Leitura do dia ( Gálatas 1; Jeremias 47–48; Salmo 142 Reflexão do dia: Provérbios 15.11 )
“A Sepultura e a Destruição estão abertas diante do Senhor; quanto mais os corações dos homens!”.
Certa congregação começou a ter problemas com o sumiço de alguns itens do seu patrimônio. O pastor pediu informações para vários irmãos, mas ninguém tinha qualquer dado relevante. Assim, a liderança mandou instalar câmeras de segurança em pontos-chave dentro do prédio da igreja. Em menos de uma semana, um visitante daquela congregação surgiu na imagem de várias câmeras. O interessante é que, enquanto estava em locais em que podia ser visto, ele mantinha uma postura comedida que não levantava suspeitas. Mas assim que entrava em cômodos com objetos que desejava, ele fechava a porta e, longe dos olhos dos membros da igreja, sua atitude mudava. Ele não apenas furtava alguns artefatos como fazia movimentos corporais que se pareciam com uma dança: a dança do ladrão. Ele ficou muito chocado quando soube que seus show foi registrado pelas câmeras.
Nos dias de Salomão não existiam câmeras, mas sempre houve alguém cujos olhos penetram em todo lugar e cujo conhecimento é completo. O rei sábio, a fim de comprovar sua tese, começa a expô-la de modo dramático e em uma escala indiscutivelmente alta. Ele se refere à morte como “a Sepultura e a Destruição” (em hebraico, Sheol e Abadon). Ele faz isso porque, em dias antigos em que a revelação sobre a vida futura ainda não era muito desenvolvida, as pessoas nutriam algumas ideias da morte como um lugar além do conhecimento. Podemos ver isso, por exemplo, em uma afirmação de Davi quando pediu por sua vida: “Quem morreu não se lembra de ti” (Sl 6.5a). O argumento de Davi é que ele só poderia continuar a servir a Deus se sua vida fosse poupada. Se as pessoas dos dias de Davi e Salomão achavam que a morte era uma porta que se fechava ao conhecimento, o rei sábio assevera que tais realidades “estão abertas diante do Senhor”, ou seja, ele conhece plenamente até o que os homens nem sonham descobrir.
Contudo, o assunto não é o conhecimento divino a respeito das coisas do além, mas sim seu conhecimento dos “corações dos homens”. Dentro da frase, isso é ainda mais fácil para o Senhor, “pois ele enxerga os confins da terra e vê tudo que há debaixo dos céus” (Jó 28.24). Por isso, as pessoas que querem agir mal e esconder suas trapaças não deveriam temer as câmeras de um circuito fechado, mas o Senhor que tudo vê. Na verdade, ao dizer que vê “os corações dos homens”, informa que Deus não conhece apenas as atitudes das pessoas, mas também seus pensamentos e intenções. E então: você ainda acha que pode dizer uma coisa e pensar outra impunemente? Corrija não apenas as suas ações, mas também o seu coração. Cuide do que pensa e do que planeja, pois Deus conhece tudo isso muito bem.
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