade, um ato de amor

domingo, 6 de agosto de 2017

Mais que responsabilidade, um ato de amor




Mais que responsabilidade, um ato de amor.


“Estas palavras que, hoje te ordeno estarão em teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (Deuteronômio 6.6-7).

Neste ano, tenho tido a oportunidade de atuar na capelania de uma Escola Estadual aqui na cidade onde desenvolvo meu ministério. O convite veio da própria direção da Escola, tendo em vista as muitas dificuldades em lidar com a educação dos alunos de todas as faixas etárias. A direção acredita que a presença da religião cristã possa contribuir de alguma forma. Sendo assim, eu aproveito a oportunidade e lá estou.

Confesso que estranhei um pouco, em meus primeiros dias na capelania, a maneira como os alunos se comportam, pois é muito diferente da minha época de estudante. Até me questionei em alguns momentos se realmente a capelania (na prática) poderia fazer alguma diferença ali. Pois, em meu ponto de vista, o problema maior não está no tipo de educação da escola, e sim na falta da educação que deveria ocorrer no lar.

É bem provável que você já tenha estranhado e também se questionado o mesmo quando se diz respeito à conduta de pais e mães nos dias atuais. Não poucos têm fugido de sua responsabilidade de educar seus filhos, deixando todo o trabalho de formação deles para as escolas e as igrejas realizarem. Honestamente, não vejo onde isto pode estar coerente com a Palavra de Deus.

A Bíblia expressa claramente em Deuteronômio 6.1-9 o desejo do Senhor de que os pais exerçam sua responsabilidade na educação dos seus filhos. Eu sei que existem as pessoas que não estão nem aí para o que dizem as orientações bíblicas. Entretanto, esta questão toda me despertou um questionamento no que diz respeito a nós cristãos. Existe algum problema nos pais “terceirizarem” a educação dos seus filhos? E, além disto, existe algum motivo especial no desejo de Deus para que os pais sejam os responsáveis pela educação dos próprios filhos?

Não desejo explorar estes questionamentos a fundo, mas acredito que uma breve reflexão dentro do contexto da própria passagem pode nos trazer uma luz a respeito do assunto. Pois bem, ao observarmos nas Escrituras o texto mencionado, vemos que ao menos um dos problemas da “terceirização da educação” está na motivação.

Sabemos que Moisés estava diante de uma nação que foi escolhida por Deus para ser um povo que alcançaria, mediante o amor e obediência, grande promessa – conquistariam o inimigo, possuiriam e se multiplicariam na terra e desfrutariam de uma vida longa e abençoada por Deus. Eram pessoas especiais e Moisés fazia parte de tudo aquilo.

Será que Deus confiaria a liderança do Seu povo a alguém de outra nação que nem fazia parte da aliança? E qual seria a motivação do líder em conduzir um povo do qual ele não faz parte, até o cumprimento da promessa da qual ele não receberia porção alguma?

Os pais são aqueles que possuem as mais puras motivações em relação à educação dos seus filhos. As escolas e até mesmo as igrejas podem ser totalmente tendenciosas na aplicação da educação a alguém, especialmente em crianças. Claramente temos visto isso em nossos dias, e é algo a ser levado muito a sério.

Todavia, além de um problema neste repasse de responsabilidade, o texto me mostra também um motivo muito especial para que os pais eduquem seus próprios filhos; e este motivo é a “consciência viva do amor maior”.

O Senhor havia demonstrado seu amor por aquele povo, tanto ao livrar-lhes da escravidão, quanto ao entregar-lhes tal promessa. Certamente, Israel tinha muitos motivos para amar e obedecer ao Senhor. Contudo, havia o perigo das gerações ficarem orgulhosas e pensarem que Deus os havia abençoado por serem melhores que as gerações anteriores. E foi por esta razão que Moisés lembrou-lhes que todas as bênçãos vinham do juramento que Deus tinha feito a Abraão, Isaque e Jacó.

Assim acontece conosco, povo do Senhor hoje. Certamente temos muitos motivos para amar e obedecer ao Senhor. É certo também que temos promessas da parte de Deus que contemplam a nós e a nossos filhos. Entretanto, há sempre o perigo das gerações seguintes não reconhecerem o verdadeiro motivo de serem abençoadas e se tornarem orgulhosas e abandonarem a Deus.

A instrução e o ensino dos filhos devem partir do mesmo princípio. Tudo quanto vierem a ser, possuir ou fazer futuramente será fruto do amor dos pais. É bom que esta consciência esteja bem viva na mente e no coração de todas as pessoas em relação aos seus pais. Por “pais”, refiro-me àqueles que, através de um vínculo familiar, estão ligados.

“Educar” não pode ser visto somente como um ato de responsabilidade, mas também deve ser compreendido como um gesto de amor aos filhos, e, acima de tudo, um ato de obediência ao Senhor. Sim, isto faz toda a diferença.

Tiago Rocha.

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