xmlns:b='http://www.google.com/2005/gml/b'xmlns:data='http://www.google.com/2005/gml/data' xmlns:expr='http://www.google.com/2005/gml/expr'> Vida Cristã: Origem pagã do Natal

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Origem pagã do Natal




















Origem pagã do Natal: festa existe antes mesmo ao nascimento de Cristo


Os relatos históricos das comemorações do Natal remontam a dois mil anos antes do nascimento de Cristo. Mas depois da data ser incorporada ao calendário cristão é que se popularizou e chegou até nós, como conhecemos hoje.

Depois da queda do Império Romano, muitos povos “bárbaros” que chegaram à Europa trouxeram uma série de tradições que definiam sua própria identidade religiosa. Nesse mesmo período, a expansão do cristianismo foi marcada por uma série de adaptações, de modo que as festas e mitos das religiões, que até então pagãs, foram incorporados ao universo cristão.
Os povos antigos sempre realizaram festas de celebração aos marcos de transição da natureza, como as estações ou períodos representativos de mudanças importantes, entre eles o solstício, período do ano em que o sol atinge o maior afastamento da Terra. Esse fenômeno ocorre no final de dezembro e representa, portanto, o início de um novo ciclo, o fim da treva e o início da luz.
Em 273, o Imperador Aureliano estabeleceu o dia do nascimento do sol em 25 de dezembro. Natalis Solis Invicti (do latim, “nascimento do sol invencível”). Neste dia não havia trabalho nem aulas. Eram realizadas festas nas ruas e grandes jantares com amigos. As árvores eram ornamentadas com galhos de loureiros e iluminadas por muitas velas para espantar os maus “espíritos” da escuridão.
Na Idade Média, árvores enfeitadas faziam parte de todas as grandes festas. A primeira menção do uso de pinheiros na ornamentação das festas natalinas data de documentos de 1419 . Nas vésperas do solstício de inverno, os povos pagãos dos países bálticos (nordeste europeu) cortavam pinheiros e os levavam para seus lares.
Voltando, somente no século IV, com a conversão do imperador Constantino ao catolicismo, é que o nascimento de Cristo começou a ser celebrado pelos cristãos. Até aí a sua principal festa era a Páscoa, porém realizada dia 6 de Janeiro, com a Epifania. A alteração das datas comemorativas foi realizada pelo Papa Gregório XIII, que é o responsável pelo calendário vigente até hoje.
Um dos maiores símbolos do natalinos, a árvore de Natal, tal qual a conhecemos hoje, teve origem na Alemanha, por volta do século 15. Na tentativa de acabar com a crença dos povos pagãos, no início do século 18, o monge beneditino São Bonifácio decidiu associar o formato triangular do pinheiro à Santíssima Trindade e suas folhas resistentes e perenes à eternidade de Cristo.
Outro grande ícone do Natal, o Papai Noel, também tem origem nórdica e pagã. Os xamãs das aldeias vikings reuniam-se sob o pinheiro e, acendendo velas sobre as árvores, eles ofereciam pedidos em seus rituais, desejando que luz vencesse a escuridão. Após a escolha de um rapaz, em rito de passagem da adolescência para a idade adulta, o líder espiritual mandava-o para a caça de um urso branco, animal feroz e difícil de ser caçado, símbolo da força viking. O escolhido ia então à caça do animal e, se retornasse, deveria voltar para a aleia trajando sua pele. Devido ao inverno rigoroso, era comum que os pêlos do lado externo do corpo do urso fossem utilizados para aquecer o corpo do caçador. Assim, a roupa vermelha do Papai Noel seria, na verdade, o lado interno da pele do animal abatido.
O Noel que chegou até nós começou com a história de Nicolau, Arcebispo da Turquia, no século IV. Nicolau foi santificado após várias lendas e milagres – e sua fama de generosidade com os pobres e as crianças – terem sido a ele atribuídos. Uma delas lhe deve o mito de distribuidor de presentes. Sua figura foi então relacionada com as crianças, para as quais ele deixava presentes, vestido de bispo e montado em um burro.
Ao longo do século 19, a imagem do bom velhinho foi representada de diferentes formas, vestimentas e expressões. Pouco a pouco foi adquirindo estatura, barriga, barba e bigode branco. Com a chegada da litografia em cores, em 1837, suas roupas foram coloridas com um vermelho brilhante. Em 1931, a Coca-Cola encomendou a um desenhista e partir de então, a imagem do Papai Noel se consolidou como a conhecemos hoje.
Finalizando, ao longo dos séculos, os símbolos representaram a mais profunda manifestação das aspirações dos povos. O pesquisador e folclorista Câmara Cascudo resume : “nenhuma civilização desaparece completamente no mundo. Sobrevivem resíduos transmitidos às civilizações (…). A superstição está nessa classe. Destroços de cultos desaparecidos fixam-se na mentalidade popular, distante ou vizinha, com espantosa vitalidade.

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