O que significa “A Lei foi o nosso aio/tutor até Cristo”? – Gálatas 3:24
Essa é uma pergunta sobre a “função” da lei. Apresentarei um pequeno resumo sobre a lei em Gálatas e, a seguir, consideraremos duas ilustrações usadas por Paulo, incluindo a mencionada no título.
1. A Lei: Falsos mestres da Galácia exigiam que os crentes fossem circuncidados a fim de pertencerem ao povo de Deus. Segundo Paulo, esses ensinamentos eram contrários ao conceito da salvação em Cristo (Gálatas 1:6-9). Ele interpreta essa imposição como uma tentativa de fazer da lei um elemento que contribui com a nossa busca por aceitação divina. Para o apóstolo, Deus nos aceita exclusivamente por meio de Cristo, não pelas obras da lei (Gálatas 2:16). Seu ponto crítico é aparentemente muito claro: A lei não pode dar aquilo de que necessitamos desesperadamente, a saber, vida (Gálatas 3:21), a qual só temos acesso mediante Cristo. Se a lei pode dar vida, então a morte de Cristo foi desnecessária.
O apóstolo até argumenta que em lugar de dar vida, a lei nos sentencia à morte! Ele declara: “Por meio da Lei eu morri para a Lei” (Gálatas 2:19). A lei pode apenas pronunciar maldição contra nós porque seres humanos pecadores não conseguem obedecê-la (Gálatas 3:10; Romanos 8:6-8). Cristo dá vida porque tomou sobre Si a maldição da lei, morrendo em nosso lugar, e nos resgatou dessa maldição mortal (Gálatas 3:13): “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2:20). Quando se trata de nossa justificação, a lei não contribui em nada. Em Cristo a sentença de morte da lei contra mim foi executada, e agora desfruto da vida por intermédio dEle.
2. A Lei e a Prisão do Pecado: Usando a ilustração da prisão, Paulo pergunta: “Qual era então o propósito da Lei?” (Gálatas 3:19). Então, declara que ela foi dada a Israel “por causa das transgressões”. Embora a frase possa ser interpretada de várias maneiras, a melhor interpretação nesse contexto é de que a lei revela o pecado; ela nos conscientiza de nosso egoísmo, nossa fragilidade (Romanos 3:20), mas não pode resolver o problema.
2. A Lei e a Prisão do Pecado: Usando a ilustração da prisão, Paulo pergunta: “Qual era então o propósito da Lei?” (Gálatas 3:19). Então, declara que ela foi dada a Israel “por causa das transgressões”. Embora a frase possa ser interpretada de várias maneiras, a melhor interpretação nesse contexto é de que a lei revela o pecado; ela nos conscientiza de nosso egoísmo, nossa fragilidade (Romanos 3:20), mas não pode resolver o problema.
Para esclarecer, Paulo declara que segundo as Escrituras, o mundo todo está preso “debaixo do pecado” (Gálatas 3:22), estando sob a custódia da lei (Gálatas 3:23; Romanos 11:23). Ele menciona que estamos sob a maldição da lei até a vinda de Cristo. A raça humana foi aprisionada, esperando pela execução da sentença. O único meio de escape dessa prisão é a fé em Cristo. Ele veio, “nascido debaixo da lei” (Gálatas 4:4), entrou na prisão do pecado para resgatar os que estavam “debaixo da lei”, e fazê-los filhos de Deus (Gálatas 4:4). A maldição da lei torna a salvação em Cristo indispensável.
3. A Lei como Tutor: A palavra grega traduzida por “tutor” é “paidagogos” (Gálatas 3:24). Ela era comumente usada para distinguir um escravo ou homem livre, contratado para proteger o filho do mestre contra o mal, para instruí-lo nas questões morais e no uso da linguagem, e para aplicar a disciplina sempre que necessário. Quando a criança atingia a idade adulta, o controle do “paidagogos” terminava. O termo combina a ideia de disciplina estrita, submissão e instrução.
Paulo usa essa ilustração para mostrar que antes da vinda de Cristo não tínhamos liberdade e estávamos, como escravos, submissos a um poder sobre o qual não tínhamos controle. A lei nos instrui e disciplina, mas não tem poder redentor. Embora a ênfase não esteja na lei como algo que conduz à liderança de Cristo, a ideia não é totalmente ausente. O filho ansiava pela idade adulta para desfrutar de liberdade, e para Paulo nossa infância terminou por ocasião da vinda do Messias. Agora a obediência da lei é uma expressão de amor e gratidão (veja Gálatas 5:6, 13, 14, 19-24; Romanos 8:3, 4). Para aqueles que estão em Cristo a função condenatória da lei terminou.
Paulo usa essa ilustração para mostrar que antes da vinda de Cristo não tínhamos liberdade e estávamos, como escravos, submissos a um poder sobre o qual não tínhamos controle. A lei nos instrui e disciplina, mas não tem poder redentor. Embora a ênfase não esteja na lei como algo que conduz à liderança de Cristo, a ideia não é totalmente ausente. O filho ansiava pela idade adulta para desfrutar de liberdade, e para Paulo nossa infância terminou por ocasião da vinda do Messias. Agora a obediência da lei é uma expressão de amor e gratidão (veja Gálatas 5:6, 13, 14, 19-24; Romanos 8:3, 4). Para aqueles que estão em Cristo a função condenatória da lei terminou.
Fonte: Angel M. Rodríguez, Revista “Adventist World” – setembro 2013
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