É verdade que as palavras têm poder?
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Você Pergunta: Uma vez fui orientado por um amigo meu que frequentava uma igreja evangélica que eu só deveria dizer palavras profetizando coisas boas, dizer palavras que atraíssem aquilo que eu queria para minha vida, pois as palavras têm poder. Ele me repreendeu porque eu comentei que meu filho é muito arteiro. Ele me disse que eu não deveria dizer aquilo porque estava profetizando sobre meu filho que ele teria mal comportamento. Afinal, as palavras têm poder mesmo?
Você Pergunta: Uma vez fui orientado por um amigo meu que frequentava uma igreja evangélica que eu só deveria dizer palavras profetizando coisas boas, dizer palavras que atraíssem aquilo que eu queria para minha vida, pois as palavras têm poder. Ele me repreendeu porque eu comentei que meu filho é muito arteiro. Ele me disse que eu não deveria dizer aquilo porque estava profetizando sobre meu filho que ele teria mal comportamento. Afinal, as palavras têm poder mesmo?
Caro leitor, precisamos de certo equilíbrio nessa questão para avaliar se realmente as palavras têm poder e que tipo de poder é esse que elas têm. Sabemos que as palavras que saem da nossa boca não têm um poder sobrenatural de realizar nada, pois, caso tivessem, poderíamos, por exemplo, começar a dizer agora mesmo para a violência acabar, para as guerras deixarem de existir, para as doenças serem curadas, etc. Resolveríamos todos os problemas do mundo, não é verdade? Sabemos que não temos esse poder através de simplesmente mencionar palavras.
Ao mesmo tempo, podemos notar que as palavras têm poder de trazer consequências boas ou ruins dependendo da forma com que são mencionadas. Por exemplo, um pai que somente critica o filho poderá prejudicar a confiança do filho e trazer tristeza ao coração dele. Um marido que nunca elogia sua esposa, antes, só a menospreza com palavras, poderá trazer problemas ao seu casamento. Alguém que usa as palavras de forma ríspida arrumará muitas brigas. Uma pessoa que é acostumada a usar palavrões pode magoar alguém. Uma pessoa que fala demais poderá ser taxada de fofoqueira. Esse é o tipo de “poder” que as palavras têm.
O fato de fazer um comentário com seu amigo sobre o comportamento ruim de seu filho não trará nenhum mal “sobrenatural” ao seu filho. As palavras não tem poder de fazer isso. Isso é besteira. É dar um poder que a palavra não tem. Será que se fosse o contrário, você ficar somente falando para seu amigo (mentindo) que seu filho é muito bom, que sempre faz a lição, que não dá nenhum trabalho, fará com que seu filho tenha todas estas qualidades? Evidente que não! Para ele ser assim seu trabalho será muito maior do que dizer apenas algumas palavras positivas.
É importante observar que a Bíblia traz orientações sobre as palavras que dizemos para que a usemos com sabedoria e aproveitemos esse poder que as palavras têm. Ela nos diz que não devemos usar palavrões, que nossas palavras devem edificar e transmitir graça aos que ouvem: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem.” (Ef 4:29).
Também diz que nossas palavras devem ser equilibradas e sensatas: “Tenham uma conversa agradável e sensata, pois assim vocês terão a resposta certa para todo o mundo.” (Cl 4:6 – Bíblia Viva). E traz outras diversas orientações sábias para o bom uso das palavras. Por exemplo em Pv 12:6; Pv 14:23; Pv 15:23; Pv 24:26.
Assim, podemos concluir que as palavras têm poder, mas não um poder sobrenatural como alguns insistem em pregar, mas um poder de gerar consequências boas ou ruins dependendo de como são usadas.
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