Versículo do Dia: “Houve tarde e manhã, o primeiro dia.” (Gênesis 1.5)
Acontecia isso mesmo no começo? A luz e as trevas dividiram o espaço de tempo do primeiro dia? De modo semelhante, pouca admiração deve haver se eu tiver mudanças em minha situação, passando do resplendor da prosperidade para a meia noite da adversidade. Em certas épocas, já é esperado que lamentarei a ausência de minhas alegrias anteriores e que buscarei meu Senhor durante a noite. Não estou sozinho nisso, pois todos os amados do Senhor têm experimentado a necessidade de entoar a canção mista da misericórdia com o juízo, da provação com o livramento, do lamento com o deleite.
Um dos arranjos da providência divina é o fato de que a noite e o dia jamais cessarão, quer no âmbito espiritual, quer no âmbito da criação natural, até que cheguemos ao lugar sobre o qual está escrito: “Já não haverá noite” (Apocalipse 22.5). Aquilo que nosso Pai celestial ordena é bom e sábio. Então, ó minha alma, o que é melhor fazeres? Primeiramente, deves contentar-te com esta ordem divina, e esteja pronta, como Jó, a receber o mal da mão do Senhor tanto quanto o bem. Depois, procure fazer “alegres as saídas da manhã e da tarde” (Salmos 65.8 ARC). Louva o Senhor pelo sol da alegria, quando este desponta, e pela melancolia do anoitecer, quando este chega. Existe beleza tanto no alvorecer como no entardecer. Canta sobre a alegria deles e glorifica o Senhor. Crente, assim como o rouxinol, cante suas melodias em todas as horas. A noite é tão útil como o dia. O orvalho da graça cai pesadamente na noite de tristezas. As estrelas da promessa brilham gloriosamente em meio às trevas da aflição. Continue o seu serviço para o Senhor, suportando todas as mudanças. Se durante o dia, seu lema é trabalho, à noite, mude-o para vigilância. Cada hora tem sua função. Permaneça em sua chamada como servo do Senhor, até que Ele apareça repentinamente em glória. Alma minha, sua noite de velhice e morte se aproxima. Não tema, pois ela é parte do dia; e o Senhor disse: “Todo o dia o SENHOR o protegerá” (Deuteronômio 33.12).
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