xmlns:b='http://www.google.com/2005/gml/b'xmlns:data='http://www.google.com/2005/gml/data' xmlns:expr='http://www.google.com/2005/gml/expr'> Vida Cristã: VERDADE BÍBLICA OU MODISMO ECLESIAL?

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

VERDADE BÍBLICA OU MODISMO ECLESIAL?






VERDADE BÍBLICA OU MODISMO ECLESIAL?



Meus queridos irmãos, nesses últimos dias têm se avolumado o número de mensagens e perguntas que nos chegam abordando a verdadeira explosão de pastoras que se multiplicam pelas igrejas evangélicas brasileiras.

Esse é um fenômeno que já vem ocorrendo com alguma força há pelo menos uma década na Europa e nos Estados Unidos, onde há uma forte incidência do ativismo feminista como importante influência no referido processo.

Aqui no Brasil, a priori, tínhamos o que alguns chamam de “igrejas femininas”, que eram congregações dissidentes, encabeçadas por mulheres e que se tornaram novos segmentos com administração própria. A maior parte dessas dissidências provinham de igrejas pentecostais e neo pentecostais.

Hoje, porém, o fenômeno se alastrou e até mesmo igrejas históricas começam a aderir ao ministério pastoral feminino.

A grande pergunta é: existe real fundamento bíblico para que se ordene mulheres ao ministério pastoral ou seria essa apenas mais uma das tantas novidades e modismos de uma igreja, cada vez mais transformada e assimilada pelas influências do mundo?

Com o humilde propósito de oferecer ajuda na elucidação dessa dúvida é que trazemos a público o presente estudo, sabendo dos prejuízos que podem nos causar em termos do apreço e da consideração das muitas pessoas que, porventura, venham a se sentir desapontadas com o que diremos aqui, mas que, em última instância reflete precisamente o que por leve e tranquila consciência, entendemos ser a única e irrefutável verdade bíblica sobre o polêmico tema. Que o Senhor nos ajude em mais essa empreitada.

Pergunta enviada por Orestes de Abreu – Vitória (ES)


Amigo e irmão Reinaldo Ribeiro, sei que você é um homem sábio e conhecedor das Escrituras. Peço que me ajude a entender essa questão de mulheres pastoras. Sou crente há 40 anos e não se via isso. Agora pra todo lado que se vai vemos uma. O que aconteceu? Os irmãos de antes estavam errados e os de agora é que estão certos? Isso é revelação nova ou é mais uma moda em nossas igrejas?

Pergunta enviada por Pra. Dalva Lena Ambrosio – São Paulo (SP)


Meu querido Reinaldo eu acompanho sempre seu trabalho como escritor, como poeta e também suas pregações. Admirava muito e concordava com tudo. Até que um dia vi um pedaço de uma pregação sua, onde você dizia ser contra o ministério pastoral feminino. Ora, como pode ainda existir tanto preconceito em nossas igrejas? Você não percebe que esse é um caminho sem volta e a Igreja hoje é muito mais feminina que masculina, graças a Deus?

Nossa Resposta

Em resposta aos irmãos Orestes e Dalva, assim como aos muitos outros que nos procuram, questionando basicamente a mesma coisa, eu respondo logo de inicio que não vejo embasamento e nem indício bíblico para a consagração de mulheres ao ministério pastoral, ou seja, entendo que a Palavra de Deus é contrária a tal coisa, razão pela qual, por motivo de fé e consciência, não posso endossar e concordar com qualquer ponto de vista contrário, ainda que respeitando.

Abaixo, nossas argumentações que justificam a razão pela qual sou contra a ordenação de mulheres ao ministério pastoral:

I – Por respeito à doutrina da inspiração bíblica (II Timóteo 3:16; II Pedro 1:21); e consequentemente o princípio cristão, protestante e histórico de que a Bíblia é a nossa suprema regra de fé e prática, não cabendo-nos estabelecer a critério próprio,  ou mediante qualquer outro argumento, doutrinas ou procedimentos eclesiásticos diversos que não estejam plenamente submetidas aos princípios e preceitos bíblicos expostos na Palavra de Deus;

II – Por alusão à doutrina da criação, que estabelece que o homem foi criado primeiro (Gênesis 2:22; I Coríntios 11:8; I Timóteo 2:13), depois a mulher, para ser sua auxiliadora (Gênesis 2:18); sendo ambos criados para se complementarem (Gênesis 2:24), mas com características, papéis e funções diferentes; o homem foi criado como cabeça da mulher (I Coríntios 11:3b; Efésios 5:23a e 24b), ou seja, com a função de liderar, nem por isso, um ser superior à mulher; e, a mulher com a função de realizar a sua missão sob a liderança do homem (I Coríntios 11:9; Efésios 5:22-24), e para ser a glória do homem (I Coríntios 11:7c), nem por isso, de forma alguma, um ser inferior. O princípio da ordem na Criação, deixa, portanto, claro que há uma distinção não de valores (pois nesse ponto todos somos iguais), mas de funções, entre homem e mulher.

III - A doutrina da queda, que reafirma a sujeição da mulher ao homem (Gênesis 3:16b), pois Adão não foi enganado, mas sim Eva (I Timóteo 2:14). Seria contraditório, Deus estabelecer esse princípio e posteriormente permitir uma inversão de papéis. Alguns tentam contra argumentar que essa doutrina teria aplicação apenas no contexto do casamento, mas eu insisto que igualmente seria profundamente contraditório e confuso Deus exigir a liderança masculina apenas nos lares e na Sua Igreja determinar uma postura inversa.

IV – A referência clara que a Bíblia faz sobre a doutrina da igreja, onde estabelece que a sua liderança espiritual é especificamente masculina (I Timóteo 3:1-13; Tito 1:5-9), inclusive vedando à mulher o ensino doutrinário público oficial e o exercício de autoridade sobre o esposo, ou seja, sobre homens (I Timóteo 2:12, I Coríntios 14:34-35), pois as restrições à liderança espiritual feminina, nunca foram culturais nem de usos e costumes, mas sim doutrinárias (I Coríntios 14:37); sendo que no ensino neotestamentário não há nenhuma evidência da designação de, inicialmente "discípulas" e posteriormente "apóstolas", bem como, com o início da Igreja a consagração de "presbíteras", "pastoras", "bispas", etc. Esses acontecimentos são modernos e foram desconhecidos por todas as fases históricas da Igreja de Jesus.

V – Por alusão ao princípio da subordinação na doutrina da Trindade, que no aspecto ontológico (ser) subsiste desde a eternidade, cujas pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo são iguais em substância, possuem atributos e poderes idênticos e consequentemente têm a mesma glória, mas no aspecto econômico - a Trindade manifestada ao mundo - exercem papéis diferentes na história da criação, redenção e santificação; onde o Pai envia o Filho, e o Espírito procede do Pai e do Filho, sendo que a subordinação do Filho ao Pai, e do Espírito ao Pai e ao Filho é perfeitamente compatível com a igualdade predicada acerca da Trindade ontológica; assim, o princípio da subordinação (I Coríntios 11:3) nos foi outorgado na criação do homem e da mulher, e consequentemente da família, onde no aspecto ontológico, o homem e a mulher, o esposo, a esposa e os filhos são iguais perante o Senhor, sem nenhuma superioridade espiritual do homem, pelo simples fato de ser homem e nenhuma inferioridade espiritual da mulher, pelo simples fato de ser mulher; mas no aspecto econômico há uma hierarquia funcional, que deve ser observada e espelhada tanto dentro da família quanto dentro da Igreja, as duas instituições divinas, cuja liderança foi delegada pelo Criador ao homem, e a subordinação delegada à mulher e aos filhos, no caso destes últimos, perante os seus pais.

VI – Pela independência espiritual e sociológica da Igreja. A prática da Igreja quanto à escolha da sua liderança espiritual no decorrer de quase dois mil anos sempre se ateve e se submeteu às orientações bíblicas, não se deixando influenciar pelos chamados avanços da civilização, pela modernização dos tempos, pelo progresso tecnológico, pela crescente participação da mulher na sociedade, etc, sendo que estas conquistas, pois mais benéficas que possam ser, em hipótese alguma são conclusivas, referencial, nem determinantes em assuntos doutrinários e também não podem anular princípios bíblicos eternos.

VII – Devido ao revolucionário valor que Jesus conferiu às mulheres. Nosso Salvador inaugurou o verdadeiro reconhecimento social e humano da mulher, restaurando e exaltando sua dignidade diante de Deus e do mundo, o que permaneceu realçado nos ensinos apostólicos. Todavia, os escritos bíblicos em hipótese alguma foram contaminados pela mentalidade e postura profundamente machista daquela época; mesmo assim, o Senhor Jesus, e consequentemente os apóstolos, não colocaram mulheres na posição de liderarem espiritualmente a Igreja, mantendo sempre clara a diferença nas funções do homem e da mulher, tanto na igreja quanto na família.

VIII - As mulheres foram profundamente respeitadas e valorizadas pela Igreja Cristã Primitiva, desempenhando um papel fundamental para o cumprimento da Grande Comissão, entretanto, sem reivindicarem ou exercerem a liderança ou funções tipicamente masculinas; algo que se perpetuou no decorrer da história da Igreja até os nossos dias, em total submissão à Palavra de Deus visando honrar o Senhor da Igreja.


IX -  A Palavra de Deus concede às mulheres cristãs, mediante a Graça e Misericórdia do Senhor, como ocorre nitidamente em nossos dias, realizar dentro e fora de seus lares, bem como, dentro e fora da Igreja de Cristo, ministérios preciosos, abençoados e abençoadores, nas mais diversas áreas, com as mais diversas faixas etárias, sem a necessidade de se sobrecarregarem e se exporem a algo que Deus delegou estritamente a líderes espirituais masculinos, ou seja, a liderança do lar e o pastorado.

X - As condições para o exercício da liderança pastoral não se baseiam estritamente em dons espirituais, nem em aptidões sociais, mas são regidas pelas qualificações bíblicas.

Concluindo


Uma hermenêutica e uma exegese bíblicas sérias das passagens que tratam da liderança familiar e eclesiástica mostram claramente a falta de fundamento e o perigoso desvio doutrinário que consiste aderir ao pastorado de mulheres. Desta feita, entendemos que as pressões sociais oriundas de um mundo em constantes transformações, acabam por impor um novo papel à mulher, também na igreja - já que no mundo esse é um processo contínuo e já consolidado. Todavia, ressaltamos uma vez mais, que não cabe à Igreja de Jesus orientar-se, espelhar-se ou pautar-se nos fenômenos sociais e sim na Palavra de Deus e no legado dos apóstolos.

Semelhantemente, a estratégia adotada por alguns de ordenar casais também não encontra apoio bíblico em parte alguma, sendo, por nós, igualmente desconsiderada à luz da Palavra.

Não menos absurdo é o argumento daqueles que sustentam uma suposta necessidade de mulheres no ministério pastoral em virtude do abandono dos homens a esse ofício sagrado. Não nos constam que existam pesquisas sérias que provem isso e nem mesmo a mais superficial das observações assim o demonstra. Mesmo em campos onde não existem pastores, muitas missionárias desempenham com humildade e piedade alguns papéis de liderança, até que ali se estabeleça um sacerdote local. Isso nunca foi problema e nem motivação para que se ordenem mulheres pastoras. Parece-nos mais uma tentativa desesperada de justificar o injustificável.

Todavia, convém esclarecer que a rejeição à consagração de mulheres ao pastorado, não coloca quaisquer dúvidas sobre a capacidade, competência, espiritualidade, espírito de realização, virtude, inteligência e cultura de qualquer uma das nossas irmãs em Cristo, nem deve ser encarado ou tratado como preconceito ou atitude machista.

Aos que puderem compreender nossa sinceridade nesse sentido, ficam nossos agradecimentos. Aos que não conseguirem alcançar a humildade de reconhecer essa clara verdade bíblica, ficam as nossas orações!

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