xmlns:b='http://www.google.com/2005/gml/b'xmlns:data='http://www.google.com/2005/gml/data' xmlns:expr='http://www.google.com/2005/gml/expr'> Vida Cristã: 2018

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Como sentir a presença de Deus em minha vida?




Como sentir

a presença de Deus em minha vida?

Postado em #VocêPergunta 
Você Pergunta: Uma das minhas maiores frustrações é que não consigo sentir a presença de Deus em minha vida. Apesar de eu clamar, de buscar, não tenho sentido Deus. Algumas pessoas me dizem que sentem várias coisas, que choram, que se arrepiam, que até caem no chão com a grandeza da presença de Deus, mas eu não sinto nada. Isso me deixa muito triste. Será que estou buscando de forma errada? Será que tem algum pecado em minha vida? Ou Deus não me ama para me fazer senti-Lo? Pode parecer besteira minha, mas isso tem afetado muito a minha fé.

Cara leitora, li todo o seu relato e quero propor algumas reflexões bíblicas que vão te ajudar a entender essa questão de sentir a presença de Deus. Espero poder ajudá-la a melhorar essa questão que tem atrapalhado a sua fé.
Como sentir a presença de Deus em minha vida?

Como sentir a presença de Deus?

(1) Em primeiro lugar é importante observarmos que Deus nos fez com sentimentos e que eles são importantes para nós. Porém, Deus também deixa claro que sentimentos são enganosos: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9). Isso nos leva a pensar que devemos ter cuidado ao tentar basear coisas importantes da nossa vida em nossos sentimentos, pois podemos nos enganar facilmente. O fato de uma pessoa se arrepiar, chorar, cair no chão, de forma alguma pode ser um parâmetro para dizer que ela tem uma vida fervorosa com Deus.

(2) A Bíblia em nenhum lugar nos diz que sentir coisas é o sinal de que Deus está ou não conosco. Ou seja, o sentir pode até existir, mas não é ele quem determina o quão perto de Deus estamos. A Bíblia determina que aquele que faz a vontade de Deus, esse é o que está perto de Deus: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 7:21). Com isso entendemos que quando fazemos a vontade de Deus, praticamos a Sua palavra, O buscamos de coração, ainda que não sintamos coisas extraordinárias, certamente estamos diante da presença viva de Deus em nossa vida. O que falta é focalizarmos nossos olhos no lugar certo e enxergar essa vida.

(3) Tem sido muito comum em algumas igrejas esse buscar do sentir a presença de Deus através dos nossos sentidos e manifestações estranhas, como pessoas caindo, pessoas rindo sem parar, pessoas pulando e fazendo uma série de coisas estranhas, sentindo uma série de coisas que, para eles, evidenciam a presença de Deus. Porém, é bem claro que essas coisas não têm nenhuma ligação com ter Deus em sua vida. Aliás, muitas delas é puro teatro e manipulações de sentimentos através de músicas e alguns tipos de técnicas de manipulação de pessoas. Vida com Deus está ligada ao exercício da fé, da obediência e de ter na vida o fruto do Espírito (Gálatas 5:22-23). É essa busca e essa prática que faz uma pessoa estar perto de Deus.

(4) Assim, concluo que não devemos basear nossa vida com Deus no que sentimos. Ou seja, se sentimos poucas coisas estranhas temos uma vida com Deus fraca, se sentimos muitas coisas estranhas temos uma vida com Deus forte! Não! Vida com Deus se mede vendo nossos frutos, nossa busca por andar nos caminhos do Mestre, fazendo a vontade Dele, ainda que não sintamos nada espetacular. Essa vida firme e forte com Deus é baseada na fé e não nos sentimentos, pois são enganosos. Assim, se você quer sentir a presença de Deus de forma cada vez mais forte e viva em sua vida, faça a vontade Dele, busque-O, e sirva-O pela fé. Jesus deixou claro que quer ver frutos e não apenas sentimentos vazios na vida de Seus discípulos: Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos” (João 15:8).


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terça-feira, 4 de dezembro de 2018

QUEM VISITOU O MENINO JESUS? PASTORES, MAGOS OU AMBOS?


QUEM VISITOU O MENINO JESUS? PASTORES, MAGOS OU AMBOS?

“E, TENDO nascido Jesus em Belém de Judéia,
no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém.” Mt 2:1

“E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e,
prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra.” Mt 2:11

Muito do que se acredita a respeito das visitas que o menino Jesus recebeu se baseiam em tradições, que mais se relacionam com a possibilidade de ter acontecido sem na realidade se poder firmar como fato ocorrido. No evangelho de Lucas 2.8, se encontra a narrativa de que“havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho.” Nisso se pode entender que uns são os pastores da narrativa de Lucas e outros são os magos (ou sábios) na narrativa do evangelho de Mateus, se pode notar esta distinção nas narrativas com uma leitura paralela e mais atenta.

Os pastores estiveram na presença do menino Jesus ainda durante a noite de seu nascimento, avisados por um anjo, eles vão e veem com seus olhos o que fora anunciado, então eles saíram a divulgar o que viram de maneira que todos se maravilhavam com o que eles diziam. Note que não se diz quantos eram estes pastores e outra questão ainda mais interessante, é que a época em que se pastoreava o rebanho ao ar livre era entre os dias que antecediam a Páscoa (provavelmente fim de março) até os meados de novembro, após este período na região se tinha o inverno, sendo inviável estar nos campos com o rebanho. Quando adentramos o contexto vemos também que o censo que acontecia na época do nascimento de Jesus, não teria sido feito no inverno de dezembro, pois impossibilitaria as viagens longas que os judeus dispersos teriam que fazer para chegar até Belém.



A data conferida ao nascimento de Jesus
se baseia em sincretismo religioso, um adotar de crenças do Mitraísmo por exemplo, o que não consideramos como paganismo trazer um dia, ainda que fora da realidade histórica, seja dado para lembrança do nascimento de Jesus e, mesmo que não somos biblicamente convidados a celebrar o nascimento de Cristo, mas sim sua morte e ressurreição, consideramos o não andar sobre extremos, cada um  tenha sua livre consciência cristã sendo conduzidos pelo Santo Espírito.


Na narrativa de Mateus citada acima, se pode notar que não é mencionado “reis” magos, mas apenas magos, e não diz que eram três, apenas se refere a eles no plural, estes eram provavelmente sábios, astrólogos da Pérsia que possivelmente tinham algum conhecimento das escrituras (talvez durante o exílio dos judeus, eles possam ter tido contato com as escrituras e as profecias a respeito do messias/rei que viria), assim, de maneira misteriosa, ao verem a estrela no céu entenderam ser aquele tempo em que viria o prometido Rei dos judeus que os profetas anunciaram.

A tradição que se tem hoje sobre este episódio se fundamenta no apócrifo do Evangelho Armênio da Infância (Caps. V e X), este livro narra que estes magos eram três irmãos que vieram da Pérsia para visitarem o menino Jesus. 

Em Mateus, único evangelho canônico que cita os magos do oriente, permite que se entenda que primeiro eles foram a Herodes, só depois foram onde estava Jesus, e entraram na casa como diz o Mateus 2.11, e não manjedoura, dando a entender que o Menino já estava em alguma moradia com José e Maria podendo ainda, já ter entre um e dois anos de idade. Resumindo, os astrólogos Persas, que não eram os pastores do campo, que não eram reis e possivelmente não eram em três, segundo a narrativa bíblica, não estavam na noite do nascimento de Jesus, mas chegaram tempos depois. No que diz respeito a historicidade, pode-se sim, tomar apócrifos que tragam possibilidades de se compreender melhor os acontecimentos, desde que não desconstruam o pensamento cristão fundamentado em Jesus Cristo e seus ensinos.

O Verbo se fez carne, habitou entre nós, morreu e ressuscitou nos concedendo salvação pela graça mediante a fé, isto é real e inquestionável isto nos traz motivo para a cada dia celebramos a vinda do messias prometido, pois Nele temos vida e vida eterna, nossos dias estão em suas mãos, no eterno propósito que tem para todos que se achegam a Ele atraídos por sua vontade soberana.

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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

O Deus da alegria - estudo bíblico



O Deus da alegria - estudo bíblico


A Bíblia diz que Deus se ri! Você alguma vez imaginou isso? Deus dando gargalhadas. Parece até um pouco irreverente pensar nisso mas é verdade. Nosso Deus é alegre!
Quando você pensa em espiritualidade, no que você pensa? Num pastor sério, de fato e gravata, orando e lendo a Bíblia sem nunca se rir? Servir a Deus não significa ser sempre sério. O segundo fruto do Espírito listado em Gálatas 5:22 é... alegria!
Muitas vezes pensamos em Deus como alguém zangado, triste, desiludido. Sim, Deus tem esses sentimentos mas não o tempo todo. A alegria de Deus é muito maior que sua ira! A Bíblia nos revela um Deus alegre, que fica feliz com nossa alegria.
Essa alegria de Deus é revelada logo no Antigo Testamento. Podemos ser enganados a pensar que nesse tempo Deus estava muito zangado, exigindo sacrifícios a toda a hora para aplacar sua ira. Mas, lendo com atenção, vemos que em muitos dos sacrifícios Deus exigia apenas uma porção simbólica. Então, o que os israelitas faziam com o resto da comida? Uma festa!
A ordem de Deus era esta: depois de oferecer o sacrifício, junte sua família, coma o sacrifício e fique alegre em minha presençaEntrar na presença de Deus significava ficar alegre. E mais, era uma alegria que devia ser partilhada, multiplicada.
"Então juntamente com suas famílias comam e alegrem-se ali, na presença do Senhor, o seu Deus."
Deuteronômio 14:26

"Tenho dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa." João 15:11A verdadeira fonte de alegria

O mundo tenta nos convencer que a alegria está no dinheiro, na fama, no sucesso, na família, nos bens materiais... Mas nada disso traz verdadeira alegria. Todas essas coisas acabam mas a alegria de Deus não tem fim!
No Antigo Testamento, os israelitas vinham para o templo tristes e arrependidos de seus pecados e voltavam alegres, glorificando a Deus por seu perdão. Jesus veio para ser nosso sacrifício. Agora, quando nos arrependemos, podemos entrar na presença de Deus e receber a alegria da salvação. Essa alegria de Deus é completa, abundante e podemos partilhá-la com muita gente!
Quando recebemos a alegria de Deus, encontramos verdadeira alegria nas coisas boas que temos em nossas vidas. Podemos desfrutar das coisas passageiras porque sabemos que vêm de nosso Pai, que é eterno e tem sempre mais alegria para nos dar. Não precisamos mais ter medo que a alegria vai se esgotar.
Mesmo na tristeza, Deus nos dá alegria. Essa alegria é mais profunda e nem sempre se expressa com um rosto alegre ou um grande sorriso. A alegria na dificuldade se chama esperança. Deus promete que a tristeza não dura para sempre. Sua alegria vencerá toda a dor. A tristeza é passageira mas a alegria de Deus dura por toda a eternidade. No sofrimento, a alegria do Senhor é a nossa força.

Por vezes os hinos me confundem.

cultura


Por vezes os hinos me confundem. Eu me lembro bem, quando garoto, de ficar confuso com dois hinos populares que me pareciam totalmente contraditórios. O primeiro era “Aqui não é meu lar, um viajante sou”, e o outro era “O mundo é do meu Pai”. Se o mundo é do meu Pai, eu pensava, porque estou apenas passando por ele como viajante? Mas os hinos não eram a única coisa a confundir no negócio de relacionar-me como cristão no mundo. Esperava-se dos cristãos que justificassem tudo nas suas vidas pela sua utilidade espiritual ou evangelística. No máximo, a educação, atividades, vocações ou buscas “seculares” eram um mal necessário — para se ganhar a vida, para ter com que dar o dízimo e dar para missões. Na pior das hipóteses, distraíam da vida cristã. Agiam como a canção da Sirene seduzindo “mundaninhos” insuspeitos aos recifes da incredulidade e do afastamento de Deus. Assim, os que queriam ser empresários procuravam empregos em organizações e agências cristãs. Se descobríssemos um pequeno “Rembrandt” num jovem artista da Igreja, nós o colocávamos como responsável pelo quadro de avisos e (se ele fosse realmente bom) deixávamos que pintasse o batistério. Esperava-se dos nossos cientistas que promulgassem a causa do criacionismo — mesmo que a cosmologia ou as ciências biológicas e antropológicas não fossem suas especialidades. Dos músicos esperava-se que entrassem (ou formassem) na banda de louvor ou fizesse uma turnê pelas Igrejas do país — o tamanho da Igreja, claro, dependia do grau de talento do artista. Através dos anos, temos criado os nossos próprios guetos de artistas, super estrelas e apresentadores, com versões cristãs de tudo que há no mundo. Essas experiências, porém, não se limitam ao nosso tempo e lugar.
Evidencia-se diante esta introdução, que a Igreja, misturou-se com a cultura secular (na Bíblia consta que o Cristianismo jamais aceitou tal mistura – cf. Romanos 12:1, 2), aceitando em todo âmbito religioso e devoto a influência de um mundo caído e vazio de significados, um mundo de engano regido pelo “pai do engano” – o diabo. Deveríamos imitar o mundo? A cultura? Os costumes? Não!, temos a nossa regra de fé e prática, e esta, ordena a todos os cristãos, em todo mundo que: —  “Não ameis o mundo nem o que nele existe. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” – 1 João 2:15 — cf. 1 João 4:5; 5:4, 5, 10; João 15:19; Gálatas 1:10; Efésios 2:2.

A Renascença (ou Renascimento), um período de grandes mudanças e conquistas culturais que ocorreram na Europa, entre o século XIV e o século XVI. Este período marca a transição entre a Idade Média e a Idade Moderna. Para a Igreja medieval, filosofia, arte, música e ciência confundiram-se tanto com a religião que não dava para distinguir uma da outra.

Na Renascença são representadas, mais ou menos, todas as escolas filosóficas antigas: — “o platonismo, o aristotelismo, o estoicismo, o epicurismo, o ceticismo e o ecletismo”.

1 – O platonismo.
O ídolo da Renascença é Platão (427 – 347 a.C.): — artista e dialético, iniciador da ciência matemática da natureza. Ele criou um método de dividir, classificar e organizar o mundo das idéias em uma hierarquia. Ele pensava o que existe realmente é idéias, e o mundo físico é constituído das sombras de idéias, que desenvolvem em entidade substanciais. “A idéia do “Bem” está no lugar mais alto em vez de Deus”. O desenvolvimento do universo tem um propósito que é de alcançar a bondade. Note que a idéia platônica é ainda evidenciada de forma vivaz em nosso tempo, uma idéia cultural que fere a Palavra de Deus onde eleva os termos, sendo que, todas as definições de bondade procedem de Deus –, fonte de toda bondade e amor (cf. Êxodo 20; 33:19; 1 João 4:8; Salmos 23:6; 31:39; 1 Coríntios 13:14; Gálatas 5:22, 23).

Em 1404 Leonardo Bruni publicava a primeira tradução de Platão, iniciando a Renascença Platônica. Entretanto foi o Concílio de Florença (1439) que deu um impulso aos estudos platônicos e dos filósofos clássicos em geral. Vários doutores vieram para a Itália devido à queda de Constantinopla (1453). Na segunda metade do século XV surge o platonismo italiano em Florença, Marsílio Ficino era animador da academia platônica, sua atividade principal foi traduzir para o latim, Platão (1477) e Plotino (1485). Depois de Marsílio Ficino, o mais famoso platônico foi Giovanni Pico della Mirandola (1463 – 1494), autor de “De hominis dignitate oratio”.

2 – O aristotelismo.
O aristotelismo da Renascença se distingue em duas correntes principais: — a naturalista inspirando-se da escola alexandrina, cujo imanentismo é conforme o espírito renascentista e a panteísta-neoplatônica. O método dedutivo de Aristóteles era a referência durante dois mil anos. Começando para uma verdade universal, e então tenta chegar a uma conclusão concreta através da analisa desta verdade. Na idade média o pensamento geral era: — “Deus criou todas as coisas, todos os seres eram criados”, este pensamento universal não mudou desde Aristóteles até a Renascença. O mais famoso aristotélico é Pedro Pomponazzi, celebra por causa da publicação do seu opúsculo: — Sobre a Imortalidade da Alma, em Bologna (1516), onde finaliza admitindo a mortalidade da alma. Note que o pensamento aristotélico influencia uma doutrina herética, chamada de “Aniquilacionismo”, doutrina esta que contraria a sã doutrina. O Aniquilacionismo é uma doutrina escatológica minoritária que diz que as almas dos pecadores serão aniquiladas após a morte (morte da alma) de seus corpos físicos. É seguida entre outras denominações, como Adventistas (assim como eram os anabatistas) com o fundamento de que a tortura eterna aos pecadores, defendidas por outras doutrinas, é incompatível com o caráter amoroso do Deus cristão. No entanto, os aniquilacionistas afirmam que a palavra “eterno” não possui o sentido que conhecemos, mas eles nunca oferecem uma explicação realmente plausível para tal alegação. De fato, F. LaGard Smith, um advogado cristão, comentou a palavra “eterno”, dizendo: — “Em todas as suas numerosas associações, não existe uma única sugestão de tempo” (After Life, Nashville, TN: Cotswold Publishing, 2003, p. 162 – 163). A Bíblia afirma a imortalidade da alma e o castigo eterno, são doutrinas ortodoxas (cf. Mateus 25:41; Mateus 3:12; Marcos 9:43; Mateus 25:46; Daniel 12:2; Apocalipse 14:10 — Sem qualquer sombra de dúvidas a alma humana é imortal. Esse conceito é ensinado claramente em passagens do Antigo e do Novo Testamentos: — Salmos 22:26; Salmos 23:6; Salmos 49:7 – 9; Eclesiastes 12:7; Daniel 12:2, 3; Mateus 25:46; 1 Coríntios 15:12 – 19. Daniel 12:2 diz: — “E muitos dos que dormem (eufemismo – acepção mais agradável) no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” — Grifo meu.

Semelhantemente, Jesus disse que os perversos “irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna”(Mateus 25:46). Com a mesma palavra grega usada para se referir a “tormento” e “vida”, é bem claro que os perversos e os justos têm uma alma eterna –, imortal.

“O Homem é uma alma que faz uso de um corpo. A alma se mantém em atividade e ultrapassa o corpo” – Santo Agostinho.

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3 – O estoicismo.
O estoicismo renascentista enaltece o homem, a vida, o mundo, contra a concepção transcendente e ascética, pensamento cristão. O estóico mais notável da Renascença foi o Belga Justo Lípsio (1547 – 1606), autor de “De Constantia, e de Manuductio ad stoicam philosophiam”. Note o antropocentrismo, hedonismo e uma perspectiva ateísta.

4 – O epicurismo.
O epicurismo condizia com o espírito humanista, imanentista [1] e mundano da Renascença, voluptuosa, artística e também na literatura e no pensamento. O mais notável dessa tendência espicurista é Lourenço Valla (1407 – 1759), autor do livro “De Voluptate ac de vero bono”.

O imanentismo é a doutrina metafísica segundo a qual a presença do divino é pressentida pelo homem, mas não pode ser objeto de qualquer conhecimento claro; este pensamento contraria a Bíblia (cf. João 5:39; 2 Timóteo 3:16, 17; Mateus 22:29; Romanos 12:1).

“Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento (razão), e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento” – Marcos 12:30 — Grifo meu.

5 – O ceticismo.
O ceticismo renascentista surgiu mais por fins práticos do que por motivos teoréticos. A sede do individual, da concretidade, a paixão pela observação detalhada própria do pensamento moderno, em oposição ao pensamento antigo, voltado para o universo e o abstrato. O maior expoente do ceticismo da Renascença é Michel de Montaigne (1533 – 1592), francês, é autor dos famosos lemas: — “Que sais-je?”. Note que o conceito de individualidade é negado pela Bíblia; devemos sempre nos envolver com o coletivo, a oração do Senhor, Pai Nosso, nos ensina exatamente isso; a ideia de um corpo nos ensina isso, a ideia de amar o próximo como a nós mesmos, ensina-nos isso, uma congregação de santos, nos ensina isso, um sacerdócio universal nos ensina isso, uma nação santa nos ensina isso, Cristo morrendo por “muitos”, nos ensina isso.

“Ao dizer-se “Pai nosso”, significa que Ele é o Pai de todos, razão pela qual devemos orar afetuosamente, porém, de modo especial, pelos da família da fé”.

A Reforma Protestante libertou homens e mulheres cristãos para seguir com dignidade e respeito os seus chamados divinos no mundo, sem ter que justificar a utilidade desses chamados à Igreja ou ao empreendimento missionário. A vocação era dom da criação. Até mesmo os não cristãos, como quem carrega a imagem de Deus, possuíam este chamado divino. Crente e incrédulo eram igualmente responsáveis por desenvolver seu trabalho com excelência — um reconhecendo a Deus como autor e alvo dessa excelência, e o outro servindo a Deus com seus talentos apesar de sua recusa em reconhecê-lo como doador e alvo de tudo.

CONCLUSÃO
Notamos que a cultura em todos os tempos nega de alguma forma o fundamento de toda a vida – Cristo Jesus, por esta razão devemos negar a cultura; destarte, devemos influenciá-la com o Evangelho transformador de nosso Senhor, o qual sujeitou em todos os tempos a sabedoria humana à pó. Respondendo aquilo que nenhum homem conseguiu responder e dar sentido em toda a sua sabedoria — o significado da vida e o porquê de o homem existir.

Eu sou a verdade, o caminho e a vida eterna, diz Jesus! — E o fim supremo e principal do homem e glorificar a Deus e gozá-lo para sempre” – cf. Romanos 11:36; 1 Coríntios 10:31; Salmos 73:24 – 26; João 17:22 – 24
[2] - O Cristão e a Cultura,, Ed. Cultura Cristã
[2] – Catecismo Maior de Westminster, pergunta 1.
[3] – João Calvino, As Institutas, Livro III, ed. Clássica (Latim), p. 363 – 366.
[4] – LEE, Sang Hun. Explaining Unification thought – New York: Unification Thought Institute, 1981


Salvação?
O que você pensa, quando se depara com essa palavra?
Você sabia que ela possui um peso muito maior do que aparenta ter?
A Bíblia explica! 
Leia mais, em mais um artigo do blog

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Em total silêncio



Palavra que Transforma                                                                                            


Em total silêncio    |  Pr. MAAS ®  


Mateus 6:7 - E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos 


Quando vou orar, começo a disciplina em total silêncio. De joelhos, diante da majestade de Deus, eu me calo e com isso tento silenciar minha alma, sempre tão aflita e angustiada.

Quando o silêncio toma conta do meu ser e só resta eu e o Pai, daí começo a falar com Ele, em adoração. Jesus nos ensinar que orar é adorar quando diz “santificado seja o Teu nome”.

O nome de Deus é aquilo que Ele É e a soma de todos os seus atributos. Santificar o Seu nome é adorá-lo na beleza da santidade. Expresse sua adoração a Deus sempre que orar. Diga o quanto Ele é lindo e maravilhoso.

Isso mudará a sua dinâmica na presença dEle!




Deus te abençoe!




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A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espirito Santo sejam com todos
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Deus lhe abençoe.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Deus é justo
























Deus é justo


A frase deve ter se repetido na mente de Adão depois que ele deu a sua primeira mordida no fruto proibido: “No dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.17). Aquele foi o dia em que ele comeu, então aquele era o dia em que ele certamente morreria. Eu não posso imaginar o terror que Adão sentiu quando buscou algumas folhas de figueira para servir como roupas improvisadas. Adão estava agora no intervalo antes de sua inevitável punição. O dia do julgamento havia chegado.
Enquanto Deus introduziu a justiça terrena naquele dia, ele também restringiu o peso total de seu julgamento e concedeu a Adão e ao mundo, agora pecaminoso, uma sentença atrasada. Seu atraso misericordioso do julgamento final estabeleceu um padrão gracioso, mas às vezes frustrante, para nossa batalha entre o pecado e a justiça — nem todo mal terreno verá uma resposta terrena e justa.
Na medida em que Deus reteve a morte imediata quando Adão engoliu aquela primeira mordida do fruto proibido, ele lhe mostrou mais duas novas ideias: graça e misericórdia. O oposto da justiça é a injustiça, mas o complemento à justiça é a misericórdia. Tanto a justiça quanto a misericórdia fluem do bom caráter de Deus, e no dia em que a criação precisou de misericórdia para sobreviver, Deus prometeu um Salvador (Gn 3.15).
Mas como conhecemos o caráter de Deus? Quando os céticos apontam para o mundo e declaram que as coisas não são como deveriam, os crentes podem gritar um “Amém!” animado. Mas quando o cético aponta o alto e acusa Deus de injustiça e transgressão, o cético e o crente devem seguir diferentes caminhos doutrinários.
Poucos céticos afirmam simultaneamente (1) “Deus existe” e (2) “o deus em quem eu genuinamente creio é injusto”. As acusações tipicamente vêm daqueles que esperam expor um choque entre a existência de Deus e as tragédias injustas. Mas existe uma diferença essencial entre a responsabilidade do homem sob a lei de Deus e o relacionamento de Deus com as leis que ele cria e revela. As leis criadas são divinamente elaboradas para circunstâncias particulares, terrenas e às vezes temporárias. Deus não é responsável por alguma “lei” superior separada de sua natureza. O cético que responsabiliza Deus pelas leis que ele criou fatalmente não entende a relação Criador-criatura.
E quanto ao cético que observa injustiças na Bíblia? Como a natureza perfeita e justa de Deus se harmoniza com todos os tipos de histórias e eventos nas Escrituras em que o povo de Deus — e até mesmo o próprio Deus — parece aprovar ou comandar injustiças?
O Antigo Testamento se desenrola no primeiro ato da batalha pela justiça definitiva. Como o dia do julgamento foi adiado depois do Éden, a injustiça frequentemente prosperaria. Deus derrubou apenas sombras temporais e terrenas do julgamento final pendente. Compare as narrativas de conquista em Josué com qualquer capítulo do Apocalipse. Josué parece manso comparado aos dragões, bestas e fogo do Apocalipse. Embora o Apocalipse entregue sua mensagem em símbolos velados e imagens fantásticas, a mensagem não é apenas para exibição — o mundo terminará violentamente. Antes do seu fim, o povo da aliança de Deus clama por ele para acabar com injustiças envolvendo traição, escravidão, exílio e morte. Você não pode ler os Salmos sem ecoar o que os santos do Antigo Testamento sentiram: “Meus clamores serão respondidos?”.
Alguém respondeu. Mas, de uma vez por todas, a libertação da injustiça se desdobraria em uma história de duas partes (Jo 12.31; Ap 14.7). No centro, encontramos Cristo em um monte; o segundo Adão, esperando em um jardim diferente (Getsêmani) em agonia antecipada devido ao julgamento imerecido que inevitavelmente viria de seu Pai (Lc 22.44). De todas as injustiças, as maiores, num grau infinito, ocorreram nessa misteriosa substituição — o dia do julgamento se derramou sobre Cristo, quando ele adquiriu a glória suprema para uma nova criação. A sexta-feira santa é um obstáculo a todas as tentativas simplistas de alcançar a justiça de Deus. Naquele dia, a cruz de madeira levou ao clímax o cumprimento da promessa misericordiosa de Deus ao primeiro Adão (Gn 3.15).
Três dias depois, a ressurreição de Cristo condenou a morte e o diabo à pena capital. Paulo chamou essa ressurreição inaugural de “primícias” para os crentes (1Co 15.20-23). Se Cristo é as primícias, nós somos os “próximos frutos”, esperando para nos unirmos à colheita da ressurreição no final desta fase da história.
Cristo nunca minimizou a realidade do aguilhão injusto da morte (Jo 11.35-38), mas saber como a sua história dramática termina proporciona conforto que resiste às injustiças temporais. Nossa inevitável ressurreição, e nosso novo lar nos novos céus e na nova terra, finalmente redimirão a primeira injustiça antiga sobre esta velha terra. Por enquanto, a injustiça invade e permeia o ar terrestre que respiramos. O sofrimento e a tragédia devem ser levados a sério e tratados com sensibilidade e cuidado pastoral. Mas não encontraremos soluções definitivas — nem nossa esperança definitiva — na terra. O descanso final da injustiça será encontrado em um lar novo e eterno. Nós repetimos: “Por quanto tempo, ó Senhor?”, enquanto sabemos que o nosso justo e misericordioso Salvador está preparando nosso novo lar agora mesmo (Jo 14.3) para o ato final naquele último dia.
Original: Is God Unjust?

sábado, 24 de novembro de 2018

Como a esposa de um pastor pode encorajar os esforços do marido para pastorear os seus filhos?


Como a esposa de um pastor pode encorajar os esforços do marido para pastorear os seus filhos?


Aqui há alguns conselhos excelentes e perspicazes da minha esposa para as esposas de pastores sobre este assunto:
As esposas desempenham um papel muito importante nesse processo. Em primeiro lugar, precisamos encorajar nossos maridos a pastorearem os nossos filhos. Uma forma de conseguir isso é abrir mão de parte do nosso tempo com nossos maridos para que eles possam passar esse tempo, até mesmo de modo individual, com nossos filhos.
Nossos filhos permanecem em casa por pouco tempo, por isso é importante que façamos disso uma prioridade.
Em segundo lugar, precisamos nos lembrar de que somos as pessoas que passam a maior parte do tempo com nossos filhos. Como uma mãe homeschooler, eu passo meus dias com nossos filhos. Eu sou quem vê em primeira mão tanto as áreas em que eles têm dificuldades quanto as que estão crescendo. É necessário que eu compartilhe essas informações com meu marido, para que ele saiba a melhor forma de treiná-los e instruí-los. Não posso esperar que ele saiba magicamente o que aconteceu durante o dia.
Estamos juntos nisso, então precisamos trabalhar juntos.
Finalmente, precisamos encorajar os nossos filhos a desejarem o tempo com seus pais, mas também a serem graciosos quando coisas inesperadas ocorrem com eles. E fazemos muito disso pelo exemplo! Precisamos estar tão empolgadas para ver nossos maridos quando eles voltam para casa quanto os nossos filhos são, e precisamos ser bondosas e compreensivas quando a igreja precisa de nossos maridos mais do que nós em dado momento.
Bem dito. Pastores, antes que nossas esposas tomem o cuidado para nos servir em nossos esforços, precisamos ter certeza de que estamos sendo diligentes em pastorear e discipular os nossos filhos individual e semanalmente. Para informações sobre como realizar isso, veja este artigo.

Brian Croft Original: How can a pastor’s wife encourage her husband’s efforts to shepherd their children? Tradução: Camila Rebeca Teixeira. Revisão: William Teixeira.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

O Batismo Diário do Espírito Santo





JORNADA ESPIRITUAL 
 Tema "O Batismo Diário do Espírito Santo" 
 Parte III - 11 Dias Para Buscar o Batismo do Espírito Santo 

O Batismo Diário com Fogo Divino 

 "Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas Aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que Eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo" (Mt 3:11).

Hoje, concluímos a terceira seção de nossa jornada: onze dias para receber o batismo diário do Espírito Santo. Quantas coisas lindas e edificantes aprendemos! O Salvador tem disponibilizado, por meio do Consolador, todo poder de que necessitamos para nos manter a salvo, cada dia, do poder do pecado que tão tenazmente nos assedia.

Temos aprendido que não é suficiente ir a Cristo, mas também, cada dia, permanecer nEle.

Para chegarmos ao topo e nos mantermos lá, necessitamos do fogo purificador do Espírito Santo, a fim de queimar toda indisposição, indiferença e a negligência da busca de Deus nas primeiras horas de cada manhã.

O Apocalipse nos apresenta três alternativas: frio, morno ou quente. Optar pela frieza do cristianismo sem vida e sem poder não é, com certeza, a sua opção, uma vez que está envolvido neste movimento divino de reconsagração. Viver uma vida cristã morna resultará em apostasia e abandono de Cristo. Resta-nos a opção de sermos quentes pela ação purificadora do fogo do Espírito Santo. Na jornada de hoje vamos saber o que é o batismo com fogo, as características desse fogo na vida e o que devemos fazer para recebê-lo cada dia.

 O batismo diário com fogo 

João Batista disse acerca de Cristo: "Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo" (Mt 3:11). O cumprimento inicial dessa profecia se deu no Pentecostes e seu cumprimento final se dará antes do segundo advento: "E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo" (At 2:3, 4).

Devemos entender que o batismo com água, a que todos estamos acostumados, não é contrário ao batismo com fogo profetizado por João Batista; não existe a possibilidade de ser uma opção alternativa, o escolher entre ser batizado com água ou com fogo, pois ambos os batismos acontecem devido à ação do Espírito Santo. A Escritura não diz: "ou com fogo", mas sim: "com o Espírito Santo e com fogo".

Claramente, o texto nos diz que "devemos ser batizados com o fogo divino agora para escaparmos da destruição do fogo consumidor mais tarde" (LeRoy E. Froom, A Vinda do Consolador, p. 265, 266). Recebemos esse fogo ao sermos renovados cada manhã pelo Espírito Santo.

O fogo possui características que são semelhantes às manifestações do poder do Espírito Santo. Várias vezes, na Palavra de Deus, são encontradas referências ao "fogo consumidor" de Deus. Dizer que o Espírito Santo é fogo significa que Ele é "Espírito purificador".

Quando Deus nos batiza com esse fogo, sentimos que nada há de bom em nós mesmos, no que temos, nem no que somos e, se algum valor há, foi concedido pelos méritos de Jesus. O batismo produzirá um espírito de confissão inimaginável. A humildade brotará do nosso íntimo; a real perspectiva de nossa pequenez diante da perfeição e grandiosidade divinas estará diante de nós. Seremos impelidos a confessar nossos pecados e suplicar por perdão. Confissões sinceras serão feitas, e sobre nós virá o poder que nos revestirá e nos preparará para o encontro com Cristo.

Dia a dia, cultivaremos um relacionamento íntimo com o Criador, onde seremos constantemente sustentados por Seu Espírito. Portanto, o batismo com fogo é a experiência diária com o Espírito Santo, que produz na vida do crente os frutos da justiça (Gl 5:22-25).

 Características marcantes do fogo 

O fogo consome a escória e a imundícia: O fogo purificador pode transformar-nos agora, modificando-nos, para alcançarmos o padrão divino ou consumir-nos no fim da história deste mundo.

O fogo liberta das cordas do pecado: A escravidão do pecado nos tolhe, nos aleija, privando-nos do refrigério advindo de íntima comunhão com Deus. Devemos nos colocar sob o temor de Deus, libertando-nos dessa escravidão.

O fogo aquece e afugenta o frio: Ele reanima e reaviva. Alimenta-nos com seu calor, assim como a Palavra alimenta os famintos e necessitados, que querem conhecer a Deus. O fogo verdadeiro vem do alto e é dado por Deus, na pessoa de Seu Santo Espírito.

O fogo ilumina a noite: "É o fogo do Espírito Santo que fará luzir a última mensagem de Deus aos homens, dotando-a de um resplendor jamais alcançado por outros meios." - LeRoy E. Froom, A Vinda do Consolador, p. 278.

O fogo torna permanente, endurece e torna durável o metal: Submetidos ao processo do fogo do Espírito Santo, ficaremos imunes aos ataques do diabo. Nada nos afetará: nem perseguição, nem apostasia, nem os furiosos ataques do arquiinimigo e enganador.

O fogo produz energia e induz à ação: A passagem: "Não apagueis o Espírito" (1Ts 5:19) provavelmente se refira a este fogo que leva a uma ação poderosa, continuada, ininterrupta, uma verdadeira locomotiva impulsionada pelo fogo do Espírito. Serviço e testemunho resultarão de uma vida cheia do Espírito.

 O que devemos fazer para obter esse fogo? 

Consagração não se consegue da noite para o dia. Devemos planejar nossas vidas de tal modo que o verdadeiro foco seja uma intimidade com o Espírito Santo que nos conduza a uma verdadeira transformação interna e externa, através do fogo do poder de Deus.

Devemos pedir a Deus poder para acordarmos de madrugada, nas horas mais calmas, e procurarmos a tão almejada intimidade com o Espírito de Deus. Devemos vivenciar cada segundo desse relacionamento diário. Somente assim estaremos aptos para suportar os ventos da tempestade que se avizinham. O fogo do Espírito se tornará inextinguível no nosso íntimo.

Conta-se que na antiga Dalmácia, hoje Croácia, devido às características montanhosas de suas terras, seus habitantes possuíam um hábito diferente no momento de construir casas.

Faziam suas casas empregando exclusivamente um tipo poroso de pedras, muito comum na região. Tudo na casa era feito com esse material. Era uma pedra muito macia e facilmente moldável. Porém, essas mesmas pedras possuíam um odor fétido, pois eram de origem calcário-betuminosa, ou seja, possuíam uma grande quantidade de betume.

Depois de terminada a casa, ela era totalmente incendiada por seu proprietário. Acabado o fogo, a casa ficava totalmente preta de fuligem, e então era raspada. Depois desse processo, a casa ficava com uma brancura de mármore, atraente, limpa e habitável. Assim, a casa ficava totalmente incombustível - à prova de fogo!

Resultado de imagem para imagem O Batismo Diário com Fogo DivinoDevemos ser como essa casa, permitindo que o fogo do Espírito Santo nos envolva e nos leve a uma condição de incombustíveis no Grande Dia de Deus (LeRoy Froom, A Vinda do Consolador, p. 283, 284).

Devemos arder agora, servindo com abnegação. Devemos manter um relacionamento de íntima comunhão com o Santo Espírito, procurando-O sempre, principalmente nas horas de maior sossego, onde nada nos atrapalhará nem nos distrairá em nosso diálogo com o Consolador.

Devemos nos humilhar e sermos fiéis servos uns dos outros, pedindo ao Espírito Santo para queimar nossos pecados, para que sejamos puros.

Peçamos, neste momento, que o Espírito nos capacite a fim de sermos labaredas de fogo para iluminar e aquecer a vida de homens e mulheres que, dominados pelo pecado, encontram-se gelados e trêmulos, aguardando a proclamação das boas-novas do breve retorno em glória de nosso Salvador Jesus Cristo. Amém!

 Guarde em seu coração: 

"Precisa haver um reavivamento e uma reforma, sob a ministração do Espírito Santo. Reavivamento e reforma são duas coisas diversas. Reavivamento significa renovação da vida espiritual, um avivamento das faculdades da mente e do coração, uma ressurreição da morte espiritual. Reforma significa uma reorganização, uma mudança nas idéias e teorias, hábitos e práticas. A reforma não trará o bom fruto da justiça a menos que seja ligada com o reavivamento do Espírito. Reavivamento e reforma devem efetuar a obra que lhes é designada, e no realizá-la, precisam fundir-se". - Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 128.


 ✓Orar pela renovação do batismo com o Espírito Santo. 
✓ Orar por meus amigos e pelos pedidos  de oração...
 ✓Viver na presença de Cristo. 
✓Adorar a Deus com os dízimos e as ofertas, de forma sistemática e proporcional às rendas.
                     .  🕊

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

O que é Homilética



O que é Homilética


Homilética é o estudo da composição e exposição de um sermão ou de outro discurso religioso. Ele inclui todas as formas de pregação,  E pode ser definida como o estudo da análise, classificação, preparação, composição e entrega de sermões.

Essa é uma pergunta que muitos cristão sinceros e que desejam falar do amor de Deus me perguntam. Primeiro precisamos entender que Homilética não é omelete, ok? Bom depois de deixar claro essa pequena diferença, vamos entender um pouquinho da Homilética:


“Conjuro-te, pois, diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino; prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda a longanimidade e ensino. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas tendo coceira nos ouvidos, cercar-se-ão de mestres, segundo as suas próprias cobiças; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre bem o teu ministério” (2 Timóteo 4.1-5).

Do que se trata a Homilética?

A homilética tem como objetivo primordial tratar acerca das questões referentes à Pregação do Evangelho, visando uma compreensão clara dos aspectos da mensagem cristã, a Homilética pode ser dividida em Três formas, que são: A Homilética Fundamental,  Homilética Material e  Homilética Formal. Tratarei aqui neste artigo acerca da Homilética Fundamental, se você deseja conhecer mais sobre a Homilética e Como se tornar um pregador eficaz, eu recomendo o nosso Curso Médio em Teologia

Origem, significado e tarefa da HOMILÉTICA

O termo (homilética) tem sua origem no substantivo grego “homilia”, que significa de forma literal “companhia”,  “associação”, e do verbo homileo, que significa “conversar”, “falar”. O Novo Testamento vemos empregado o termo homilia na 1° Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios, cap: 15.33 “… as más conversações [homilia] corrompem os bons costumes.”
Mas dentro da Teologia, o  termo “homilética” tem sua aparição no período  do Iluminismo, nos séculos XVII e XVIII, quando as principais matérias da teologia receberam nomes gregos, como, por exemplo, apologética, dogmática e hermenêutica. Stier, na Alemanha, propôs o termo Keríctica, que tem deriva de keryx, que significa “arauto”. Já Sikel sugeriu a palavra haliêutica, derivado de halieos, que significa “pescador”. O termo “homilética” foi o vencedor,  firmando-se e sendo aceito ao redor do mundo quando se refere  à disciplina teológica que estuda a ciência, a técnica e a arte de verificar, estruturar e entregar a mensagem do evangelho.
Podemos afirmar que a homilética é uma ciência, quando tratada sob o ponto de vista de suas bases teóricas (históricas, psicológicas e sociais); é uma arte, quando considerada em seus aspectos visuais e estéticos (a beleza do conteúdo e da forma); e é uma técnica, quando considerada pelo modo específico de sua execução ou ensino.

Relação entre a Homilética e outras disciplinas

Como disciplina teológica, a homilética é parte integrante da teologia prática. As disciplinas teológicas que mais se assemelham à homilética são a exegese e a hermenêutica. Enquanto a hermenêutica é a ciência, arte e técnica que nos ensina a  interpretar de maneira mais correta possível a Palavra de Deus, e a exegese é a ciência, arte e técnica de expor as idéias interpretadas com as técnicas da hermenêutica, já a homilética é a ciência, arte e técnica de transmitir a mensagem  do evangelho. A hermenêutica visa interpretar um texto bíblico à luz de seu contexto; a exegese expõe (traz para fora) um texto bíblico à luz da teologia bíblica; e a homilética, por sua vez comunica um texto bíblico à luz da pregação bíblica.


homiletica
Os primeiros escritos homiléticos encontram-se nos textos de Crisóstomo (345-407 A. D.), o pregador mais famoso da igreja primitiva que se tem notícia. No entanto a primeira homilética foi escrita de forma completa  por Agostinho, em De Doctrina Christiana. Agostinho dividiu a homilética em duas partes que são: de inveniende (como chegar ao assunto) e de proferendo (como explicar o assunto). Na prática, esta divisão é o que chamamos hoje de homiléticas material e formal. A Idade Média não foi além daquilo que Agostinho propôs, mas produziu algumas coletâneas de sermões muito famosos, que atualmente foram publicadas em forma de livros devocionais.

A Homilética e a Reforma Protestante

Com a chegada da Reforma Protestante, veio uma grande inovação, que foi tornar a Bíblia o centro da pregação. Os discursos litúrgicos foram substituídos pela pregação do evangelho e  das grandes verdades bíblicas, versículo a versículo. Martinho Lutero e João Calvino expuseram quase todos os livros da Bíblia em forma de comentários que, ainda em nossos dias, possuem grande aceitação acadêmica e espiritual. Os precursores da Reforma Protestante deram à pregação cristã um novo conteúdo (a graça divina em Jesus Cristo), um novo fundamento (a Bíblia Sagrada) e um novo alvo – a fé viva.

Enquanto que Lutero enfatizava fortemente o conteúdo da mensagem do evangelho (a justificação pela fé), Melanchthon apresentava o método e a forma que se deveria ser feita esta pregação. Como um humanista convertido ao Evangelho, Melanchthon escreveu, no ano de 1519, o que conhecemos como a primeira retórica evangélica, seguida de dois trabalhos homiléticos, em 1528 e 1535, respectivamente. Melanchthon enfatizou a unidade, um centro de organizaçao e um pensamento principal (loci) para o texto a ser pregado. A pregação evangélica reformada deveria incluir: introdução, tema, disposição, exposição do texto e conclusão.

Os Problemas da Homilética

A Biblia Sagrada nos informa que “a fé vem pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo” (Rm 10.17). E com base nisto, como seria  possível que surjam dificuldades e erros quando esta palavra é pregada? A resposta é simples, o problema não está na palavra em si, até porque “a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4.12). O problema não está na Palavra de Deus, mas em quem está proclamando e na forma de sua proclamação, quando feita por homens falhos que não admitem suas dificuldade e  imperfeições homiléticas! Atualmente, as dificuldades mais comuns da pregação bíblica encontram-se nas seguintes áreas:

Falta de preparo adequado do pregador

Em sua grande maioria, a pregação pobre e superficial tem sua raiz na falta de estudo do pregador. Muitos pensam ter condições de preparar uma mensagem bíblica em poucas horas, sem o trabalho árduo exegético e estilístico. Pensam eles erroneamente que basta ter um esboço de três ou quatro pontos e assim terão uma  mensagem para edificar a igreja, ou acham que basta manipular as Quatro Leis Espirituais para levar um indivíduo perdido à obediência a Cristo, isso é muito pouco.

Falta de unidade corporal na mensagem

Os ouvintes da mensagem pregada perdem o interesse pelo recado do orador quando este apresenta uma exposição superficial que consiste numa mera junção de versículos bíblicos, muitas vezes até mesmo sem ligação nenhuma entre si, pulando de um livro para outro, sem unidade, sem um tema organizador. A falta de unidade corporal na Mensagem leva o ouvinte a depreciar até a mais correta exposição da Palavra de Deus.

Falta de vivência  pregador na fé cristã de forma real e intensa

Esta pra mim é a pior coisa que  pode acontecer ao pregador do evangelho, proclamar as verdades salvíficas de Cristo e, em contrapartida, viver uma vida arraigada no pecado e em desobediência clara aos princípios da Palavra de Deus. E por esta causa, o Apóstolo Paulo escreveu: “… esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado” (1 Co 9.27).

As Características da Homilética

Charles W. Koller nos mostra o conceito bíblico de pregação sendo (um processo único pelo qual Deus o Pai, através de seu mensageiro (o pregador), introduz – se no seio da família humana e coloca pessoas diante de Si, face a face). C. W. Koller, op. cit., p. 9.

Em sua teoria, Koller infere ao mensageiro (vocação (chamado), caráter e função) e à mensagem anunciada (conteúdo, poder, objetivo). Podemos afirmar porém que as características da homilética cristã reformada não podem ficar restritas somente aos pólos mensageiro – mensagem. Três elementos, no mínimo, participam da exposição bíblica: Deus, o pregador e o ouvinte.

Podem ser representados por meio de um triângulo, cujos vértices simbolizam o autor, o comunicador e o receptor, veja o gráfico abaixo:


Neste triângulo, o pregador dirige-se a Deus, no estudo, preparação e proclamação da mensagem, e ao ouvinte, sua comunidade cristã. O ouvinte/comunidade recebe a mensagem da Palavra de Deus através da comunicação pelo pregador ou por sua própria leitura. Deus, por Sua vez, é autor, inspirador e ouvinte da Sua Palavra. Entretanto, é bom lembrar que o triângulo só se completa com um núcleo: este âmago é a palavra do Cristo crucificado (1 Co 2.2). O triângulo, então, deve ser aperfeiçoado da seguinte forma:


Homilética
Para A Igreja reformada, Jesus Cristo é o centro das Escrituras. Lutero foi enfático em seus ensinamentos: (A Escritura deve ser entendida a favor de Cristo, não contra Ele; sim, se não se refe-re a Ele não é verdadeira Escritura … Tire-se Cristo da Bíblia, e que mais se encontrará nela?) B. Hagglund, História da Teologia (P. Alegre: Concórdia, 1981), p. 187.

Ainda tenho muito mais a tratar sobre a Homilética, mas por hora ficarei por aqui, se você gostou do conteúdo, ajude-nos compartilhado em suas redes sociais.

Que a Paz de Cristo Esteja com Vocês.Essa é uma pergunta que muitos cristão sinceros e que desejam falar do amor de Deus me perguntam. Primeiro precisamos entender que Homilética não é omelete, ok? Bom depois de deixar claro essa pequena diferença, vamos entender um pouquinho da Homilética:
“Conjuro-te, pois, diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino; prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda a longanimidade e ensino. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas tendo coceira nos ouvidos, cercar-se-ão de mestres, segundo as suas próprias cobiças; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre bem o teu ministério” (2 Timóteo 4.1-5).

Do que se trata a Homilética?

A homilética tem como objetivo primordial tratar acerca das questões referentes à Pregação do Evangelho, visando uma compreensão clara dos aspectos da mensagem cristã, a Homilética pode ser dividida em Três formas, que são: A Homilética Fundamental,  Homilética Material e  Homilética Formal. Tratarei aqui neste artigo acerca da Homilética Fundamental, se você deseja conhecer mais sobre a Homilética e Como se tornar um pregador eficaz, eu recomendo o nosso Curso Médio em Teologia

Origem, significado e tarefa da HOMILÉTICA

O termo (homilética) tem sua origem no substantivo grego “homilia”, que significa de forma literal “companhia”,  “associação”, e do verbo homileo, que significa “conversar”, “falar”. O Novo Testamento vemos empregado o termo homilia na 1° Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios, cap: 15.33 “… as más conversações [homilia] corrompem os bons costumes.”

Mas dentro da Teologia, o  termo “homilética” tem sua aparição no período  do Iluminismo, nos séculos XVII e XVIII, quando as principais matérias da teologia receberam nomes gregos, como, por exemplo, apologética, dogmática e hermenêutica. Stier, na Alemanha, propôs o termo Keríctica, que tem deriva de keryx, que significa “arauto”. Já Sikel sugeriu a palavra haliêutica, derivado de halieos, que significa “pescador”. O termo “homilética” foi o vencedor,  firmando-se e sendo aceito ao redor do mundo quando se refere  à disciplina teológica que estuda a ciência, a técnica e a arte de verificar, estruturar e entregar a mensagem do evangelho.

Podemos afirmar que a homilética é uma ciência, quando tratada sob o ponto de vista de suas bases teóricas (históricas, psicológicas e sociais); é uma arte, quando considerada em seus aspectos visuais e estéticos (a beleza do conteúdo e da forma); e é uma técnica, quando considerada pelo modo específico de sua execução ou ensino.

Relação entre a Homilética e outras disciplinas

Como disciplina teológica, a homilética é parte integrante da teologia prática. As disciplinas teológicas que mais se assemelham à homilética são a exegese e a hermenêutica. Enquanto a hermenêutica é a ciência, arte e técnica que nos ensina a  interpretar de maneira mais correta possível a Palavra de Deus, e a exegese é a ciência, arte e técnica de expor as idéias interpretadas com as técnicas da hermenêutica, já a homilética é a ciência, arte e técnica de transmitir a mensagem  do evangelho. A hermenêutica visa interpretar um texto bíblico à luz de seu contexto; a exegese expõe (traz para fora) um texto bíblico à luz da teologia bíblica; e a homilética, por sua vez comunica um texto bíblico à luz da pregação bíblica.


homiletica
Os primeiros escritos homiléticos encontram-se nos textos de Crisóstomo (345-407 A. D.), o pregador mais famoso da igreja primitiva que se tem notícia. No entanto a primeira homilética foi escrita de forma completa  por Agostinho, em De Doctrina Christiana. Agostinho dividiu a homilética em duas partes que são: de inveniende (como chegar ao assunto) e de proferendo (como explicar o assunto). Na prática, esta divisão é o que chamamos hoje de homiléticas material e formal. A Idade Média não foi além daquilo que Agostinho propôs, mas produziu algumas coletâneas de sermões muito famosos, que atualmente foram publicadas em forma de livros devocionais.

A Homilética e a Reforma Protestante

Com a chegada da Reforma Protestante, veio uma grande inovação, que foi tornar a Bíblia o centro da pregação. Os discursos litúrgicos foram substituídos pela pregação do evangelho e  das grandes verdades bíblicas, versículo a versículo. Martinho Lutero e João Calvino expuseram quase todos os livros da Bíblia em forma de comentários que, ainda em nossos dias, possuem grande aceitação acadêmica e espiritual. Os precursores da Reforma Protestante deram à pregação cristã um novo conteúdo (a graça divina em Jesus Cristo), um novo fundamento (a Bíblia Sagrada) e um novo alvo – a fé viva.

Enquanto que Lutero enfatizava fortemente o conteúdo da mensagem do evangelho (a justificação pela fé), Melanchthon apresentava o método e a forma que se deveria ser feita esta pregação. Como um humanista convertido ao Evangelho, Melanchthon escreveu, no ano de 1519, o que conhecemos como a primeira retórica evangélica, seguida de dois trabalhos homiléticos, em 1528 e 1535, respectivamente. Melanchthon enfatizou a unidade, um centro de organizaçao e um pensamento principal (loci) para o texto a ser pregado. A pregação evangélica reformada deveria incluir: introdução, tema, disposição, exposição do texto e conclusão.

Os Problemas da Homilética

A Biblia Sagrada nos informa que “a fé vem pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo” (Rm 10.17). E com base nisto, como seria  possível que surjam dificuldades e erros quando esta palavra é pregada? A resposta é simples, o problema não está na palavra em si, até porque “a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4.12). O problema não está na Palavra de Deus, mas em quem está proclamando e na forma de sua proclamação, quando feita por homens falhos que não admitem suas dificuldade e  imperfeições homiléticas! Atualmente, as dificuldades mais comuns da pregação bíblica encontram-se nas seguintes áreas:

Falta de preparo adequado do pregador

Em sua grande maioria, a pregação pobre e superficial tem sua raiz na falta de estudo do pregador. Muitos pensam ter condições de preparar uma mensagem bíblica em poucas horas, sem o trabalho árduo exegético e estilístico. Pensam eles erroneamente que basta ter um esboço de três ou quatro pontos e assim terão uma  mensagem para edificar a igreja, ou acham que basta manipular as Quatro Leis Espirituais para levar um indivíduo perdido à obediência a Cristo, isso é muito pouco.

Falta de unidade corporal na mensagem

Os ouvintes da mensagem pregada perdem o interesse pelo recado do orador quando este apresenta uma exposição superficial que consiste numa mera junção de versículos bíblicos, muitas vezes até mesmo sem ligação nenhuma entre si, pulando de um livro para outro, sem unidade, sem um tema organizador. A falta de unidade corporal na Mensagem leva o ouvinte a depreciar até a mais correta exposição da Palavra de Deus.

Falta de vivência  pregador na fé cristã de forma real e intensa

Esta pra mim é a pior coisa que  pode acontecer ao pregador do evangelho, proclamar as verdades salvíficas de Cristo e, em contrapartida, viver uma vida arraigada no pecado e em desobediência clara aos princípios da Palavra de Deus. E por esta causa, o Apóstolo Paulo escreveu: “… esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado” (1 Co 9.27).

As Características da Homilética

Charles W. Koller nos mostra o conceito bíblico de pregação sendo (um processo único pelo qual Deus o Pai, através de seu mensageiro (o pregador), introduz – se no seio da família humana e coloca pessoas diante de Si, face a face). C. W. Koller, op. cit., p. 9.

Em sua teoria, Koller infere ao mensageiro (vocação (chamado), caráter e função) e à mensagem anunciada (conteúdo, poder, objetivo). Podemos afirmar porém que as características da homilética cristã reformada não podem ficar restritas somente aos pólos mensageiro – mensagem. Três elementos, no mínimo, participam da exposição bíblica: Deus, o pregador e o ouvinte.

Podem ser representados por meio de um triângulo, cujos vértices simbolizam o autor, o comunicador e o receptor, veja o gráfico abaixo:


Neste triângulo, o pregador dirige-se a Deus, no estudo, preparação e proclamação da mensagem, e ao ouvinte, sua comunidade cristã. O ouvinte/comunidade recebe a mensagem da Palavra de Deus através da comunicação pelo pregador ou por sua própria leitura. Deus, por Sua vez, é autor, inspirador e ouvinte da Sua Palavra. Entretanto, é bom lembrar que o triângulo só se completa com um núcleo: este âmago é a palavra do Cristo crucificado (1 Co 2.2). O triângulo, então, deve ser aperfeiçoado da seguinte forma:


Homilética
Para A Igreja reformada, Jesus Cristo é o centro das Escrituras. Lutero foi enfático em seus ensinamentos: (A Escritura deve ser entendida a favor de Cristo, não contra Ele; sim, se não se refe-re a Ele não é verdadeira Escritura … Tire-se Cristo da Bíblia, e que mais se encontrará nela?) B. Hagglund, História da Teologia (P. Alegre: Concórdia, 1981), p. 187.

Ainda tenho muito mais a tratar sobre a Homilética, mas por hora ficarei por aqui, se você gostou do conteúdo, ajude-nos compartilhado em suas redes sociais.
Que a Paz de Cristo Esteja com Vocês.


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