xmlns:b='http://www.google.com/2005/gml/b'xmlns:data='http://www.google.com/2005/gml/data' xmlns:expr='http://www.google.com/2005/gml/expr'> Vida Cristã: porque os evangélicos de hoje dão tanta ênfase ao uso do óleo

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

porque os evangélicos de hoje dão tanta ênfase ao uso do óleo















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Tornou-se comum no meio evangélico a prática de ungir doentes com “óleo consagrado”. E não só doentes, mas qualquer um que precise de algum tipo de ajuda de Deus. Basta a pessoa pedir oração, e já aparece um “pastor” com um frasquinho de óleo na mão, pronto a lambuzar a testa do suplicante.

De onde vem esse costume? Essa é fácil: da Bíblia. Realmente o Novo Testamentofala sobre a unção de doentes. O que impressiona, porém, é que ele fala tão pouco sobre isso que fica difícil entender porque os evangélicos de hoje dão tanta ênfase ao uso do óleo. Teve uma senhora pentecostal que chegou a me dizer que a unção dos doentes é a missão principal dada por Deus ao seu povo!!! Dá pra acreditar?
Como sempre, esse tipo de coisa vem sempre acompanhado de superstição. Evidentemente, o uso do óleo entre os evangélicos é assim tão propagado porque as pessoas realmente acreditam que essa prática promove cura sobrenatural. No entender de muita gente, a unção é uma espécie de ritual mágico, uma versão gospel do curandeirismo pagão, cheio de crendices associadas a objetos, poções e rezas poderosas.
É uma vergonha que o povo de Deus, por pura ignorância, se enverede por caminhos tão toscos de superstição, crendo em feitiços cristianizados e se deixando levar por ilusões tão vazias. Por isso, vamos aqui tentar corrigir um pouco essa ideia, mesmo sabendo que, no caso da maioria dos “crentes” de hoje, suas mentes estão fechadas para aprender qualquer coisa. Tudo o que querem são experiências fantásticas e promessas ocas, pouco importando o que a Bíblia realmente ensina.
Bom, mesmo assim, vamos lá... Pra começar é preciso chamar a atenção para o fato de que a unção de doentes só aparece duas vezes no Novo TestamentoMarcos 6.13 e Tiago 5.14. Isso, por si só, mostra que essa prática não era fundamental para promover cura. Aliás, nenhuma cura narrada com detalhes nos evangelhos é realizada mediante a unção com óleo.

Jesus curou muita gente sem nunca ungir ninguém. Lucas, em seus dois livros (o Evangelho de Lucas e Atos dos Apóstolos), mesmo relatando inúmeros casos de enfermos sendo libertos, não diz coisa alguma sobre essa prática. Isso é curioso, pois Lucas era médico (Cl 4.14) e, certamente, daria atenção especial a algo que tivesse forte relação com a cura de doenças. Mateus, Paulo, Pedro e João também não falam nada sobre isso...


O fato é que, como eu disse, somente dois versículos tratam do uso do óleo em todo o NT, deixando claro que a cura dos enfermos não exigia unção alguma. A pergunta, então, que se levanta é: Se a unção com óleo não era necessária para a cura de doentes, porque Marcos 6.13 e Tiago 5.14 falam dela?


Um estudo sobre essa prática no contexto dos tempos bíblicos deixará claro que, em primeiro lugar, ungir um doente com óleo era uma forma de lhe trazer alívio e refrigério — uma maneira simples de gerar algum bem-estar à pessoa que estava presa à cama, abatida pela doença. Com efeito, os salmos 23.5 e 133.1-3 mostram o valor revigorante da unção. Nesses textos, o óleo derramado sobre a cabeça é tido como algo que traz prazer, sendo muito provável que os textos de Marcos e de Tiago se refiram a isso. Se for esse o caso, os pastores modernos, em vez de ungir os doentes, deveriam descobrir maneiras atuais de trazer alívio para eles. Isso cumpriria muito mais a orientação de Tiago 5.14 do que lambuzar a testa das pessoas com azeite barato.
Outro motivo pelo qual Marcos e Tiago mencionam a unção é o simbolismo presente nessa prática. Na mentalidade judaica, ungir alguém tinha o sentido dominante de separar a pessoa para um fim específico (geralmente a consagração ou o serviço a Deus. Veja Lc 4.18 e 2Co 1.21). Ora, escrevendo sobre esse pano de fundo, Marcos e (especialmente) Tiago, falam da unção como um símbolo (e somente um símbolo!) da separação da pessoa como alguém que precisa da atenção mais intensa de Deus (a imagem do poder de Deus sobrevindo ao enfermo também pode estar presente no simbolismo da unção). Assim, ao ungir um doente, era como se os presbíteros de que fala Tiago dissessem: “Nós consideramos você uma pessoa à parte das demais — alguém que deve receber cuidado especial do Senhor”.
É por ter esses objetivos meramente humanitários e simbólicos em mente que Tiago jamais afirma que a unção cura o doente. Em vez disso, ele diz: “E a oração da fé salvará o enfermo...” (v.15). Para ele, a unção não realizava milagre algum. Era somente uma forma de promover o alívio do doente e um modo simbólico de mostrar o lugar especial que os presbíteros lhe davam diante de Deus, em suas súplicas.

Concluindo, podemos enumerar as seguintes verdades:

1.     A unção dos doentes é uma prática mencionada mui raramente na Bíblia. Só dois versículos tratam dela, o que mostra que não é um procedimento exigível.
2.     A unção com óleo não é necessária para a cura de doentes. Na verdade, nenhuma história específica de cura narrada no NT é acompanhada por essa prática. O caso de Marcos 6.13 deve ser entendido à luz do próximo item.
3.     O uso do óleo mencionado tão raramente no NT tinha objetivos meramente humanitários e simbólicos, gerando bem-estar no doente e separando-o simbolicamente como alvo especial do favor de Deus.
Assim, nada justifica a ênfase tão grande que os evangélicos de hoje dão a essa prática. Nada também justifica as crendices ligadas a ela. Na verdade, considerando sua tão pequena importância nas páginas daBíblia e a tendência do nosso povo ao misticismo, o melhor mesmo é que os pastores, cientes de que não se trata de algo obrigatório, evitem-na, sob o risco de, ao adotá-la, promoverem a superstição em mentes pouco familiarizadas com os costumes dos tempos bíblicos.
     
  Pr. Marco Força e Fé Sol Da gloria 

Qual o sinal de que o azeite cessou?


Todos nós, chegamos a igreja tentando resolver quatro tipos de problemas:
  • Sentimental
  • Financeiro
  • Familiar
  • Saúde
Com o passar do tempo, entendemos que o problema é apenas um. Espiritual, a falta do azeite. Então passamos a buscar nos preencher espiritualmente e percebemos que ter saúde, família, casamento, vida financeira abençoada, são consequências de uma vida nas mãos de Deus, cheia do azeite.

Buscai, assim, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.”Mateus 6:33
É necessário que a pessoa se esvazie para Deus, para assim o azeite ser e permanecer sendo derramado sobre ela. Pois, a partir do momento em que a pessoa se enche de si mesma, do orgulho, vaidade, o azeite cessa.
Mas, qual é o sinal de que o azeite cessou?
A falta da paz. O sinal de que a pessoa está recebendo o azeite é a paz interior, assim que o azeite cessa, essa paz acaba.
As lutas exteriores virão dia após dia. Mas, aqueles que tem o azeite, vencem todas as guerras.
Tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus.” Romanos 8.28

Por Pr.Marco Arrifano

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